terça-feira, 25 de março de 2008

Cafu.

Cafu, vai pra puta que te pariu. Cansei. Obrigado.

Meu querido diário. Amorcegation.

A prática do amorcegamento humano está em voga. Seja nas questões erótico-sentimentais, seja no que quer que seja. Seja. Mas está na moda. E todo mundo já amorcegou, amorcega e vai amorcegar nessa vida. Só que eu estou cansado. Demais.

Amorcegar nunca levou ninguém pra lugar nenhum. Amorcegar só causa desperdício de tempo, entre outros desperdícios.

Vamos definir o que é amorcegar, basicamente.

Amorcegar é ficar enrolando, ficar cozinhando uma situação ou uma pessoa. Situações podem ser no âmbito profissional, quando não sabemos o que seria melhor, e ficamos amorcegando pra ver se as coisas se decidem sozinhas e a gente não precisa assumir e matar no peito. Pode ser na faculdade, com um estágio que surgiu, um trabalho que precisa ser feito ou alguma combinação de projeto com algum colega ou até mesmo professor.

Podemos amorcegar também com amigos. Esperar alguma coisa melhor de uma noite, ou de uma viagem agendada. Não dizemos nem sim nem não, para ficar amorcegando e ir na barca boa. Tenho um amigo que era muito usuário dessa política. Hoje em dia ele não tem muita opção de escolha. E por fim, mas não menos importante, há a amorcegação pessoal.

Ela, a amorcegação humana, consiste em ficar ali. Parado. Sem tomar uma atitude, mas presente. Demonstrar interesse, mas não agir de acordo. Falar algumas coisas no msn, mas não fazer o bicho pegar. Ficar de mensagenzinha, mas não atuar como prometido, ou como é de se esperar. Iludir a outra pessoa, basicamente.

Não vou ser o arauto do mundo, como eu sempre digo. Óbvio que eu já fiz muito disso tudo. E todos os seres humanos o fazem. Por inúmeros motivos. Por medo de enfrentar as situações, por esperar que algo melhor surja, por acomodação... Nas relações humanas pode ser por medo de enfrentar a situação, de pagar pra ver um lance com a pessoa. Pode ser por auto-estima baixa. Quem tem isso, precisa de alguém ali, "a disposição" para abastecer o seu ego. E isso existe muito no mundo. Mas sei lá, eu sempre digo que as pessoas só fazem com a gente o que deixamos que elas façam. Então não dá pra reclamar muito que fizeram isso contigo, caro leitor. Mas de novo, eu sei que as vicissitudes da vida são muito intrincadas, e não dá pra sair julgando e definindo nada. Só quem viveu para saber. O que não me impede de discordar dessa prática maléfica.

Sim. Concordo e reconheço que nem sempre pode ser definido como amorcegamento. Algumas vezes as pessoas podem ter dúvidas reais das coisas sim. E não fazerem isso por mal, apenas por uma indefinição. Mas também acho que indefinições não devem ir muito longe, porque a vida nos cobra decisões praticamente todos os dias, temos que fazer escolhas e arcar com as conseqüências dessas mesmas escolhas. E em algumas situações, dá pra voltar atrás caso tenha ficado provado que fizemos a escolha errada. Tudo depende de diálogo, compreensão, entendimento e empatia, matérias em falta na humanidade.

O caso é que eu larguei a amorcegação. De todos os tipos. Aliás, se vocês atentarem para a cronologia das minhas postagens, eu venho numa linha evolutiva digna de Darwin. Com algumas recaídas, claro. Mas adotando novas atitudes que só me fazem bem, e largando velhos hábitos que me faziam mal. É óbvio que nem tudo acontece perfeitamente assim como está escrito, mas tem acontecido de uma forma bem satisfatória, com algumas falhas, mas sempre numa evolução gradual.

As oportunidades passam. A gente pode criar elas, mas algumas delas passam e não voltam. E eu não vou mais ficar perdendo tempo com coisas inúteis. Tipo a amorcegação. Se eu quero, eu vou atrás. Se não há uma resposta adequada, eu sigo tocando a vida.

Fiz uma coisa totalmente desnecessária há pouco tempo. Me atirei de uma sacadinha de olho fechado, andando de costas sabendo que eu ia me espatifar no chão. Mas me atirei. E só serviu pra me provar que a amorcegação não leva ninguém a nada, mesmo que ela seja necessária pro indivíduo em alguns momentos. Mas ela só é necessária quando não se tem coisa melhor pra fazer. E sempre se tem coisa melhor pra fazer. Se não tem, procura que tu acha. Agradeço ao meu antigo alvo de amorcegamento por ter me provado que isso não leva ninguém nem doze centímetros pra frente.

Agora é oficial: parei com essa cachaça. E quem quiser me amorcegar, leia a primeira frase do meu about me atual.

(*vou poupá-los disso. porque eu mudo demais, e essa postagem permanecerá aqui por muito tempo, já o meu about me não dura nem dois dias... a frase é singela, de uma honestidade ímpar e de um lirismo e poesia duplamente ímpares: vão amorcegar na casa do caralho.)

quarta-feira, 12 de março de 2008

maiúsculas.

eu não utilizo letras maiúsculas em começo de frase. não uso porque não uso. é estilo próprio. eu sei que dificulta a compreensão do texto. e por isso prometo começar a usar. Também vou testar o aumento das letras. Tudo por vocês, leitores. Os dois. O outro me disse que depois do comentário sobre o Rambo, desistiu de mim. O que é uma lástima, pra ele, porque Rambo é bom demais.

personalidade.

alguém vai dizer "isso é despeito, seu bêbado desgraçado". e eu não vou concordar. mas dou o direito de falarem isso de mim. porque sim, eu bebo bastante, e porque sim também, eu em algumas vezes falo por despeito. mas não é o caso.

quantos de vocês não conhecem muito bem uma pessoa. parente ou amigo. e essa pessoa começa a namorar. e tu olha pra ela e pensa: "porra, cadê a fulana que eu conhecia?" sim. cadê? ela continua ali, fisicamente. mas ela mudou. mudou na forma de ser. na forma de se expressar. na forma de agir. nos pensamentos (com ressalva que irá ser explicada em breve). até na forma de se vestir. e parece que tu não reconhece mais a pessoa. e a sensação é exatamente essa: "cadê???????????"

olha pessoal, eu sei. eu sei dessas coisas de relacionamentos. não que eu seja um expert ou ache que eu entenda muito do riscado. mas eu sei algumas coisinhas básicas. tipo essa que eu vou falar. eu sei que quando tu começa um relacionamento, tu acaba te adaptando um pouco ao outro. tu muda algumas coisas sim. mas num sentido de adaptação mesmo. porque personalidade não se modifica (isso é uma informação correta extraída de livros científicos e professores experientes da faculdade de psicologia que eu freqüento). alguns comportamentos tu tem que acabar diminuindo. algumas atitudes tu muda. não entraremos no mérito se pra melhor ou pior, porque isso depende somente do ponto de vista, mas muda para uma melhor relação com a pessoa. vou repetir de novo a palavra: adaptação.

agora... olhem pro lado ou mais além um pouco. pensem em uma pessoa que mudou horrores de coisa. que pegou a personalidade do atual consorte emprestada. todo mundo conhece alguém assim. mais de um alguém, com certeza. e vocês não acham isso triste? eu acho triste demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais. sério. eu tinha uma amiga que era de um jeito. ela começou outro relacionamento, parece outra pessoa. algumas características ela manteve. mas mudou o jeito de se vestir. o jeito de agir. parou de fazer coisas que ela gostava, e gostava muito. porque o namorado não concorda. e cadê a tua autenticidade, filhota? eu falo que essas pessoas pegam emprestada a personalidade da pessoa que estão juntas na época. e eu não consigo dar valor a alguém assim. sério. de verdade. claro, estou falando no nível da amizade. porque eu estou falando de amigos e amigas, e não de pacientes.

a gente se adapta a algumas coisas. mas não muda a nossa essência. não deixa de fazer coisas que nos dão prazer. sim, eu sei que a gente evolui. eu gostava de brincar de playmobil, e isso me dava prazer. mas eu tinha 10 anos. hoje em dia não gosto mais. mas hoje em dia eu gosto de sair com meus amigos, falar bobagem e beber uma berenja. e vou gostar disso por muito tempo, espero. e eu nunca deixaria de fazer isso, mesmo que a pessoa que eu estivesse junto na época não gostasse. eu teria um relacionamento com alguém que eu pudesse ser o LG de sempre. sim, uma ou outra coisa estúpida que eu faço hoje em dia, não faria mais. que eu não vou dar exemplo porque não vou ficar me queimando de graça, seus abutreszinhos. é que nem auto-avaliação. eu podia ter matado trocentas aulas, não ter copiado nada da matéria, nunca ter feito um tema, mas jamais me daria uma nota abaixo de oito, porque é uma questão de sobrevivência! mas voltando, eu vou ter algo com alguém que eu me sinta bem do jeito que eu sou. não interpretar um personagem, porque isso cansa, isso é falho, isso é uma imbecilidade.

e por mais que a gente conheça as pessoas, quando começamos a ficar com alguém "novo", é difícil saber se a pessoa é daquele jeito ou se ela está se moldando a ti. porque no caso dessa minha amiga, eu conheci ela na fase de relacionamento. e depois vi ela em outro relacionamento e é outra coisa. e eu nunca imaginei. nunca. então isso é difícil de saber. se tu fica com uma amiga de longa data, a chance de errar é bem menor. porque tu já sabe como a pessoa é. e se tu der sorte, tu sabe como a pessoa é em relacionamentos, que é onde aparece a verdade toda.

talvez isso seja uma conseqüência da baixa auto-estima. a pessoa se sujeita a coisas impensadas pelo medo de ser rejeitada. mas uma vez eu já disse aqui. muito mais vale alguém com personalidade e autenticidade do que o contrário. pessoas autênticas e sinceras são de longe muito mais interessantes que as outras. quem tem medo de expor seus pensamentos por receio de ser criticado, já é uma pessoa que não irá causar grande relevância nas nossas vidas. e o que tem de gente meia-boca que já fez parte da nossa vida e não deixou nenhuma saudade não tá escrito no gibi.

o grande lance é manter a essência. é manter o amor-próprio. o respeito pelas tuas coisas. respeito pelo que tu é. porque quando tu coloca a cabeça no travesseiro, quem vai te cobrar as coisas é tu mesmo. quem vai até o fim da tua vida contigo, é tu mesmo. quem vai te xingar que tu devia ter dito isso ou ter feito aquilo, é tu mesmo. quem vai conviver com os teus erros, medos e acertos, é tu. a pessoa mais importante da tua vida, é tu. e tu só deve explicações a ti mesmo.

houve um acontecimento recente na minha vida que me fez pensar nisso. não vou entrar em detalhes porque de novo, eu mereço 9.5, senão vou ficar em G2. mas eu agradeço pelo que aconteceu. eu ia errar.

eu sei que não acredito em ti, deus, e tu não existe. mas eu te peço para quando acontecer de eu me relacionar com alguém, tu me enviar uma pessoa com personalidade forte e determinada. mesmo que acabemos por nos matar, eventualmente. eu sempre digo e vou morrer dizendo no estômago de um animal selvagem: é muito melhor viver intensamente do que viver meia-boca. eu sempre tive medo de um monte de coisa. cada vez tenho menos medo das coisas e tenho ido pra cima de tudo. vou acabar errando, mas azar. prefiro viver 50 anos pegados do que 80 amorcegados.

e só um último comentário, que apenas eu vou entender. mas terei imenso prazer em explicar a quem por acaso quiser entender também.

acerta uma, cafu. só uma.

segunda-feira, 10 de março de 2008

novela.

pessoal. eu sempre tive um sonho. de escrevinhar um romance. e esse sonho irá tornar-se-a realidade. consegui visualizar o enredo. os personagens. as intrigas. os meandros. a psicologia interna dos personagens. tudo. só falta começar. até nome tem: Armadilhas do Coração. sim, eu sei que tem uma novela da band, eu acho, que chama-se não sei. mas acabei de pesquisar aqui na internéti e descobri. é da record e chama-se "Caminhos do Coração". oquei, é bem parecido, mas o nosso nome tem história. estava eu a falar com um amigo meu no msn, e comentamos sobre uma situação que está sendo vivenciada por ele, e eu dei a dica, que algumas vezes o coração nos prega peças. e ele riu bastante, eu também ri, porque a situação nos levou ao riso fácil mesmo. e a situação é exatamente essa: uma arapuca dos sentimentos. sendo assim, ficou estabelecido o nome da minha primeira incursão no ramo da dramaturgia rio-grandina. teremos de tudo. amor, ódio, traição, romance, amorzinho gostoso, chamego, carícias íntimas, carícias não tão íntimas, sexo sujo com bicho e anão, sexo limpo de banho tomado em lençol novo, brigas, disputas, dinheiro, falta de dinheiro, carro, carros-peugeot-bombas, irritações desnecessárias, agressões gratuitas, agressões merecidas, gente chata, gente legal e tudo aquilo que você, amigo leitor, está careca de ler aqui. então em breve, daremos início a essa que promete ser a nova febre no blogue do lg.

domingo, 9 de março de 2008

dia colorado da mulher.

ontem foi o dia internacional da mulher. e algumas delas conseguiram me irritar levemente. parabéns, mulheres.

mas como nada nessa vida é de graça, irá ter volta. uma que eu sou assim, rancoroso e vingativo. outra que há algum tempo eu já havia adotado essa política de dar aos outros exatamente o que eles merecem.

mas tem uma de vocês que se puxa demais. há muito tempo. tem muita gente que me fala: "como tu agüenta? tu tem muita paciência. tu é um santo. ela é insuportável..." quase tudo verdade. excetuando a parte da minha canonização. é que existem algumas variadas pás de coisas por trás que vocês não sabem, e nunca vão saber. porque realmente. ela é insuportável. vive num mundo à parte. e irrita demais. mas chega. e as outras... bom, as outras não valem nada. como 98% da população mundial.

um grande amigo meu já dizia: "se mulher não tivesse certas coisas, eu nem cumprimentava." de vez em quando isso faz sentido. parabéns mais uma vez, mulheres. vou estar distribuindo alguns presentes no decorrer do período.

sexta-feira, 7 de março de 2008

bigode.

um dia eu vou ter coragem de usar bigode. e vou ser a pessoa mais feliz do mundo. completamente assexuada. o que é uma coisa excelente, já que canalizarei essa energia salva em coisas úteis, tais como colecionar tampas de potes de margarina ou reciclar jornais velhos em casa.

feeling the blues.

uma frase de uma música que eu amo é a seguinte:

"what's the matter babe, are you feeling blue?"

é da banda Weezer, e a música é Buddy Holly. um baita musicão, by the way. By The Way do Red Hot também é outra baita música. mas não vem ao caso.

sempre gostei da expressão 'feeling blue'. sentindo azul. blues. estava eu a assistir um episódio dos Simpsons. na real, eu peguei bem pro final. e eu não lembrava desse. sim, existem vários que eu não vi, desses atuais principalmente. mas dos antigos é bem difícil. e esse era da primeira temporada. já devo ter visto, claro, mas há muito muito tempo. e versava na Lisa estar se sentindo triste por alguns fatores que eu não identifiquei muito bem, mas alguns eu identifiquei. ela tentou improvisar na aula de música, com o seu saxofone, e foi podada pelo professor. em casa ela não recebia o estímulo e a atenção necessárias. que ela julgava necessário. e a história paralela era o Homer não conseguindo ganhar do Bart num videogame. um cartucho de boxe. divertida a história essa. mas voltemos para a Lisa. e ela tinha feito uma música, um blues, que foi interpretada no final pelo Marvin Gengivas Sangrentas, que era o bluesman dos Simpsons.

e ele definiu o que é o blues. é uma música feita por quem está triste para deixar as pessoas mais tristes. o que é uma definição perfeita. blues não se interessa em falar de coisas legais. alegres. é tristeza mesmo. mas é tristeza significativa. é tristeza com conteúdo. não é emo que acaba só falando de decepções amorosas de pessoas com idade mental de aproximadamente doze anos. e aqui está falando quem gosta bastante de emo. não é que nem pagode que é só dor de corno e abandono total e irrestrito, e total submissão a quem te abandonou. porra, se dêem o valor, pessoal. e aqui de novo, está falando quem gosta substancialmente de pagode.

blues é emoção. é coração. é sofrimento. é de verdade. tu consegue sentir a dor na melodia e nas letras. e realmente, quem tem alguma facilidade de sentir sensações (nossa... que redundismo...) trazidas por músicas, consegue incorporar a dor do blues.

música feita de tristeza para entristecer mais ainda as pessoas. eu infelizmente nunca tive muito contato com instrumentos musicais. tive um piano elétrico a pilha de relógio quando eu tinha dez anos. depois tive um ano de aula de música, no colégio. aprendi a tocar flauta doce. acho que esse foi o ponto alto da minha carreira musical. eu gostava, bastante. eu adorava tocar o tema de romeu e julieta. nossa, eu já era romântico e sofria com treze, quatorze anos! não era por nada nem ninguém, mas sofria com a música. que vamos e convenhamos, é linda. Tchaikovsky. do tempo que ganhar um grammy não triplicava a venda do cedê.

mas o caso é que eu nunca soube se conseguiria expressar a minha dor pela música. algumas vezes eu começo a imaginar sequências de melodias na minha cabeça, e confesso, algumas bem legais. mas eu não sei lhufas de notas musicais e acordes, então ficarão pra sempre na minha cachola. eu acho que talvez, ênfase no talvez, se eu soubesse alguma coisa de música, conseguiria expressar-me bem por ela. porque é visto que eu tenho uma ebulição enorme de sensações, sentimentos, pensamentos, racionalizações e irracionalidades que fervem dentro de mim. e eu preciso colocar pra fora. e a única forma de fazer isso é escrevendo. como eu estou fazendo agora. mas nem sempre eu fico satisfeito. nem sempre eu sinto que saiu tudo. nem sempre eu me sinto aliviado. o que teria duas linhas teóricas. uma diria que é porque eu não consegui expressar tudo. faltou capacidade de verbalização na minha escrita. faltou capacidade literária. e eu concordo com ela. a outra linha diria que só colocar para fora não vai resolver ou me aliviar por completo. visualizar e entender o que se passa dentro de si mesmo é apenas um passo. o resto é trabalhar, identificar e resolver o que foi expressado. e eu também concordo com isso.

não vou me comparar a pessoas que conseguiam expressar suas emoções e sentimentos pela arte, e eram pessoas notadamente deprimidas e que sofriam demais. porque elas tinham talento, e muito. mas eu consigo entender de uma forma rudimentar e básica (bem rudimentar, mas bem...) o que se passava com elas. como por exemplo, Kurt Cobain. as atitudes. as músicas. o vício. a auto-destruição. um exemplo mais recente, a Amy Winehouse. peguem algumas das músicas dela. o título do novo ele pê. back to black. se ela não é o AC/DC, não dá! porra, é óbvio que ela tá numa fase completamente down. se jogou nas drogas, no álcool... as letras das músicas. chega a doer na alma. e as pessoas tem formas diferentes de enfrentar as coisas. uns se drogam, para fugir da realidade. outros bebem (que dá na mesma). outros adotam comportamentos destrutivos. outros perdem a vontade de viver. na realidade, todos perdem essa vontade. e por sofrer demais com isso, adotam medidas que os ajudem a passar o tempo de uma forma menos sofrida, adotando comportamentos suicidas (seja com sexo de todos os tipos, formas, tamanhos, gêneros, filos, classes... seja com uso de drogas das mais variadas, de maconha até a audição de NX Zero ou Charlie Brown Jr...).

e isso não os desmerece como seres humanos. todos temos fraquezas, qualidades, defeitos. alguns em alguns pontos. outros, em outros. ninguém está na condição de julgar ninguém, apesar de todo mundo fazer isso o tempo inteiro com todo mundo. todos já julgaram alguém por alguma atitude ou comportamento e depois se arrependeram de ter feito isso porque ou vivenciaram algo idêntico e agiram da mesma forma que foi criticada ou tiveram alguém muito próximo fazendo a mesma coisa. mas somos humanos, e somos falhos. alguns aprendem e conseguem não julgar tanto, mas a maioria não consegue. é a tal da maldita falta de empatia que eu tanto falo.

dessa vez eu não me proponho a entender coisa alguma, ou tentar dar uma solução. eu não quero nada. eu só quero conseguir de alguma forma incerta, não sabida e que não seja demaaaaaaaaaaais de sofrida, me inserir na sociedade vigente, e deixar de ser um pária.

o tempo está passando. a sensação de desperdício de potencial já perdeu o sentido. as coisas todas perderam o sentido.

feeling the blues. eu prefiro beber. pena que demora muito pra cobrar. o crack resolveria bem mais rápido. e crack bom era o Bituca, do ararigbóia de 1974. jogava melhor que o Rivelino. pena que era um rebelde. ele expressava no futEbol. eu vou expressar dormindo. que é o que eu faço melhor.