segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

filme, filmes.

então. vi mais um filme que me fez pensar. na realidade eu tenho visto vários filmes. uns ruins. outros péssimos. uns mais ou menos. só não vi o que eu queria. bee movie. que já saiu de cartaz. o legendado, pelo menos saiu. o que me fez decidir que eu vou começar a fazer algumas coisas sozinho. ou arranjar novas amizades. ou na realidade reativar algumas velhas amizades que andaram ficando esquecidas. porque tá numa magra essas ai. mas enfim.

vi duro de matar 4.0 e diferentemente do que eu havia escrito aqui há um tempo atrás, ele não anda de avião no meio de um prédio. ele anda em cima de um avião no meio de umas rodovias e pontes. ele é foda. dá em todo mundo e salva a filha dele. ele atira no próprio ombro pra matar o boneco! a bala atravessa a omoplata dele e mata o outro! poucos no mundo poderiam fazer isso! e um deles seria o Jason Bourne. que é outro galo. tá louco o que ele faz. na realidade, David Webb. que trilogia bem boa. não te acrescenta nada na vida, mas são horas bem divertidas. como duro de matar. também vi o todo poderoso dois. nossa. o Tom Shadyac se perdeu nessa. após ter dirigido alguns dos filmes mais clássicos do besteirol, como os Aces Venturas e o próprio Todo Poderoso um, ele fez essa bomba. é nada a ver, e arrancam apenas algumas risadas xoxas.

mas estava eu a devolver essa bomba na locadora, quando me deparei com um filme do Chris Rock. que é um dos melhores comediantes de todos os tempos. o timing pra comédia, as observações sarcásticas, a eterna discussão sobre negros e brancos... ele é bom demais. e ai eu vi um filme novo dele. novo pra mim. ele como ator, diretor e escritor. tá bom, né? Acho Que Amo Minha Mulher. óbvio que eu aluguei esperando uma comédia daquelas bem boas. mas a moçoila da locadora já me avisou - não é comédia. tá mais pra drama do que comédia - mas é o Chris Rock, porra. eu vou. e fui. e era mesmo. tinha alguma comédia, porque vamos e convenhamos. é o Chris Rock. mas nada nem perto do que deveria ser.

o fato é que o filme versava em torno de uma vida meia boca dele, com uma esposa meia boca e um emprego meia boca. aquela coisa que eu falo pra vocês que eu vou fugir de, como o mussum fugia da sobriedade ou o zacarias fugia de mulher. e aparece na vida dele uma ex namorada de um amigo dele. obviamente, uma gostosa. que começa a dar pelota pra ele. e uma amizade aqui e ali. e ele se fazendo de morto. porque homem (em filme) depois que casa fica meio burro? tem que entregar uma parte do encéfalo pro padre? mas o caso é que ela tentou dar uma ativada na vida dele, e ele resistia. o filme não é lá essas coisas. principalmente porque acaba desaguando na mesma vala comum da maioria dos filmes, a praia de capão da canoa. no final ele tem a chance de ficar com a gostosa, e vai correndo pra casa. oquei. tudo bem que o amor exista, mesmo que eu não veja muito por ai. é meio tímido, ele. o amor. mas a linha que o filme foi levado não correspondia com esse final. a vida dele é sim monótona. é sem graça. não acontece nada. e não precisa fazer sexo promíscuo e sujo com uma gostosa pra dar um ar de frescor na nossa vida. basta apenas voltarmos a fazer as coisas que um dia nos deram prazer. mesmo que pareçam ser despropositadas hoje em dia. algumas pessoas me chamariam de inconseqüente (quando a trema vai cair mesmo?). e inclusive elas me chamam. e algumas vezes eu concordo com elas. mas caralho, eu já disse isso 89073497 vezes. só se vive uma vez. e não pooooooooooode ser meia boca. o que fica são as lembranças felizes. são os momentos agradáveis. são as coisas boas. claro que temos que trabalhar, estudar, nos dedicar e passar por coisas ruins. mas quando temos a chance, temos que fazer coisas que nos façam sentir vivos. e não jogar playstation num dia de verão dentro de casa. (desculpem, estou tergiversando sobre a minha própria vida.) temos que experimentar. falhar. fazer as coisas. não ficar pensando no que poderia ser.

e ai eu já vou entrar no outro campo que eu venho questionando demais ultimamente. as pessoas que se programam demais. que pensam nas conseqüências. nas implicações. se não vai ferir mortalmente outro ser humano, se não vai acabar com uma amizade profunda, se não vai causar mal deliberadamente a outros, façam. porra. eu estou cercado de pessoas que ficam pensando demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais em todas as coisas. no que vai dar, no que não vai dar, e se acontecer isso, se acontecer aquilo... eu também já fui assim. e ainda sou um pouco. mas muito menos. e cada vez mais estou conseguindo me livrar disso. mas é difícil e demanda tempo e empenho. só que é possível. um outro mundo é possível.

essa noite eu sonhei que caia um meteoro na terra. e eu vi ele caindo e vi ele explodindo. e saí correndo pra pegar um carro e ir o mais longe possível da explosão. sonho, óbvio. e não porque eu não conseguiria fugir de carro, mas por pegar um carro. quer coisa mais ilógica? se o sonho tivesse se seguido, eu teria batido o carro, certamente. mas não seguiu, porque eu morri no sonho. e possivelmente toda a humanidade. e eu acordei meio agoniado. porque eu tenho sérios problemas com mortes. morte de outros é algo que me atormenta demais. e a minha então. pelo menos quando eu morrer, não vai haver atormentações, porque eu vou estar lá embaixo já. mas o caso é que eu acordei e comecei a pensar nisso. parece papo de auto-ajuda. de novo. eu ando muito lair ribeiro ultimamente. mas não é, pessoal. é real mesmo. pensem na efemeridade da vida. ela é curta. e ela pode ser mais curta ainda. sejam felizes agora. não planejem a felicidade pra amanhã. porque amanhã pode não existir. e é muito real isso! e se não por isso, pelo fato de viver planejando as coisas e não aproveitando o momento. o que vale é o agora. sim, temos que ter planos e fazer algumas coisas para que nossos objetivos se concretizem no futuro. mas não deixem a vida ser guiada por isso. aproveitem hoje. façam planos pra hoje, quando acordarem. e estabeleçam que pelo menos em 4 horas do dia, vocês vão ser felizes fazendo alguma coisa que gostem. mesmo que pareça estúpida para os outros. mesmo que seja jogar playstation, vá lá... porque da vida não se leva nada. não sei se existe vida após a morte. e não quero nem saber. porque eu quero a minha vida de agora. e que ela seja a melhor possível. e mais agradável e divertida quanto seja possível. e só é possível se eu me empenhar pra isso.

porque uma hora o meteoro vem. e vocês acham que eles vão nos avisar? ceeeeeeeeeeeeeerto que não. a gente só vai ficar sabendo quando explodir.


eu sei. febre de auto-ajudismo. vou parar. prometo.

You Only Live Once - The Strokes. eu amo essa música. a letra não diz muita coisa sobre esse tema. é muita abstração pro meu gosto. mas tem uma ou outra frase aproveitável. fica a dica musical.

Nenhum comentário: