ahhhhhhhhh pois é. 2007 foi um ano bizarro. eu não vou nem elencar as coisas ruins que aconteceram, mas aconteceram. foi uma profusão de estapafúrdios. e eu tô com um vocabulário sensacional, não acham? pois então. 2007 foi fedorento. foi nojento. que ano mais péssimo. nunca perdi tanto peso em tão pouco tempo. nunca me decepcionei tanto com tanta gente. nunca fiquei tão mal quanto nesse ano. noooooooooooooossa. o que eu fiquei de mal. eu hoje paro, penso, relembro. o meu estado. no meio do ano. a minha figura física. nunca fui nenhum modelo de beleza humana, longe disso, mas porra, não precisava exagerar né ô batista. perdi todos os poucos quilos de musculatura que eu possuia. não dormia direito. não comia direito. não praticava a amizade. eu era um resto! sério! um resto! e de uma subtração simplória! mas levantei a cabeça. e me propus a melhorar. aos poucos. baby steps. devagarinho. fui galgando os degraus. voltei a fazer aos poucos as coisas que eu sabia que me davam prazer. mesmo que no início elas não me dessem nenhum prazer. fui me dedicando a terapia. fui me dedicando a medicação. fui me dedicando a faculdade. claro, não foi bolinho de chuva, em vários momentos a coisa era difícil demais. mas ninguém disse que ia ser fácil. e realmente, não era. pausa pra um enter.
mas aos poucos, fui retomando as coisas boas. fui pegando de volta o que era meu, de direito. fui retomando o convívio com meus amigos. fui voltando a praticar o humor. fui retomando a musculação. e as coisas começaram a ter gosto. comecei a sentir prazer em algumas coisas. voltei a viver.
não acho que ninguém deva passar por isso. nunca fui partidário da teoria de que temos que sofrer para dar valor as coisas. mas que funciona, funciona. gente. genteeee. falar agora é fácil. na hora do bicho pegando que é difícil. eu só me dei conta que tava afundado no balde de esterco quando pensei que não queria mais viver. daquele jeito. e as minhas opções eram não mais viver ou então pedir o penico e aceitar a ajuda profissional que me dispuseram. fui pela segunda escolha. mas tem gente que não escolhe isso. e eu compreendo. porque só vivendo pra entender. e por estudar essas coisas, e agora também por ter vivenciado algo tão forte, eu tenho muito mais percepção sobre isso quando alguém próximo ou até nem tão próximo passa por algo parecido. quem sabe da dimensão dos seus problemas é a própria pessoa. ninguém está apto a julgar ou diminuir o que qualquer pessoa está passando. quem faz isso é deus, e ele não existe.
tento usar o aprendizado que eu tirei disso tudo para a minha vida. para o resto da minha vida. mudei substancialmente em bilhares de coisas. e considero que mudei pra melhor. um dia pego esses aprendizados, e junto com outras coisas e lanço um livro de auto-ajuda, porque eu preciso botar comida no prato dos meus bacuris também. mas ainda não é momento. e obviamente, eu não falo sério.
o fato é que eu recuperei meu peso e estou numa forma considerada razoável. levando-se em conta o que eu vivi esse ano, eu estou numa forma excepcional. só tiraria um pouco da barriga, mas não dá pra se ter tudo.
esse ano que vem eu vou atrás do que eu quero pra mim. e nada nem ninguém vai me impedir de alcançar isso. só eu mesmo. diferentemente do meu carnaval, que pode ser estragado por mim e/ou pelos meus amigos, porque afinal de contas, amigo é pra isso.
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