terça-feira, 13 de novembro de 2007

bee movie.

é o filme mais esperado por mim no ano todo. bee movie. escrito, produzido e dublado por Jerry Seinfeld. dirigido e produzido por Steven Spielberg. dublado por Chris Rock. tem como dar errado? não. impossível.

um dia Jerry Seinfeld encontrou-se com Steven Spielberg e comentou que queria fazer um filme sobre abelhas (bee) trocadilhando com os B movies (filmes B, produções despretenciosas e fracas.). e o Spielberg deu corda e está aí. um desenho onde o personagem principal é uma abelha que quer sair do lugar-comum da vida na colméia. perambulando pelas ruas, ela é salva por uma mulher, e viram grandes amigos. eis que a belinha essa começa a notar um comércio de mel, que ela julga ilegal. e vai tentar processar a raça humana por obter lucros com o trabalho das abelhas. o pouco que eu vi, em trailers pelo youtube, vale muito a pena. ainda tem a Renée Zellweger, interpretando a mulher. a abelha é o Jerry e o Chris Rock é um gafanhoto ou um louva-a-deus. sei lá. não trabalho no zoológico.

nos EUA, está na segunda semana de exibição. estreou em 2 lugar nos mais vistos. atualmente é o filme mais visto. não tem como dar errado. aqui estréia na primeira semana de dezembro. eu vou.

vai ser eclético assim no inferno.

nossa. volta e meia eu me apavoro com o meu ecletismo musical. lembram que eu havia parado no pagode dos anos 90? raça negra e só pra contrariar? pois é. evoluí. ou como diriam alguns próximos, involuí. exaltasamba, inimigos da hp, revelação, bokaloka... é amigo. eu escuto e gosto. de hardcore a pagode. de axé a ska. de hip hop a reggae. não me orgulho. mas esse sou eu. fazer o quê?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

casamento.

sábado fui em um casamento. vocês sabem que eu não acredito nessas coisas. essas coisas - fidelidade, amor eterno, igreja, religião, padre, coroinha, freira, papa, bispo... mas eu gosto do lance todo. é divertido. é uma expectativa. e eu tenho essa ilusão dentro de mim que quer acreditar nesse tipo de fantasia. eu me emociono. e fora que é bonito demais. a noiva de branco. o noivo fantasiado de homem. aliás, me expliquem. porque homem é apenas e tão somente terno? não que eu não goste, eu aprecio demais, porque não há muito o que fazer, apenas uma ou outra cor e dá pra tentar inovar nas gravatas e camisas, mas nada muito sensacional. e como eu não tenho inclinações estilísticas, é muito bom. mas enfim. a noiva estava deslumbrante. um desbunde.

a colação na igreja estava legal. eu sempre acho que o padre fala um pouco demais, mas é uma coisa minha. só um lance que eu achei meio assim. eles não escreveram os votos. nossa, é a coisa que eu mais vou me pilhar. eu iria tomar um chá de ritalina com guaraná e iria passar um dia inteiro escrevendo algo que fosse absolutamente perfeito. porque por mais que eu não acredite nas fundações da fidelidade humana, quando eu casar (e eu vou casar, com toda a certeza do mundo), vai ser com alguém que eu goste pra caralho. e com uma inspiração assim, vai ser potato. porque eu escrevo bem. não isso aqui. eu escrevo bem abobrinhas românticas. se eu pudesse publicá-las, eu poderia vender. e ganharia dinheiro, porque pessoal, coisas românticas eu escrevo uma enormidade de bem.

bom, daí fomos para a festa. depois de passear quase uma hora pra achar o local da festa, eu cheguei. sim, era em porto alegre mesmo. sim, a cidade que eu moro há 23 anos. sim, num local que eu já fui algumas vezes e passei inúmeras vezes na frente. mas a festa. estava sensacional. é muito legal. as pessoas estão alegres. há um amor no ar. há bebida nos copos, o que facilita mais ainda espalhar esse amor. a bebida é o catalizador universal de todas as emoções e sentimentos. bom, foi muito batuta. me diverti. ri. dancei. bebi. comi. bebi. e bebi de novo.

a noiva é uma grande amiga minha. que eu adoro. é uma pessoa demais de engraçada. sarcástica como se deve ser. arriada. mas ela tem uma postura blasè que a torna mais engraçada ainda. o noivo eu não conheço muito, mas todas as informações dão conta de que se trata de uma pessoa muito boa. que é apenas o que eu desejo pra todo mundo. encontrem uma pessoa boa. de coração. de alma. de sentimentos. porque isso é a coisa mais difícil de se encontrar. claro, alguém que a gente combine aquelas coisas que eu sempre preconizo, ligação física (química), objetivos e vivências. isso a gente encontra até. mas encontrar alguém bom mesmo, ah... tá em extinção. e eu espero realmente que eles se dêem bem. e que passem o resto da vida juntos. e sejam mais um desses 3 casais que eu conheci que eram realmente apaixonados a vida toda.

que o amor existe, existe. mas eu nunca vi. igual ao unicórnio.

e eu vou me casar muito certo. porque casamento é uma das coisas mais legais da vida humana. inclusive eu casaria hoje.

domingo, 11 de novembro de 2007

meu querido diário...

eu não posso dirigir. eu não sei dirigir. eu sou um deficiente motor. eu não consigo. assumo. já era. deu. tchau. foi bom enquanto durou, e agora que terminou, preciso cuidar de mim. tchau, pessoal. nunca mais dirijo. nem carrinho de supermercado. em algum lugar, em alguma época, quando eu era bem pequeno, aconteceu alguma coisa enquanto eu andava de bi-bi. só pode ser algum trauma não resolvido, porque não há outra explicação plausível. foi aquele auto-choque que eu pedi pra não ir e o meu pai disse: "vai. é divertido. confia em mim." realmente, sempre é culpa dos pais.

é 2007 ainda se manifestando. é vingança. 2007 maldito e rancoroso. só porque eu disse que estava tecnicamente bem, ele veio e me pegou no contrapé. pra me provar que se está tudo indo bem, espera. daqui a pouco, piora. eu nunca mais faço restrospectiva anual sem ter acabado o ano. fica 2007. fica até o final. não vamos mais brigar. eu não gosto de ti e tu não gosta de mim, mas vamos manter uma relação de respeito mútuo. nunca mais vou profanar teu nome, enquanto existires. mas depois que tu for embora... ah...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

meu querido diário.

totalmente pessoal e intransferível. é meu pra mim. get out.

pessoal. não sei se vocês perceberam. e também não me interessa muito saber se vocês perceberam. eu percebi e estou orgulhoso de mim. eu mudei. mudei pra caralho. nesse ano. na idade média da minha vida. eu ia deixar pro fim do ano essa retrospectiva. mas eu me conheço. se deixar pro fim do ano, eu não vou fazer. porque eu sou de momento. e quando o momento passa, não há santo no mundo que faça voltar ao que já foi. então o momento é agora. e vai.

o ano começou bem. no 1 dia. no fim do 1 dia, já havia mostras de que seria bem complicado. no 2 dia, eu bati o carro. bateram em mim. aquela menina mentirosa. mentirosa e asquerosa. ela estava bêbada e virou pra direita e mudou de idéia no meio do caminho e eu dei na lateral dela. muito complicado. enfim. passou. após isso, logo após isso, houve uma quebra na minha vida. e eu preciso falar sobre isso agora. e eu vou falar sobre isso agora. eu sou uma pessoa definitiva. sou uma pessoa extremamente intransigente nas minhas questões pessoais. é algo que eu gostaria de mudar. (pequeno parêntese. acabei de conseguir levantar a tela do maldito monitor. isso vai melhorar a minha vida em uns 3%. comemorem comigo.) mas eu ainda não mudei. e eu tenho algumas regras simplórias na minha vida.
- não mentir
- não usar os outros
- não fazer para o outro o que eu não gostaria que fizessem pra mim.
- não agir levianamente.
creio que são as regras mais fáceis de entender do mundo. nem sempre é fácil de seguir. muitas vezes, vai te custar muito caro. mas vai valer a pena. porque tu vai estabelecer a tua cabeça no travesseiro, e ela vai estar leve. só que é difícil, porque não são regras mundiais. aliás, é bem complicado achar pessoas que pensem assim. mas tudo bem, eu não quero ter relações de amizade ou qualquer outro tipo de relação com o mundo todo. mas sim com as pessoas que fazem parte da minha exígua paisagem humana. e quando eu considero que elas não cumpriram com alguma dessas regras, a minha reação é uma e tão somente uma. alguns me chamam de radical. de cabeça-dura. de um monte de coisa feia. mas, por enquanto, esse ainda sou eu. e o ano se seguiu. naquela coisa toda. e foi indo. e eu fui me afundando. e eu não percebia isso. e não conseguia respirar. e foi tomando conta de mim. e quando eu vi, estava atolado até o último fio de cabelo. um dos piores momentos que eu lembro. comparado ao exato momento que eu pisei em um prego uma vez, quando eu desloquei o ombro jogando futEbol de salão e quando eu fui de cueca para a aula. e a pessoa que estava mais próxima a mim no momento, fez que nem os macaquinhos-prego africanos de madagascar: cagou na mão e atirou em mim. de novo, o ser humano se mostrando na sua magnitude. oquei. não vivo a vida esperando que todos ajam comigo da forma que eu agiria com eles. mas não posso deixar de me chocar. e não querer isso para minha vida. só que era bem óbvio. isso que mais me afetou. é que estava no meu nariz. e eu atolado no poço de depressão, não tive a perspicácia. quando eu perdi a perspicácia, eu disse: eu vou parar. e estava eu. lá. debaixo do mau tempo. tomando uma sova da vida. lembro inclusive que no pior momento, eu recorri a uma pessoa que eu tinha como moradora do meu coração. e ela me disse não. ali. exatamente ali eu vi. quem vale mesmo é a nossa família. mesmo que a gente brigue, tenha restrições. critique. deteste. enfim. apesar de tudo, eles sempre vão estar ali. porque há uma ligação que só há com eles. sangue. isso é irracional. vem desde que éramos salamandras do jarau. claro que existem alguns pouquíssimos amigos e amigas próximos que a gente pode contar. mas eu exemplifico com o meu caso. eu estava ali, no momento precisado. e surgiram na minha mente seis pessoas. três eu tinha certeza absoluta que iriam. na realidade, quatro. mas dessas quatro, três teriam alguma dificuldade para chegar rapidamente. e sobrou uma. que eu confiava totalmente. e ela me pedalou. eu lembro que até achei engraçado, e veio na minha mente uma música clássica de uma banda que anda meio sumida, The Hives. o nome singelo da música é I Hate To Say I Told You So (eu odeio dizer eu te avisei, eu te disse...). eu achoainda, porque eu sou um esperançoso, que aquelas outras três pessoas iriam. e acho que sim. inclusive comentei com elas na época, e todas me afirmaram. e eu acredito nelas. mas...

nesse ponto, eu olhei pra trás, olhei pra mim e olhei pra frente e vi que era o momento crucial. era a escolha. puxo a cordinha e desço do trem ou vou pra cima deles tudo e vou brigar pelo meu lugar sentado na janelinha da primeira classe? eu escolhi a segunda opção. e foi difícil. eu estava embaixo da sola do sapato do praga, o auxiliar de palco anão da xuxa, que se vestia de tartaruga. no caso então, embaixo do casco. foi uma longa recuperação. dolorosa. complicada. me apoiei na farmacologia. deixei de lado uma série de coisas que eu acreditava e teimava. e evoluí. creci. aprendi. aprendi a não ser tão cabeça-dura. aprendi a aprender. humildade. reconheci que as vezes, até eu preciso pedir o penico. dei mais valor ao que eu não prestava atenção. dei menos valor ao que não me acrescentava. mudei. pra caralho. amadureci. sério, esse ano, eu cresci uns 7866430 anos.

eu estou muito menos paciente para pessoas chatas. para coisas chatas. não perco meu tempo com o que não me acrescenta. com quem não me acrescenta. eu estou olhando pra frente. pra trás, só veio o que me faz bem. quem me faz bem. as coisas que eu gosto. eu faço musculação há mais de 12 anos, com algumas interrupções. a última, havia sido há 10 anos, que eu parei quase um ano inteiro. após essa, nunca passaram de no máximo dois meses de interrupção. e foram três vezes somente. esse ano, eu parei dois meses inteiros. e acoxambrei outros três. há três meses agora eu voltei a me puxar de verdade. me está sendo cobrada essa parada. a carcaça tá castigada. mas não tá morto quem peleia. e o brilho já vem vindo. vai ser um verão bala. eu literalmente renasci. eu vim do inferno. eu não estou 100%, eu sei. ainda existe uma boa subida na escada, mas eu já passei da metade. eu não tinha vontade de sair de casa. de fazer nada. de ver televisão. só queria dormir e dormir e dormir. perdi 10 quilos. fiquei um horror. e agora, estou explodindo de novo. mas diferente. ainda bem.

com certeza, passarei por outros momentos tão difíceis e até mais difíceis. mas tudo passa. tudo passa. só precisamos tentar. e nos esforçar. nada é definitivo. as coisas são efêmeras. aproveitar o momento. filosofia de revista de auto-ajuda. se auto-ajuda funcionasse, a sociedade não estaria afundada nesse esgoto que está. mas enfim. fica a dica. se eu saí do que eu saí, eu posso sair de qualquer coisa. 2007. a idade média da minha vida. segundo a história, vem o iluminismo. me da a minha lanterna. é minha. e levanta desse lugar. eu quero ir na janela. na primeira classe. porque eu posso. eu sou tão legal que se eu não fosse eu, eu seria o meu melhor amigo.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

ah, o orkut de novo...

várias coisas. sempre ele. o orkut.

pessoas comprometidas. eu já comentei anteriormente sobre o orkut. qual seu propósito real e seus propósitos secundários para as pessoas fingirem que a coisa não é tão explícita assim. como em tudo na vida. as pessoas não são claras. e quem é, vira mal-educado, grosso, ogro, e mais um sem-número de adjetivos pejorativos. é verdade. a sociedade finge, e quem mostra a verdade, é excluído. mas, então. alguém pode me explicar porque pessoas que tem namorados e namoradas continuam no orkut? tá, eu mesmo sei essa resposta. mas a questão é mais intrínseca. reformularei a dúvida. porque pessoas que são comprometidas ficam dando pelota pros outros? olha, eu sei de uns 896476 casos de amigos e amigas minhas que ficam naquela coisinha, naquele chamego, troca de olhar, flerte e arreganhozinhos. e aí o pessoal vai atrás no orkut e pã. tá lá. committed. married. um milhão de fotos com o amado. foto beijando a amada de 8764 formas (agora acabou o limite de fotos no álbum...). porra! vão fazer valer a instituição da fidelidade! nossa, o mundo tá cada vez mais podre! ou no caso, as pessoas cada vez escondem menos as coisas.

outra coisa que ultimamente as pessoas tentam atochar ainda é a mesma coisa do relationship status. pessoal, eu só uso termos em inglês porque o meu orkut é em inglês. porque inglês é a língua mais usada no mundo e qualquer coisa que eu possa treinar, já vale. sou contra o imperialismo americano e aquela ladainha socialista toda, mas não sou burro. fechando esse pequeno comentário explicativo, voltemos. então, tive alguns amigos e amigas que estavam ficando direto. namorandinho. e acabaram namorando mesmo. oficialmente para os dois. e eu, quem conhece, sabe. pra mim, se não está no orkut, não existe. e eu cobro isso. eu pergunto. eu questiono. eu sou muito incisivo. e canino. e as explicações são tão sem criatividade... "eu nunca botava single. então não vou botar committed." ah... PÁRA! e eu nasci ontonti. se as pessoas não assumem no orkut, é porque tem alguma coisa por trás. ou algum dos dois tá meio reticente, ou os dois tão sem confiança, ou alguém tá com o rabo preso. o que não faz diferença nenhuma. a soma dos fatores não altera o produto. ou algo parecido com isso. nunca fui muito bom em aritmética. um dos casos citados, foi muito pitoresco. as pessoas estavam namorando. mas no orkut, nada. terminaram o namoro em um mês. um mês depois, um dos dois já estava namorando com outra pessoa. e o que dizia no orkut????????????????? SIM. namorando. agora estou presenciando ao vivo outro caso semelhante. quero ver até quando vai durar. o namoro ou a falta de oficialização orkutiana.

então, pessoal. o que importa não são as palavras. e sim as ações.
e eu desci do alto do meu imponente cabeça-durismo. e tomei nos dedos. maturidade. grandeza. educação. conta-se nos dedos as pessoas que merecem isso. mas como eu sempre digo. prefiro agir de uma maneira que eu ache certa, mesmo que volte contra mim. porque eu vou ter que conviver comigo o resto da vida. já com essas pessoas, é até quando eu quiser. have a nice life.
nossa, eu tenho tido tanta coisa pra escrever aqui. só não tenho feito isso. escrever. mas tenho idéias. constatações. teorias. e toda aquela coisa que eu venho fazendo desde o início do blogue. por enquanto, fiquem com mais uma reclamatória sobre a noite porto-alegrense.

não dá né? não dá. balonê. pois é pessoal, eu tenho que admitir as coisas quando elas são realidade. a balonê existe há muito tempo. e eu nunca ia. quando eu me disponho a ir, é porque está começando a virar moda, se é que já não virou. porque em matéria de noite, eu não sou formador de opinião. eu sou constatador de opinião. eu vou onde os meus amigos vão e me recomendam. e os meus amigos vão pela moda. e aqui, tudo que vira moda, tem seus dias contados. o ocidente é um lugar não projetado para grandes aglomerações de pessoas. é quente. demais de quente. tem corredores exíguos. e nessa última balonê, estava vazio. mas as pessoas tiveram a brilhante idéia de se amontoarem na pista de cima. sério, era um monte de gente estranha se debatendo em um pequeno espaço. e eu cheguei a uma mesma conclusão. eu sou muito chato. e a noite é uma merda. reinaugurem o santa mônica, por favor.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

eu tô um vagabundo aqui, eu sei. mas voltarei.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

eu já expliquei a origem do nome do meu blogue antes? eu até poderia ir buscar se já falei, porque me parece que seria algo relevante e que eu teria falado anteriormente, mas não estou com disposição de ir atrás. e na realidade, é um bom motivo para escrever. eu tirei esse nome de uma historinha em quadrinhos da turma da mônica, de vários anos atrás. se não me falha a memória, e ela pode falhar, era uma história que a mônica estava tentando fazer as três coisas que a humanidade deve fazer antes de vestir a fatiota de madeira: escrever um livro, plantar uma árvore e ter uma criança. ela já tinha plantado a árvore, e o livro dela tinha este singelo título - o óbvio ululante que pulula na cabeça das pessoas - quanto a criança, parece que ela estava solicitando o cebolinha para fechar o projeto. mas tá meio sujo pra ser uma historinha em quadrinhos. só que eu tenho uma lembrança muito forte de que era assim mesmo. e pode até ser, só depende do ângulo em que se aborda isso.
sempre fui muito fã de revistinha em quadrinhos. adorava a turma da mônica das antigas. mas bem das antigas. antes de eu nascer, inclusive. sempre tinha banquinhas que revendiam revistinhas usadas, e eu exigia para meus pais que cumpriam com essa tarefa. eu tinha revistinhas de 1979, 78, e lembro de uma de 1975 inclusive. as histórias eram muito legais. mas assim ó, muuuuuuuuuuuuuuuuito. havia um enredo envolvente, havia ação, havia suspense... e eu não estou ironizando. é real mesmo. a turma da mônica contra o capitão sujo. tinha vários vilões na época. um que queria acabar com o natal. tinha uma história em que a mônica virava agente secreta. nossa. os planos infalíveis do cebolinha. era demais de divertido. antes dessas histórias atuais fraquíssimas e sem nenhum acontecimento vívido. sem esses personagens politicamente corretos, tipo um que é paraplégico, outro que tem síndrome de down, e outros quetais. é óbvio que eu não tenho nenhum preconceito contra pessoas deficientes, e eu nem precisaria estar explicando isso, mas tem gente que lê aqui e não me conhece pessoalmente, então sempre é bom deixar claro. pessoal, eu curso a faculdade de psicologia. se eu tivesse algum preconceito do gênero, eu iria ser um psicólogo bem ruim e fora da realidade. coisa que eu não sou e não vou ser. mas voltando... havia essa época em que as coisas não precisavam ser politicamente corretas. onde havia uma certa liberdade de expressão. onde não ficavam culpando tudo que aparecia na televisão como causa dos males do mundo. essa mania de culpar os ídolos e o que aparece na televisão, nos filmes e nas propagandas, além de ser muito chata depõe contra a inteligência da humanidade. que na realidade... mas eu preconizo sempre acreditar no potencial do ser humano. mesmo que ele esteja escondido. sim, eu sei que crianças e adolescentes copiam seus ídolos. seja na maneira de se vestir, falar, agir, se comportar. mas é tudo muito chato. eu tinha essa idéia latente já há um bom tempo, e outro dia estava escutando o programa da Kátia Suman ao meio dia, e há a crônica falada. naquele dia, estava falando o Pedro Veríssimo. e ele estava verbalizando justamente isso, sobre a chatização do mundo. ele elogiava a Amy Winehouse por dar vexames públicos, por nunca sabermos se ela vai comparecer ou não aos shows, por ela se embebedar, cantar bêbada num bar e continuar a viver a vida dela tranquilamente, sem se preocupar se está sendo um bom exemplo ou não. todas as entrevistas atualmente são muito chatas. as pessoas estão se tornando chatas demais. tudo é muito certo, tudo é muito igual. há uma padronização estúpida das pessoas. ninguém fala o que realmente pensa, preocupado com as repercussões que virão. pro inferno com as repercussões. aliás, pro inferno com a sociedade. a sociedade é uma entidade monstra que se apodera da mente das pessoas em bloco. e torna elas cheias de pudores, critérios, proibições e julgamentos. mas deixem que a mulher lá se embebede e dê o seu vexame. dou muito mais valor a obra de alguém que não se deixa levar pela multidão burra. deixa a Britney tomar o goró dela lá e raspar a cabeça. e engordar. e pegar 9074278 indivíduos numa noite. isso prova que ela não é um robô, como parecia. até dá pra ter um carinho um pouco maior por ela. deixem as pessoas falarem o que elas bem entendem. fazer o que elas bem entendem. se outros vão copiar, que copiem. mas não tomem as decisões do que pode e do que não pode pelos outros. as pessoas sabem o que podem ou o que não podem. e se não sabem, que vão descobrir sozinhas. vão tentar as coisas. vão experimentar as coisas. vão viver as coisas. eu vivo num mundo que é uma caixa de havaianas tradicionais de tão fechado. eu tenho que conviver com pessoas que não fumam em festas "porque as gurias vão olhar". essa pessoa era muito minha amiga, por isso eu falei pra ela o que eu realmente queria. mandei ela tomar no cu dela. pelo amor de deus. se ela quer fumar, que fume! não vai fazer nenhuma diferença se as outras criaturas acharem que ela é isso ou aquilo por fumar. a imagem vale mais do que a vontade própria? vale mais que a sua integridade? porra, pra mim não. a imagem não vale mais do que o meu caráter. do que a minha personalidade. eu sempre falo: o que importa é o que parece ser, e não o que realmente é. e pra humanidade, infelizmente, é assim. mas me deixa aqui com a minha individualidade. com a minha vontade. vale muito mais a pena ser o que se é do que ser o que esperam de ti. mas na realidade, não. continuem seguindo o molde. vai ter mais trabalho pra mim no futuro. porque é uma das coisas mais frustrantes da história viver a vida sendo um personagem. de ficção. não de fricção. porque esse sou eu. e eu gosto. e eu vou continuar sendo. mesmo que achem que eu sou louco. como diria uma amiga minha (muito certinha, aliás): da vida, só se leva a vida que se leva. óbvia. mas verdadeira. viva a Amy Winehouse. pro inferno com o Chris Martin e a esposa sem graça dele. maravilhosa. mas sem graça.

ps: perdi o foco. nada mais comum. outra hora continuo falando sobre historinhas em quadrinhos. tenho várias impressões sobre elas.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

tá difícil pessoal. vou confessar. de novo estou com várias postagens iniciadas, mas não terminadas, porque eu fico com a sensação de que elas começam a se desmilingüir, e vão se desmanchando, e terminam mal. e eu não gosto de coisa que termine mal. então é por isso. mas tem umas 15 mais ou menos. que falam sobre pessoas chatas, sobre a vida, sobre a morte, sobre princípios... enfim. tá complicado.

domingo, 30 de setembro de 2007

eu já quis ser muitas pessoas nessa vida. no campo da ficção humorística, obviamente. já quis ser o Rambo, já quis ser o exterminador do futuro, outro dia eu queria ser o cumpádi Washington, porque uma pessoa que chama as mulheres de ordinária e não é processado nem agredido, é ídolo demais. já quis ser o Tiririca. esse é praticamente um deus. ultimamente eu queria ser o Januário de Oliveira. um narrador carioca dos anos 80 e 90. creio eu que ele ainda esteja vivo. até farei uma rápida pesquisa wikipediana.
pois então. inclusive após essa pesquisa, voltei com novos fatos e idéias. que se seguem. primeiro tenho que falar sobre a internet. mas coisa rápida. ela se presta para qualquer coisa. o que tem de gente tosca falando merda sem nenhum fundamento e embasamento, não tá no gibi. eu falo merda. mas pelo menos tento me inteirar dos assuntos. ou falo de coisas que eu tenha algum domínio. se eu fosse uma pessoa mais rasteira, me contentaria com as primeiras referências achadas sobre esse colosso da narração esportiva. que diziam que ele estaria supostamente morto. pesquisando um pouquinho mais, fui descobrir, na página do estúpido Milton Neves, que o nosso enorme Januário de Oliveira está vivo. e muito vivo. inclusive choquei-me com a seguinte informação: ele é gaúcho. de alegrete. quanta coisa alegrete nos proporcionou nessa vida. mas isso é um assunto interno e particular, que ninguém conseguiria desvendar o teor desse meu comentário. talvez 2 pessoas nesse mundo. e uma delas com certeza não lê isso aqui. enfim. ele era ídolo. como eu falo no meu atual about me, quantas clássicas transmissões de voltaço x fogão em plena quinta feira a noite? ele narrava, com seus bordões fantásticos. "tá lá mais um corpo estendido no chão; crueeeeeeeel, muuuuuuuito cruel! sinistro, muito sinistro.... porque ele sabe que é disso... é disso que o povo gosta. Addison, o que é que só você viu!" nossa. isso é muito nostálgico. do tempo que eu era feliz e tinha uma vaga noção disso. não haviam cobranças, não haviam necessidades imediatas, não havia pressões internas... as minhas relações se limitavam ao colégio, aos vizinhos e a família. e eram fáceis relações. meu coração ainda inexistia. exceto por uma professora da terceira série e uma coleguinha de aula. que nunca me quis. e uma outra. que me quis. e uma vizinha minha. que também me quis. quando eu não queria. depois eu quis. e ela não quis. mas eventualmente nos acertamos. e era simples. e eu não ficava pensando em que estratégia utilizar. ah... bons tempos... hoje em dia eu também não penso mais. e tento simplificar. mas não é assim, né? nunca é. tudo é um jogo. alguém perde, alguém ganha. ironicamente, por pensar parecido, por agir parecido e por perceber o mundo assim, eu vislumbrei a humanidade exatamente como no seriado Seinfeld. ironicamente, porque é baseado em sarcasmos e ironias. e por ser um seriado. mas que retrata muitas coisas da vida exatamente como elas são. mas não deveria. não deveria ser um jogo. não deveria ter um perdedor. mas tem. sempre tem. e~por isso eu não jogo mais. porque é algo inútil. mesmo quando se ganha, se perde. porque o sentido não é ganhar. o sentido é viver. o sentido é sentir. e quando o embotamento domina, não há o que fazer. apenas esperar. sentado na calçada de canudo e canequinha. tublec tublim. e esperar que a vida volte a circular nas veias. e as sensações voltem a fazer parte dessa mesma vida. as cores voltem a figurar na córnea. e não seja esse cenário cinza. ou de tons pastéis. que eu não sei exatamente como são, mas sempre quis usar isso numa frase para causar impacto. ou usar a highway para causar impacto, seja o que diabos vestidos de prada o Humberto Gessinger quis dizer com isso. mas entender as metáforas dele nunca foi bolinho. o que não desmerece outras, que são excelentes. inclusive eu penso em algumas músicas dele recorrentemente. perfeita simetria. toda vez que toca o telefone. toda noite de insônia. escrever uma carta definitiva. pois é. mesmo um relógio quebrado está certo duas vezes por dia. essa é a visão otimista. que é a visão exigida. e é a visão utilizada atualmente. porque eu acredito. eu tenho fé. eu tenho sentido. eu quero sentido. eu faço sentido. Frankl. por um sentido na vida. produção de algo significativo. relação significativa. projeto ou sonho significativo. por enquanto, nenhuma produção de absolutamente nada so far. por enquanto, nenhuma relação significativa com absolutamente ninguém so far. e por enquanto, nenhum projeto ou sonho. mas estamos trabalhando nisso. na produção também. em relação a própria, apenas esperar. eu queria fazer um comunicado oficial para a população, mas não funciona assim. porque poderia ser diferente do que está sendo. mas não está. e parece descaso. mas não é. é confusão. é atrapalhamento. é escaldamento, por situações passadas. as coisas ruins vão nos moldando. e não deveria ser assim. deveria ser justamente o contrário. as coisas boas deveriam nos moldar. de certa forma, elas também moldam. mas as que realmente causam marcas profundas, são as ruins. e eu queria gritar. queria agir. queria fazer. queria não ter a sombra do jogo. nem tudo é assim. nem todos são assim. Jerry Seinfeld e seus escritores não podem estar certos. seria um mundo cruel e sarcástico demais para se viver. ironias e sarcasmos não fazem bem. o tempo inteiro não. elas são cruéis. muito cruéis. e assim, eu volto ao Januário de Oliveira. que nesse exato momento diria: tá aí o que você queria. o final da postagem.

nota do editor: essa é muito complexa. é muito particular. mas eu apreciei. porque eu falei de inúmeras coisas. do melhor jeito. metaforicamente. eu fui longe e acabei retomando ao início. simples e fácil. fluiu. e ainda criei uma frase que no contexto do texto, por mais redundante que possa parecer, ficou excelente. "em relação a própria." que eu falo sobre relações, utilizando a mesma palavra para dois sentidos totalmente diferentes. eu particularmente achei sensacional. e não estou na fase maníaca. eu sei que não deveria explicar. mas tive vontade demais. a outra passagem interessante foi alegrete. normalmente eu me atrapalho. e atrapalho. que coisa. porque não dar uma dentro? acerta uma Cafu. acerta uma Cafu! só uma! mas tem pessoas que passam pela vida toda, e nunca vão viver isso. e tem gente que desperdiça. mas como diz Tom Cruise em collateral, milhares de galáxias, milhares de planetas, milhares de mundos. pensa que alguém vai notar? ninguém nota. mas ninguém nota. e tudo se resume a um imenso mar de irrelevâncias minimizadas... nobody notice...................................................

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

o ceromano.

o ceromano parece uma pessoa. parece com a gente, fala basicamente como a gente, se veste parecido com a gente, se reproduz praticamente igual, convive conosco, mas não é um nosco. ele não lê. ele não estuda. mas no entanto ele tem até o segundo grau completo, porque o ceromano faz vestibular.
eu esqueci o nome disso que estão produzindo nos porões governamentais. mas é a revisão do nosso maltrapilho português. eu sempre digo, não é porque uma coisa está estabelecida desde antes de sermos meio espermatozóide e meio óvulo que ela é certa. mas peraí, nivelar por baixo não né? eu sei que eu não sou nenhum professor Pasquale comendo big mac, mas azar o meu! eu que vá estudar e aprender a usar os porquês (que eu não sei. só sei os dois básicos. o junto e o separado. o com acento eu nunca sei quando é junto e separado.), a usar a crase (quem assiste, assiste À alguma coisa. não sei o quê.) e outras pequenas regras de concordância e sufixos, prefixos e etc etc etc. mas eu conheço um relativo número de palavras, praticamente não erro a grafia delas e sei que o que eu não sei, por mais engraçada que essa afirmação possa parecer, eu tenho que aprender. e não esperar que mudem a regra pra me favorecer, favorecer a minha preguiça mental. há uma linha teórica que afirma que essa mudança é para diminuir a quantidade de absurdos proferidos e escritos pelo nosso presidente, mas eu prefiro acreditar que não passa de boato. porque ele se preparou para o cargo. ele estudou. ele se especializou. afinal de contas, é a maior corrupção orquestrada na história do brasil. mas tende a evoluir, porque na realidade o único impeditivo seria a revolta popular, que nunca vai acontecer no brasil, já que o povo é muito pacífico, omisso e acomodado. fora a mentalidade de 'me dá o meu que tá tudo certo' que temos desde que os portugueses vieram nos colonizar. mas voltando ao maltrapilho, não é certo isso. que coisa. parem de fazer coisa errada, pelo amor de deus pai, que desistiu de nós e está começando tudo de novo, diferente, em outro mundo. a média do qi humano está gradativamente diminuindo. não é balela, é fato. por inúmeros motivos. o ser humano não tem predadores, então a seleção natural não existe. ele mesmo é predador dele mesmo, mas não é que nem no reino animal, onde os menos capacitados sucumbem. pessoas com baixa instrução e baixo qi tem proles muito maiores. e outros variados fatores que eu não vou ficar elencando aqui. só que isso causa uma diminuição na qualidade de tudo. na inteligência também, porque a exigência é feita por pessoas menos capazes. e gente menos capaz exigindo resulta em menor exigência. isso ainda não está se mostrando muito claro atualmente, mas esperem algumas décadas.
o ceromano vai nos dominar. em breve. teremos que seguir as ideologias de ídolos como Carlos Massa, o pequeno rato, que afirmou certa feita que "cultura nunca me fez falta." vai falar o quê, uai? ele ganha rios de dinheiro há muito tempo. e eu aqui discutindo sozinho sobre o emburrecimento das pessoas. que não lêem, que não escrevem, que não estudam, que sempre fazem o mais fácil. sem ganhar um tostão. vou parar de estudar mesmo. ou não. porque eu vou precisar aprender a escrever errado. pra estar certo. vou te contar uma coisa.

em tempo. o ceromano é uma palavra retirada daquelas clássicas compilações de barbaridades escritas em provas de redação de vestibulares. essa sempre ficou na minha mente. gostaria de conhecer pessoalmente este energúmeno. e inclusive chamá-lo assim. ele vai achar que é elogio. mas já que não será possível, fica aqui o meu agradecimento público ao ceromano desconhecido. obrigado pelas inúmeras risadas e piadas feitas em cima disso. vai que ele algum dia leia o meu blogue. ou não. não tem figurinha.

meu querido diário.

chegou a primavera. segundo a minha concepção mental, era nesse ponto que as coisas mudariam. e vão mudar. saí daquela coisa de cada dia é uma vitória. os dias já se estabeleceram. não há mais risco. aparente. mas não há. agora eu quero o que é meu por direito. vou solicitar por formulário e pessoalmente. eu quero. tudo de novo. quantas vezes for possível. desde que não exijam muito da minha paciência. porque eu não tenho tempo a perder. e como eu já falei antes, não vou me desperdiçar por aí. então é oficial, pessoal, estou voltando.

domingo, 23 de setembro de 2007

hope.

alguém poderia tentar me explicar porque eu não faço acontecer uma coisa que eu gosto, quero e acho que seria legal? eu sei, no fundo. é basicamente pelo meu pessimismo. que apesar da minha luta em afastá-lo da minha vida, ele mantêm-se presente. mas enfim. eu vou tentar. mesmo. só queria me entender. porque é difícil, sabe? é difícil valer a pena. e eu acho que vale. eu sei que vale. e mesmo assim, estagnação. claro que há a velha companheira, a distimia. mas porra. I can't take it anymore. eu queria rever a minha vida e identificar exatamente em qual momento eu perdi a esperança. e buscá-la de volta.
esse é o motivo do viver meia-boca. esperança. vou começar ouvindo minha impulsividade. a boa.

sábado, 15 de setembro de 2007

incapacitante.

um fenômeno interessante e intrigante tem acontecido ultimamente. as pessoas andam não entendendo minhas ironias e sarcasmos. eu falo as coisas e ficam me olhando com cara de "hã?". tem algumas pessoas que normalmente não entendem, mas essas é sempre. só que tem acontecido mais frequentemente. tão frequente que eu estou aqui comentando e me questionando. será que eu estou me sofisticando demais (numa visão otimista) / complicando e errando na medida (numa visão pessimista), ou as pessoas estão emburrecendo? creio que não, as pessoas não estão emburrecendo. mas eu tenho me relacionado com pessoas diferentes mesmo ultimamente. eu sei que humor é uma questão de sintonia. com algumas pessoas é fácil, com outras é mais complicado. mas eu nunca compliquei muito. sempre foram fáceis. quer dizer, nem sempre, mas nada sherlock holmeano. e se a pessoa não pode ter nem a sua fina ironia apreciada, o que vai restar?

fiz um trabalho para a faculdade e enviei para um companheiro de grupo imprimir. após ele não ter cumprido essa mísera tarefa, entregamos o tal trabalho. alguns momentos depois, recebo um email perguntando se eu não havia feito a correção ortográfica. porque "incapacitante" aparece sublinhado no word. e ele imaginou que estava errado. respondi o seguinte:
"...incapacitante é o corretor do word, que é burro. só que ele é apenas um programa de computador." me ajudem, pessoal! fica claro que chamei ele de burro? de mais burro que o word que é um ser inanimado? se me disserem que não fica, eu humildemente reconhecerei que estou com a ironia e o sarcasmo prejudicados. e ficarei recluso até voltar ao normal. comendo miojo com atum. e saladas cruas.

exercício de imaginação.

eu não me imagino idoso.

ah pois é...

eu já falei que sou contraditório? certamente. porque eu sou. eu mudo de idéia facilmente. numa visão superficial, facilmente. porque as coisas pra mim obedecem uma ordem e uma cronologia muito estabelecida. mas pra quem observa de fora, parece que eu sofro de transtorno de humor bipolar. costumo dizer que eu sou uma biruta, que vai na direção do vento. dos meus ventos.



e eu queria. eu queria tudo de novo. mesmo sabendo que o final é sempre o mesmo. mas afinal de contas, são essas pequenas coisas que fazem a vida ter gosto. mas cansei. por hora, eu cansei. que tenha gosto de massa instantânea. azar. eu sobrevivo muito tempo comendo salada sem gosto, miojo e atum. porque quando eu invento de comer algo mais sofisticado, aparece uma alergia, uma disenteria ou uma intoxicação alimentar. eu cansei. é tudo difícil demais. sendo que é fácil. porque tem que ser complicado? eu complico pelo prazer de me divertir, mas não estou com vontade. na realidade, volto ao mesmo ponto crucial. preciso de sentido. para ter vontade. e eu não tenho vontade. porque não há um sentido. e eu cansei. vou me guardar. porque eu andei me desperdiçando demais por aí. e honestamente, eu sou interessante e intenso demais para ficar me gastando à toa.



algumas pessoas poderiam dizer que eu sou pretensioso. egomaníaco. que estou na fase up da fictícia bipolaridade. mas não. na realidade, eu estou na fase distímica. que me acompanha há algum tempo. ela me acompanha há tanto tempo, que já é minha amiga. havia uma época, não muito distante, em que eu me empolgava com as coisas. eu era uma pessoa apaixonada, intensa. e já há muito tempo, tanto faz como tanto fez. me foi comentado algo pela minha grande amiga fulana de tal: "nunca sei quando tu tá bêbado. quando eu vejo, tu tá mal! porque tu continua igual sempre!" e isso não era assim. eu sempre fui muito solto, solteiro do rio de janeiro (nunca perde a graça! nunca!), e quando me alcoolizava, nossa. era diversão garantida, ninguém pedia seu dinheiro de volta. e há esse bom tempo, eu estou em forma de zumbi. eu sou o mun-rá, o ser eterno, mas nas suas formas decadentes! e eu queria ser o mun-rá galo. voltar a ser o mun-rá boludo. que espancava o willie kat e a willie kit. batia o brim do lion. revirava o thundertanque com o panthro dentro. dava uma canseira na cheetara. e era legal thundercats. nota-se, pelo meu vasto conhecimento de causa. inclusive está em fase de pré-produção, thundercats, o filme. pré-produção é a fase que eles lançam a semente e especulam pra ver quem se abraça na roubada. mas eu perdi meu foco. meu olho de thundera. nunca consegui entender porque na viagem para o terceiro mundo apenas o lion cresce! alguém tem essa resposta? então, eu estou vivendo mais ou menos. e eu sempre preconizei não viver mais ou menos. viver meia boca é péssimo. é um desperdício de vida. porque até que me provem o contrário, com vídeos no youtube e grampos telefônicos, só se vive uma vez. e não pooooooooooooode ser ruim. não pode. temos que espernear pra não ser ruim. temos que resolver nossos pequenos problemas com as pessoas. porque depois pode ser tarde. e não vale a pena ficar com algo entalado até o resto da vida, por orgulho. temos que aproveitar ao máximo as coisas boas que a vida nos traz. temos que amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, mesmo que eu ache legião urbana mais deprimente que algumas coisas que eu mesmo escrevo. e ruim também. sentimentos ruins só causam dor e sofrimento. não precisamos disso. mas olha quem está falando. o rei da birra. ah pois é... saber não siginifica fazer. o que a princípio demonstra burrice. e depois também. então concluindo, eu sou burro. e além de burro, eu estou oco por dentro. e além de estar oco por dentro, eu estou muito cansado pra procurar um sentido. sentido este que me faria ter vontade de novo. me aplaudam. eu consegui conectar uma bela linha de raciocínio. da burrice a falta de vontade.

mas eu estou nessa desesperança apenas em relação ao assunto principal, falado no começo desse post. que eu obviamente não vou explicitar. as minhas metáforas não são complicadas. é fácil. no quesito cumprir as formalidades impostas pela sociedade para ser aceito e bem-visto, eu mudei. estou me esforçando. estou tentando. e aparentemente, está dando resultado. o que me deixa com uma sensação de ter comido miojo com atum. não é bom, mas eu sobrevivo.

e a véia debaixo da cama, a véia criava um bode. na noite que se danava, o rato chiava, o gato miava, o cachorro latia e o bode berrava. oh meu deus se acaba tudo, tanto bem que eu te queria............................... tanto faz, como tanto fez.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

esse aqui não ficou bom. não é pra ler. passa.

eu realmente não sei. eu reclamo demais. de tudo. critico demais. tudo. vejo mediocridade em inúmeras coisas e pessoas. eu cansei de interpretar o personagem legal, atencioso e preocupado. eu sou muito chato. eu tenho padrões altos para tudo. eu estou cansando das pessoas. das coisas. da faculdade. da terapia. dos remédios. da família. dos amigos. eu acordo e tenho vontade de continuar dormindo. as aulas não fazem o menor sentido, mesmo as que me ensinam algo útil. eu durmo de manhã, eu durmo de tarde. não durmo de noite. é tudo imensamente chato. eu vivo para passar o tempo. tanto faz como tanto fez. eu não tenho sentido mais nada, em todos os aspectos. a única coisa que me mantém sane é a academia. e eu não sei por que. meu único projeto de vida é perder a gordura localizada na região abdominal. talvez eu me boicote comendo porcaria por que caso eu atinja esse objetivo, eu acabe sem nenhum mesmo, e aí acabou-se tudo. como diz na música da idosa que criava animais embaixo da cama.
e a véia debaixo da cama, a véia criava o gato. na noite que se danava, o gato miava e a véia dizia: oh meu deus se acaba tudo, tanto bem que eu te queria!
e a véia debaixo da cama, a véia criava um cachorro. na noite que danava, o gato miava, o cachorro latia e a véia dizia: oh meu deus se acaba tudo, tanto bem que eu te queria...
embaixo da cama eu crio a gordura. mas na realidade, eu não crio nada. na realidade já acabou tudo. e nada faz sentido. e talvez esteja localizado ai o problema. sentido. porque eu quero sentido? eu penso demais. um dia eu acho que fui feliz. quando tinha 10 anos e brincava de playmobill. e a minha maior missão era terminar supermario 2, o da princesa. preciso de um sinal. preciso de uma luz. ou de um raio, que caia na minha cabeça.

a pior sensação do mundo é sentir-se sozinho, na chuva, no frio, olhando os carros passarem. repensando o que foi feito da vida até aquela hora. e pensando que não foi feito nada, absolutamente nada, e que se não houvesse nada, não faria nenhuma diferença. tanto fez, como tanto faz. pro inferno com tudo isso. eu cansei.
me vendi ao sistema. agora meu blogue tem propaganda. sou eu e o joão gordo. traímos o movimento. ele o movimento punk, e eu o movimento emo. o joão gordo foi xingado e agredido. eu vou ser alvo de choro e lamentações. o que vai ajudar o pessoal. olho borrado é mais legal ainda.
sobre o treinamento aquele. olha, de alguma forma eu ganhei peso. mas não sei que tipo de peso, já que não fiz medições quaisquers. e possivelmente seja psicológico, mas eu sentia meus músculos mais moles. e também não deu o resultado que eu esperava. mas também não sei se fiz certo. enfim. voltei ao método antigo com alguns ensinamentos desse treino que eu não sei se funcionou. menos treino, mais intensidade, mais descanso. e vamos pra cima deles que acabou o frio.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

continuação da postagem abaixo dessa debaixo. entenderam? é fácil.



...fiquei observando o pessoal chegar na festa. e o pessoal chegava. todo mundo muito louco, muito solto, solteiro do rio de janeiro, sou eterno nessa brasíla. fantasias supimpas. outras nem tanto. e foi começando a pairar a sensação que em breve, iria se apoderar do meu ser: sensação de o-que-diabos-eu-estou-fazendo-aqui. a festa foi começando a encher, eu ainda fui buscar um último copinho de mé com guaraná ruim (até o guaraná era marca-diabo. acho que nem faz tanta diferença financeira, é mais pelo prazer de oferecer tudo do ruim e do pior), e fui pro clima. muito simpático, como me é de costume, fui angariando amizades pelo salão. mas me faltava um sentido. e eu comecei a lutar comigo mesmo, porque essas coisas não precisam de sentido. como eu gosto de dizer, tem coisas que apenas são. mas vai dizer isso pra minha mente. ainda mais com cerveja, goró e martini. comecei a questionar a vida. sócrates. platão. nada é igual. tudo muda. nós não somos os mesmos e o rio também não é o mesmo. mas aquela festa era a mesma. de sempre. e por algum motivo ainda obscuro, eu não estava gostando. neguei. me debati. mas não teve jeito. me entreguei. dali pra má vontade foi um tapa. aí encrespou mais que o cabelo da Elba Ramalho em dia umido. que coisa né? como alguém pode ser tão crespo? comecei a me irritar, comecei a trombar nas pessoas, desisti de fingir que dançava, desisti de beber... sabe quando o jogador força a perna no chão, faz uma careta, olha pro banco e faz o clássico sinal com as mãos girando os dedos? pois é. pode botar outro no meu lugar que a minha contribuição para o time tinha se esgotado. ainda me incomodei pelo mesmo fato de sempre, o empurra-empurra. dei mais uma volta, desesperada, tentando achar motivação da sola do sapato. tipo quando tem que ganhar, tá perdendo aos 38 do segundo tempo e bota todo mundo pra cima. é balão pra área e seja o que deus quiser. ainda teve um lampejo de alegria, quando eu vi um boneco, gordo, fantasiado de Robin. ele achincalhou o garoto prodígio. de garoto prodígio ele passou a garoto-rodízio. e recordei do desenho que havia visto semana passada, no canal da ulbra, sábado de manhã. liga da justiça! vocês tem que ver! é sensacional! e teve uma passagem do desenho em que o Aquaman, transformado em um monstro, estava atacando a cidade. o Robin me sai com a seguinte pérola: santa alta voltagem Batman! Aquaman está indo direto para a hidrelétrica! nossa. eu ria sozinho olhando a patética figura roliça de Robin. e ainda me lembrei de uma das piadas mais célebres contada pelo saudoso Papaéu: por que o Batman colocou alarme no Batmóvel? porque ele tem medo que Robin! é o auge da infâmia. mas não dá né. não dá pra depender disso numa festa a fantasia. e eu fui me desmilinguindo. derretendo. o sentido? tava fantasiado de palhaço carequinha abraçado numa de fada e pulando no meio do salão.
encontrei meu pessoal, e todo mundo meio com cara de abatido também. e o grande Wagner me olha e faz o meu cláaaaaaaaaaaaaaaaaaassico sinal do juiz encerrando a partida. terminava assim, de forma lacônica, melancólica, patética, mais uma festa.

saímos e ainda tivemos a perspicácia de ir ao famigerado Mc Donald's. malditos três mc duplos que eu sempre como. só pra me engordar. mas foi o melhor da noite. cheguei em casa e o msn me prepararia uma agradabilíssima surpresa, que obviamente eu não contarei porque faz parte do meu íntimo.

dormi apenas três horas, porque tive que levar minha mãe em uma peregrinação pelas ruas do porto dos casais. não dormi no resto do dia, e fui para a colação do meu amigo. nossa, eu detesto colações. é uma coisa bem chata. as pessoas falam demais, demora demais, tem homenagem disso, troféu daquilo... já estou avisando com antecedência, quando for a minha formatura, eu vou liberar todos dessa parte asquerosa. podem ir só na recepção encher a cara. isso se eu me formar. um dia, quem sabe...

excetuando a chegada de Renato Marsiglia, obviamente no final da colação, fazendo o overlaping, não houve muita diversão. apenas um pobre garoto que tocava piano e liderou a homenagem aos pais. ele tocava piano muito bem! mas ele inventou de cantar. bom, eu canto mal e sei disso, e não canto em público e nunca cantarei, mas esse rapazote bateu todos os níveis de ruindade. Frank Sinatra teria emitido um comunicado a imprensa se fosse vivo. comunicando que se arrepende de ter criado a música que foi vilipendiada.

jantamos. e eu não comi muito. porque eu queria ir na festa. não era a festa de formatura, porque o meu amigo não era muito bem quisto entre os semelhantes. e ele fazia questão de ser mal quisto. e eu não o culpo. então a suposta festa dele seria em um local muito conhecido de Porto Alegre. uma festa anos oitenta, que saiu do underground e virou modinha. ainda vai virar mais modinha ainda, e então, acabar, como tudo nessa cidade. o pessoal é muito pouco original. e eu nunca tinha ido. mas me vendiam maravilhas da festa. e eu sem a mínima vontade. mas por motivos pessoais, eu acabei indo.

na largada já começa mal. estávamos esperando para dois amigos comprar ingresso, que supostamente teriam acabado, e sai uma moçoila por uma porta. completamente trôpega. num estado irrecuperável. tinha tomado todo o álcool do mundo. fifa. ela saiu, tropeçou, quase caiu e veio pra cima de mim. bateu em mim e quase caiu, segurei ela e pedi falta! mas o juiz não apitou. ela me olhou, mexeu com os lábios, fez um imenso esforço para falar alguma coisa, mas não conseguiu. desistiu. eu vi nos olhos dela a vontade de falar, mas não deu. ela seguiu, tropeçando em tudo que podia até chegar no táxi na esquina. e eu com medo de entrar no lugar. quando a gente enfim estava entrando, um boneco lá de dentro gritou: parem de vender ingresso e deixar mais gente entrar! não tem espaço porra!
e não é que o bebum estava certo? não tinha espaço. nenhum. olha, se aquilo não era o inferno, era uma sucursal. muita gente. muita. todos os tipos de gente. todas as classes de gente. todas as espécies de gente. todos os filos de gente. todos os reinos de gente. a faixa etária compreende algo entre 20 e 61 anos. mas não compreendia as boas marcas de desodorante. sim, eu sei, estava um calor senegalês, mas bons desodorantes seguram a onda. muita gente completamente bêbada. e pessoas muito bêbadas não são agradáveis. há um limiar. mas a razão não tinha lugar lá dentro. cada barbaridade cometida. nossa. e era impressionante, eu nunca tinha visto tanto gordo junto na noite. suponho que era a noite da promoção, dois gordos pagam apenas três entradas. e eu estava de camisa social, calça razoável e sapato. ou seja, eu não estava bem ajustado. ficamos ali, no meio do furacão. tentei beber, porque afinal de contas, vamos dar uma chance. mas a cerveja entrou em contato com a comida e dobraram de tamanho no meu estômago. eu não ia conseguir beber, não estava me sentindo bem e de novo, o empurra-empurra. mas não vou só criticar. acho bem saudável isso de uma festa ser eclética. liberdade de expressão e individualidade. reconheço esse ponto. e também o pessoal lá não está pra brincadeira. é o velho oeste. não tem pra onde correr. a bala passa zunindo. e eu arrumadinho, perfumado, pelo menos nisso eu me senti bem. mas absolutamente nenhuma vontade. quase briguei com um pequeno ser humano que teimava em me empurrar. depois ele mandou o amigo gordo dele ficar me empurrando. e se não me engano esse amigo gordo dele é um lamentável "jornalista" local que escreve coisas fraquíssimas em um periódico da nossa província. me arrependi de não ter espancado o pequeno ser humano e seu amigo gordo. poderia ter saído uma nota sobre isso no tablóide. ainda encontrei uma amiga das minhas irmãs. irmãs mais velhas. bem mais velhas. e olha que eu sou antigo. ela me conhece desde meus 6 anos. mas enfim, de novo, abandonei. resolvi subir e me escorar num parapeito e ficar observando o movimento lá embaixo. era só fazer hora até meus amigos resolverem ir embora. pena que eles sempre querem fechar os lugares. fiquei lá, observando e escutando a música. eu gosto de músicas dos anos oitenta, mas nossa. chega uma hora que não dá mais.

milagrosamente essa noite não terminou tão mal. lá mesmo, melhorou substancialmente. mas nenhuma relação com o lugar. ou com as pessoas de lá. é mais complexo. e eu não vou explicar. porque de novo, faz parte do meu íntimo. mas fez valer o resto.

minhas conclusões são:
ainda não estou preparado para a vida lá fora.
não gosto de sair.
meu dinheiro pode ser empregado em coisas melhores. gastei bastante para duas festas péssimas.
não perco mais nenhuma liga da justiça, sábados de manhã no canal da ulbra, entre onze horas e meio dia.
nunca vou ser gordo.

ir em um lugar atrolhado de gente. gente fedida. mal-educada. não. isso para mim não é diversão. eu ia terminar dizendo o que era diversão para mim. mas não pensei em nada. também agora há pouco eu ia mudar meu perfil no orkut e colocar algo nas minhas paixões, e nada veio. pois é. complicado. não sei o que é diversão e não tenho nenhuma paixão. duas coisas para trabalhar. porque senão, breathing just passes the time. Until we all just get old and die. Talking's just a waste of breath. And living's just a waste of death.
tinha que dividir essa passagem constrangedora, mas igualmente engraçada. estava eu em uma aula que parecia ter sido programada pelos trapalhões, e uma colega começou a contar uma história sobre um garoto que ia na sessão terapêutica e destruia absolutamente tudo. ele não parava quieto. ele era um demônio. e ela contou isso por muito tempo, detalhadamente. e num momento que eu voltei a prestar atenção, ela estava perguntando sobre o suposto possível problema que a criança poderia ter, e ela falou de equilíbrio, que o garoto era desequilibrado. e perguntou que problema era esse. e eu, na minha mente fértil/doentia, pensei em labirintite, obviamente. e eu achei engraçado. só que eu falei. e falei alto. e o pessoal não entendeu. realmente, essa aula é a pior possível. bando de pessoas sem graça. eu pelo menos sou apenas sem noção.

domingo, 2 de setembro de 2007

pois então. a minha vida é uma comédia. bem ruinzinha. e eu colaboro horrores. eu não me ajudo, isso é claro. ou como diria o enorme "comentarista" Neto, é óbvio que tá errado, até porque foi pra fora. eu não gosto de festas. é verdade. eu preciso reconhecer e admitir isso. meu amigo Chiquito diagnosticou isso pela primeira vez. e eu neguei, mas é óbvio, até porque foi pra fora. nossa. tenho que parar de fazer essa piada que só tem graça pra quem entende o contexto. mas voltando ao foco, que eu perco a cada canto de passarinho as cinco e trinta e seis da manhã de sábado pra domingo, eu não gosto de sair (sair - festas noturnas). apenas em situações específicas. que eu não vou elencar. eu estou me desnudando demais nesse blogue. que ninguém lê praticamente, mas vai que algum dia alguém leia e use alguma coisa contra mim. apesar de que usar a teoria do cabelo pra cima de mim não vai fazer nenhum mal. e o foco, coitado. mas mesmo não gostando de sair, eu saio. deve ser alguma pulsão masoquista que teima em aparecer. e além de não gostar de sair, eu estou me recuperando de uma depressão maior. que o próprio nome já demonstra a sua mania de grandeza. e por isso mesmo, exige tempo e esforço para ser vencida. coisa que eu tenho feito. mas ainda não venci. tamo no game. e com essa depressão, algumas características se sobressaem. as ruins, é lógico. a minha impaciência. a minha irritação. a minha impulsividade.

sexta-feira, eu fui em uma festa extremamente concorrida aqui na província. uma festa de faculdade, que eu não direi o nome por motivos éticos. era a fantasia. que eu detesto. me fantasiar. não festas a fantasia. inclusive aprecio-as, pois o quesito diversão evidencia-se. a festa essa tinha tudo para ser boa. como sempre, muitas pessoas que eu conheço iriam. a reputação dessa festa é muito boa. eu iria com meus amigos. haveria lauta distribuição de bebidas alcóolicas até a uma da manhã. a festa seria realizada num lugar consagrado em edições anteriores, mais precisamente no tempo que eu era apenas um rapazote ingênuo e cheio de idéias que mudariam o mundo. o meu mundo, basicamente. então vejam que são muitas as possibilidades de sucesso, mesmo com o handicap desfavorável da minha situação psicológica.

e além de tudo, eu me dispus a colaborar mais ainda, eu me embebedei com meus amigos antes de irmos para a festa. talvez tenha sido um erro. talvez não. nunca saberemos, como nunca saberemos qual o motivo que faz as pessoas assistirem João Kléber. eu bebi. como diria o célebre bêbado do youtube, eu bebi, bebi sim. foi u cão quem butô pra nois bebê. mas não fiquei trôpego, ou cambaleante. fiquei, como eu gosto de dizer, brilhando. ah, mas antes, muito importante. eu não gosto de me fantasiar. mas fui com a fantasia perfeita. fui fantasiado de emo. passei um lápis preto no olho. o resto já é da minha natureza, sou um emo por excelência. chegamos lá e ainda pegamos a bebida liberada. e realmente era liberada! a cerveja era péssima, não recordo a marca, mas era ruim de negócio. e além disso, tinha vodka (mais conhecida como cachaça para os íntimos e organizadores da festa) com refrigerante. dei mais uma calibrada e fiquei observando o pessoal chegar na festa.







não terminei. só publiquei para a minha queridíssima e estimada amiga, a Ana Paula, ler. e nem sei porque eu escrevo isso, dificilmente alguém das 3 pessoas que lêem, leriam justo agora!

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

on the radio...

lugar-comum. pensar em alguma coisa motivado por algo usual. como por uma música. mas pessoal, essa música é muito boa. começa no suposto refrão.

"On the radio, we heard November Rain. That solo's really long, but it's a pretty song" é verdade! o solo é realmente longo, mas é uma música bonitinha.

This is how it works: you're young until you're not. exato. somos jovens até não sermos mais.

You love until you don't. You try until you can't.

You laugh until you cry. You cry until you laugh.

And everyone must breathe. Until their dying breath.

e é exatamente isso. as coisas se sucedem. se repetem. amamos até não amar mais. e tentamos até não conseguir.

No, this is how it works: you peer inside yourself. You take the things you like. And try to love the things you took. And then you take that love you made. And stick it into some. Someone else's heart. Pumping someone else's blood. And walking arm in arm. You hope it don't get harmed. But even if it does. You'll just do it all again.

se isso não é a essência da vida, eu não sei o que é. pega as coisas que gosta. e tenta amá-las. aí tu pega esse amor que tu "fez", e enfia em alguém. no coração desse alguém. que vai bombar o sangue dele. e andar de braços com o alguém. e torce pra não te machucar. e mesmo que te machuque, vai fazer tudo de novo. porque é assim a vida. uma sucessão de coisas iguais. pessoas diferentes. cenários diferentes. mas tudo igual. e tudo parece novo. mas é o mesmo de sempre. a gente que tem memória curta.

And on the radio. You hear November Rain. That solo's awful long . But it's a good refrain. de novo. o solo é terrivelmente longo. mas tem um bom refrão. e quando tu tá com alguém. tu nem te importa de ouvir de novo. porque tu pegou as coisas que tu gosta, e aprendeu a amar elas. e pegou esse amor, e colocou dentro desse alguém. e está de braços dados. ouvindo November Rain. duas vezes. porque o DJ dormiu. e isso não importa. porque quando estamos com alguém. é somente aquilo que importa. e vai ser assim sempre. todas as vezes. o tempo todo. até não estarmos mais. e buscarmos de novo.

This is how it works
It feels a little worse
Than when we drove our hearse
Right through that screaming crowd
While laughing up a storm
Until we were just bone
Until it got so warm
That none of us could sleep
And all the styrofoam
Began to melt away
We tried to find some words
To aid in the decay
But none of them were home
Inside their catacomb
A million ancient bees
Began to sting our knees
While we were on our knees
Praying that disease
Would leave the ones we love
And never come again

On the radio
We heard November Rain
That solo's really long
But it's a pretty song
We listened to it twice
'Cause the DJ was asleep

This is how it works
You're young until you're not
You love until you don't
You try until you can't
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath

No, this is how it works
You peer inside yourself
You take the things you like
And try to love the things you took
And then you take that love you made
And stick it into some
Someone else's heart
Pumping someone else's blood
And walking arm in arm
You hope it don't get harmed
But even if it does
You'll just do it all again

And on the radio
You hear November Rain
That solo's awful long
But it's a good refrain
You listen to it twice
'Cause the DJ is asleep
On the radio
(oh oh oh)
On the radio
On the radio - uh oh
On the radio - uh oh
On the radio - uh oh
On the radio
apesar da minha melancolia, minha propensão para o pessimismo, e principalmente pela minha visão desesperançosa da vida, eu no fundo, bem no fundo, acredito. acredito nas coisas. acredito nas mudanças. acredito nas pessoas. acredito no futuro. acredito na bondade. acredito no amor. acredito em tudo. em algum momento da minha existência, eu quis deixar de acreditar. porque para cada motivo que me levava a acreditar, aconteciam vinte que me faziam querer parar de acreditar. e contra fatos, não há argumentos. e mesmo assim, eu nunca quis deixar de acreditar. porque quando eu deixasse de acreditar, eu não teria mais vontade de existir.
em algum momento, eu desenvolvi a teoria da expectativa. ela consiste basicamente em ter expectativas baixas para tudo, porque se não desse certo ou não fosse bom, eu não sofreria reversão de expectativa. e se desse certo ou fosse bom, seria melhor ainda. mas eu levei ela muito a sério. e me perdi. me perdi dentro de um mar de desilusão. numa imensidão de amargura. numa sopa de melancolia. possivelmente em vários momentos eu inclusive torci para as coisas darem errado, apenas para confirmar minha teoria. pois afinal de contas, os fatos vencem os argumentos.
e exatamente nesse momento, eu me tornei isso que eu sou. um pessimista. e é tudo muito intrincado. isso me leva a pensar negativamente. pensar negativamente me deixa mal. mentalmente e fisicamente. e de alguma forma, acaba sabotando o que a pessoa faz ou deixa de fazer. não é o fim do mundo. mas aproxima dele.
na continuidade desse momento, um outro momento bateu forte. pegou firme. e a desilusão tomou conta. a desesperança também. a vontade já havia corrido pra longe. e tudo se confirmava. a minha teoria estava certa. tudo dá errado. e não havia sentido para tentar. eu estava certo. mas não valia a pena. e preferia estar errado.
e em uma aula, numa tarde fria de agosto... uma aula despretensiosa. daquelas que eu estou presente em corpo, mas a mente já saiu flutuando há horas, uma frase criou outro momento.
"um psicólogo sem esperança tem que procurar outra coisa para fazer."
e eu fiquei pensando nisso. e concordei. e é a pura verdade. não só para psicólogos. mas para a humanidade. uma pessoa sem esperança não tem motivos para viver.
como eu vou convencer alguém a melhorar, se eu não acredito na mudança? como eu vou convencer alguém a ter um relacionamento se eu não acredito no amor? como eu vou convencer alguém a evoluir se eu não acredito em superação? e me deu o plim plim, aquele da rede glóbulo.
um dia eu acreditava. e muito. e isso não morreu. apenas encolheu.
eu acredito nas coisas. no fundo. nesse fundo. há esperança. mesmo que pequena. há chances. há vida. mas é preciso buscá-las. é preciso prová-las.
eu quero.
o que não significa que eu vá me tornar o profeta da felicidade. esse é o Gustavo Scalco.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

eu sempre achei que uma música para ser boa, deveria atender algumas exigências.
1) ter uma melodia boa;
2) ter uma letra boa;
3) ficar na minha cabeça;
4) me arrepiar;
5) ter um clipe bom...

e essa música (On The Radio) atende a todos esses requisitos. aliás, Regina Spektor tem praticamente tudo. letras excelentes. uma voz excelente. piano. letras sensacionais. falando de amor. aquele amor que não dá certo. aquele amor que dá certo. aquele amor de músicas de amor ( Fidelity). que é o amor que eu busco. e nunca vou encontrar. por isso me satisfaço com as músicas. porque romance, não vale mais a pena.

Regina Spektor:
On The Radio;
Fidelity.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

From day one I talked about getting out
But not forgetting about
How my worst fears are letting out
He said why put a new address
On the same old loneliness
When breathing just passes the time
Until we all just get old and die
Now talking's just a waste of breath
And living's just a waste of death
And why put a new address
On the same old loneliness
And this is you and me
And me and you
Until we've got nothing left.


parte final da música Get Busy Living Or Get Busy Dying (Do Your Part To Save The Scene And Stop Going To Shows), do álbum From Under The Cork Tree, da banda Fall Out Boy.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

recebi esse texto de um amigo meu. achei razoável e resolvi publicar.

há um bom tempo eu me pergunto sobre as coisas da vida. sou um inconformado. não adianta. eu não consigo aceitar e conviver bem com situações que eu não concordo. eu não consigo ver as pessoas fazerem coisas más deliberadamente para os outros. eu nunca concordei que para me dar bem, eu teria que puxar o tapete de outrém. mas a vida é uma rede de relações. e a gente acaba tendo que conviver com isso. participar de maneira indireta de coisas que a gente sabe que não são certas, mas que acaba nos fagocitando pra dentro da sujeira. e hoje em dia eu faço parte de algumas sujeiras. já fiz mais. e na realidade, eu perdi um pouco esse senso de ser correto. na realidade eu perdi tudo. eu estou absolutamente sem rumo. nenhum. eu achei que era uma coisa passageira. mas se tornou estável. eu não sinto vontade de fazer nada. eu não tenho vontade de ir na aula. eu não tenho vontade de ir na academia. eu não tenho vontade de sair na noite. eu não tenho vontade de estar com meus amigos. eu não tenho vontade de falar com as pessoas. eu não tenho vontade de falar das minhas coisas. tudo é extremamente chato. eu me forço a fazer as coisas, e acabo tendo a eterna sensação de tanto fez como tanto faz. eu não consigo mais fingir prestar atenção em conversas e pessoas chatas. eu parei de procurar os outros. eu comecei a me isolar das pessoas. antes me ligavam várias pessoas várias vezes ao dia para fazer coisas. sempre gostei de juntar amigos e amigas em tudo. aprendi que misturar mundos não é recomendado, e mesmo assim, continuava fazendo. eu sempre tive meus problemas pessoais, minha dificuldade com o mundo acadêmico, mas o resto fazia valer a pena e valer a pena tentar melhorar nisso. há um bom tempo não vale mais. meus relacionamentos nem podem se chamar de relacionamentos, são passagens de tempo. nenhum tem a mínima significância, e eu insistia em continuar. as coisas parecem ter perdido a cor. o mundo é preto e branco. eu me sinto um funcionário público com o cargo mais inútil e burocrático do mundo, só esperando o tempo passar. porque eu tinha esperança que melhoraria. eu fui atrás de ajuda. eu fui atrás de melhoras. e elas se mostram ineficazes. e eu cansei. não como esse movimento esdruxulamente ridículo, a começar pelo nome. eles não são capazes nem de criar algo realmente com vontade de mudar, é tudo jogo de cena. como a vida. como a minha vida. eu cansei de tédio. de faltar vontade. de faltar emoção. viver no piloto automático é ruim. tanto fez como tanto faz. a questão é passar o tempo. dormir é a única coisa que vale a pena. beber torna tudo menos chato. dizem que a heroína também. mas eu não aprecio a inserção de agulhas em veias. especialmente as minhas. mas dá pra entender um pouco o que se passa na mente das pessoas que vivem no buraco. admiro muito um músico que faleceu em 1996. Bradley Nowell.
Badfish.
Ain't got no time to grow old
Lord knows I'm weak
Won't somebody get me off of this reef.
e ninguém tirou ele do recife.
Poolshark.
Take it away and but I want more and more
One day I'm gonna lose the war.
e ele perdeu. e ele tinha tudo. fazia o que gostava. com as pessoas que ele gostava. só quem vive, sabe. na teoria todas as coisas são plausíveis. como diz Homer Simpson, até o comunismo funciona. na teoria.
a vontade está acabando. não sei mais o que fazer. one day I'm gonna lose the war.

Spider-Pig, Spider-Pig. Does whatever a Spider-Pig does. Can he swing from a web? No he can't, cause he's a pig. Look out! He is the Spider-Pig!

assisti Simpsons, The Movie. é sabido que eu sou muito fã dos Simpsons. por muitos motivos, mas principalmente os humorísticos. e o filme é muito bom. eles chamaram os antigos roteiristas, e o enredo é bom, tem várias piadas fáceis, mas não óbvias e é extremamente divertido. não chega a ser um Homer Astronauta e outros dessa fase mágica, mas vale muito a pena. e o ponto alto é obviamente Spider-Pig e Harry Plopper. enfim, pra quem gosta, é imperdível. pra quem não gosta, foda-se.

domingo, 19 de agosto de 2007

andar de bicicleta.

há uma lenda urbana, que conta o seguinte: é que nem andar de bicicleta. uma vez aprendido, nunca esquecido. existem inúmeras coisas que a gente aprendeu ao longo dos anos, e não esquece. existem incontáveis coisas que a gente já fez, e se for fazer de novo, só é necessário um tempo mínimo para relembrar e pegar o jeito.
mas existem coisas na vida que a gente já fez. que a gente aprendeu. que a gente já passou. e sabe como é. e gostaria de fazer de novo. no entanto, não conseguimos. por um sem-número de fatores. principalmente do tipo subjetivo. do tipo emocional. e por mais que a gente queira, simplesmente, não dá.
e isso torna-se um paradoxo. porque teoricamente, por sermos racionais, deveríamos ser capazes de controlar as subjetividades emocionais. é uma questão de cognição. mas não funciona, na prática.

fui tentar subir na bicicleta, e caí. eu queria voltar a andar, mas não é o momento ainda. quem sabe na primavera. meu único receio, é não conseguir andar. não ter vontade de andar. por pensar demais. e exigir um sentido. uma razão. para subir novamente na bicicleta. eu queria. mas não quero mais. estou me tornando o que eu sempre quis, mas tragicômicamente, não vale a pena.

queria voltar a ser quem eu gostava de ser. mesmo que essa pessoa aparecesse somente de vez em quando. melhor que nada.

andar de bicicleta.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

eu quero.

eu quero. tudo de novo. mesmo que eu diga que não, que é chato. que eu estou antigo demais para essas coisas. que eu estou desiludido demais com essas coisas. mesmo que eu afirme peremptoriamente que não acredito nisso. que a humanidade não presta. porque eu sempre acabo me entregando. é uma fagulha de esperança que acaba incendiando o meu coração sempre que ele é ativado. nossa, que frase legal! eu ia até continuar a falar sobre o assunto sem falar, mas pra essa frase ficar legal e ter sentido, eu tive que incluir o coração. enfim. eu quero. tudo de novo. mesmo que eu já saiba onde vai dar. porque no fundo, eu ainda acredito no amor.

coerente? eu?

bom pessoal, esse posting aqui é totalmente irrelevante pra vocês. então não leiam.
eu hoje começo um novo treinamento, revolucionário, contra tudo que eu sempre acreditei e estudei em matéria de musculação. mas eu acredito nele. porque ele têm lógica. e assegura resultados consistentes, consideráveis, em tempo curto. então só gostaria de compartilhar com vocês o início dessa experiência. de vez em quando eu vou postar algum comentário apropriado sobre o que anda acontecendo. mesmo que eu tenha pedido para vocês não continuarem lendo. porque esse sou eu. incoerente.

domingo, 12 de agosto de 2007

parece que está tudo normal. agora. talvez tenha sido alguma retaliação do blogspot enquanto entidade paranormal. para eu aumentar a qualidade das minhas postagens. oquei. entendido o recado.

sábado, 11 de agosto de 2007

porque o blogspot está me boicotando? algo acontece. a visualização do meu blogue está defasada. é. o último post que eu vejo, é o bloqueio. e não importa o que eu faça, não atualiza. ainda não cheguei ao cerne da questão, mas imagino que seja uma palhaçada parecida com o speedy da telefonica. era só o que me faltava. ter que processar o meu provedor de internet.

ah meu about me...

então, um dos principais motivos para a criação do blogue, era o desperdício de about mes. e esse atual foi criado ao longo do tempo, com carinho, com inspirações momentâneas excelentes! mas agora ele está dizendo adeus. e eu me afeiçoei muito. eu tenho esse lado, de manteiga derretida... por isso, aqui está ele, ipisis litris.

esse ano, ninguém estraga o meu verão. nem eu mesmo.

sim, é verdade. eu voltei. mais polêmico que roqueiro degradado dos anos 80 que teve que voltar a ativa por absoluta falta de dinheiro. mas vai passar. em breve.

o orkut é uma mentira, assim como o personagem interpretado por 99,99% das pessoas que aqui co-habitam. habitam, porque isso aqui é a uma cidade da fantasia e das pessoas perfeitas. mas apesar disso, eu afirmo: se não está no orkut, não existe.

SIM, EU TENHO UM BLOGUE. não aconselho, mas parem de dizer que não sabiam! http://lgildo.blogspot.com

NÃO, EU NÃO USO PROTETOR SOLAR. e não também. eu não aguento mais frio e chuva. quero passar calor, suar e dormir pelado. e continuar a pegar sol sem protetor solar, a despeito do que me aconselha Pedro Bial. é verdade pessoal. é decepcionante, eu sei. mas nem tudo que dizem na TV eu faço.

ESSE ANO NINGUÉM FODE O MEU CARNAVAL. só eu mesmo. ou algum amigo meu. porque amigo é pra isso.

eu sou tão legal que se eu não fosse eu, eu seria o meu melhor amigo.

dia 2 de setembro, Ivete Sangalo, no gigantinho. apesar dela andar me decepcionando, vamos.

cárater. ter princípios. ambas as coisas custam MUITO caro. mas eventualmente isso traz recompensas. além de dormir tranqüilo. eu acho. eu espero.

o sentido das coisas é o romance. porque o amor, é tudo na vida de uma pessoa.

antes suado que doente. vem verão, vem.

o medo de perder tira a vontade de ganhar.
como em tudo na vida.

minhas relações pessoais não são negócios. por isso, só faz parte da minha paisagem humana quem pensa e age como eu.

"...seasons change, but people don't."
"she tastes like you, only sweeter..."
"...I want these words to make things right. But it's the wrongs that make the words come to life..."
"We do it in the dark with smiles on our faces... ...But don't pretend you ever forgot about me......We don't fight fair..."
"Where is your boy tonight? I hope he is a gentleman. Maybe he won't find out what I know: you were the last good thing about this part of town."

bloqueio.

estou com 6 novas postagens rascunhadas. e não terminadas. porque não tenho gostado delas. mas são interessantes. eu que ando sem graça. porque não estou deprimido, mas não estou eufórico. minha melancolia desapareceu. mas a alegria não surgiu. eu estou em stand by. tanto faz como tanto fez. e é chato. o que me torna um chato. faz horas que eu não faço coisas erradas. faz tempo que não me envolvo com pessoas erradas, sabendo que não deveria. está faltando impulsividade na minha vida. está faltando intensidade. oh God... give me one good reason.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

eu quero ver duro de matar 4.0

porque ele é foda. ele diz que vai matar todo mundo que estorvou a vida dele, e vai lá e mata. Bruce Willis pra presidente do Brasil. quem anda de avião no meio de um prédio, tem o meu voto.

e nada acontece.

depois do posting sobre o jornal nacional, no qual eu me perdi (de novo) e misturei um sem-número de assuntos e ficou uma colcha de retalhos, e por isso eu peço desculpas a vocês, leitores, os três, eu fiquei pensando sobre isso. isso da impunidade, não isso de começar um posting sobre um assunto, passar por outros 278643, perder-se no meio deles, retomar no final, ficar um posting de baixa qualidade e muitas frases grandes, cheias de vírgulas, que causam irritação em quem lê. mas prometo melhorar.
nada acontece. o presidente está cercado de corrupção por absolutamente todos os lados. é a coisa mais óbvia do mundo que no mínimo ele pode ser acusado de corrupção passiva. e nada acontece. o presidente do senado. é simplesmente humilhante ver a cara de pau dele na televisão justificando seus ganhos injustificáveis. e eles não têm a mínima vergonha. a corrupção toma conta totalmente do nosso país. nada funciona. a justiça é cega. burra. injusta. e corrupta. o ex-presidente que sofreu um impeachment por corrupção imensa, se reelege alguns anos depois. senador da república. um dos cargos de maior status representativo do povo. e nada acontece. eles dão risadas fora de cena. porque são atores. na frente das câmeras e dos microfones, eles atuam. e dão festas, fazem viagens, patrocinam filhos e parentes, esbanjam dinheiro desviado no nosso nariz. e nada acontece. nada. todos os setores estão falidos. todo mundo sabe onde têm boca-de-fumo. todo mundo sabe quem são os traficantes chefes. e nada acontece. todo mundo sabe quem são os arrombadores de carros. e nada acontece. todo mundo sabe que as obras não sofreram licitação, e que as empreiteras superfaturam em mais de 400% os valores. e todo mundo tira a sua beira. e todo mundo sabe. e nada acontece. e trocam os governantes, trocam os partidos, e a corrupção somente aumenta. e nada acontece. qual a vantagem em ser honesto? existe diferença em desviar verba pública para o próprio bolso, verba que poderia ser utilizada em hospitais e equipamentos médicos que salvariam a vida de milhares de pessoas, de um latrocínio? a diferença é que o dinheiro desviado e a falta de condições de saúde vai matar muito mais gente em muito menos tempo. eles são assassinos. e nada acontece. o que pode se esperar do futuro desse país? sinceramente pessoal, não existe solução para o Brasil. porque fazem de tudo, e nada acontece. solenemente, nada acontece.

domingo, 5 de agosto de 2007

só damos valor quando perdemos.

Where is your boy tonight? I hope he is a gentleman. Maybe he won't find out what I know:
you were the last good thing about this part of town.

jornal nacional

assitir televisão é uma atividade que me traz um certo prazer. mas televisão humorística de preferência. ou música. isso é sabido e muito sabido. deixei de assistir novelas da rede glóbulo desde o tempo da teúda e manteúda, que se não me engano era a mesma das rolinhas do coronel, que fazia elas sentarem no colo dele e ainda largava: "uh-uh!" clássica novela. tieta não é? também se não for, azar do guarda. mas eu menti. quando eu disse que não te queria, quando disse que minha alegria, era viver longe de você! eu menti, pois o meu coração me enganou, e nos meus olhos você pode ver, está sofrendo meu interior. o amor, faz a gente enlouquecer, faz a gente dizer coisas, pra depois se arrepender, mas depois, vem aquele calafrio, e o medo da solidão, nos faz perder o desafio! nooooooooooooooooooooossa! eu era muito pagodeiro! razão brasileira - eu menti! olha pessoal. pagodes românticos dos anos noventa, é comigo mesmo. mas eu menti. a última novela que eu assisti direitinho foi quatro por quatro. da babalu! e a rede glóbulo é um canal que me enoja, na realidade. tudo é tendencioso, tudo tem um porque atrás. dizem-se a quarta maior rede de televisão do mundo, mas no entanto tem na sua grade de programação dominical um programa como o do Didi. que já foi engraçado, no tempo que os quatro eram vivos. ou então faustão. nossa. não tem nada mais deprimente do que assistir o domingão do faustão. também tem o programa do "velhinho simpático" (palavras literais de Robbie Williams, quando ele veio ao Brasil e participou do altas horas. ele até foi respeitoso com o "fala garoto", que insistia em chamá-lo de Robin). inclusive esse altas horas foi protagonista de um dos piores momentos da minha vida recente. numa viagem recente a uma cidade do interior, eu e as pessoas presentes jantamos, assistimos um filme (bom, aliás. "A Passagem". recomendo.) e acabamos vendo altas horas. me obrigaram. eu normalmente sou uma pessoa que mesmo que não concorde e não se sinta bem nas situações, sou político. ser político - fingir, interpretar um personagem que não é tão diferente das pessoas normais, e por isso é aceito, ou melhor aceito. mas aquele dia a minha politicagem atingiu níveis George Bushianos. era um programa com um gordo imenso que era ator de algum programa e resolveu cantar. ou o contrário, também não me interessa muito. também estavam presentes a Siri e o Marcello Novaes. que era o namorado da Babalu em quatro por quatro! LG também sabe lincar! nossa. a Siri essa. ela só não é estúpida porque ela está lá na televisão ganhando dinheiro. bastante. e razoavelmente fácil. o Marcello Novaes esse até que tinha algum conteúdo. mas porra! se eu vou assistir alguma entrevista na televisão, tem que ser com alguém que me desperte curiosidade. ou que irá me passar algum conhecimento sobre algum assunto que me concerne. e não era o caso de nenhuma daquelas pessoas presentes naquele programa lamentável do velhinho simpático. mas tudo bem. eles estão na deles. o que me preocupa é pessoas com quem eu convivo assistirem àquilo. assistir tudo bem. enfim. estávamos sem ter o que fazer. mas eles começaram a discutir sobre o que era falado na televisão. sendo que eles estavam falando sobre nada! e pior ainda! sem nenhum conhecimento sobre o nada! eles estavam supondo e achando! como eu disse, a televisão comporta um sem-número de imbecis. mas eu só assisto se eu quiser! e eu não queria! bom pessoal, resumindo, graças a Deus, terminou tudo bem, sem grandes baixas. e mesmo com essa demonstração de acanhamento mental, eu ainda fui expurgado. mas era um péssimo momento de vida. tenho onde me defender. enfim. não bastasse tudo isso de ruim, a minha irmã que mora em Criciúma veio visitar-nos há poucos dias. e ela é assídua assistente da rede glóbulo, o que me entristece bastante. e por intermédio dela, fui forçado a ver o jornal nacional. fazia algum tempo que eu não assistia desde o ínicio, desde o boa noite. e enquanto as notícias passavam, eu comecei a refletir. e me dei conta de uma coisa que está na nossa cara e não queremos nos aperceber. o mundo está em vias de acabar. em breve. pra ontem. sério. começou com reportagens sobre o acidente do avião da TAM em congonhas. passou pela ponte que desabou nos Estados Unidos. seguiu pela greve dos médicos no nordeste. deu uma pincelada no desmatamento desenfreado na amazônia. isso em 6 minutos de programa. um bloco. olha gente, não sei vocês, mas eu fico chocado com as notícias que eu leio e assisto sobre esse acidente da TAM. 200 pessoas. isso é um absurdo. por absoluto descaso e falta de atenção do poder público. eles comemoram as notícias que supõe que tenha havido falha humana do piloto. óbvio que humana, só se o piloto fosse um et não seria falha humana. a pista liberada por pressão política. o aeroporto sem as mínimas condições. o avião sem a manutenção adequada. a ponte nos EUA. bom, se caem pontes lá, no país que é o exemplo para o mundo, então o que nos resta aqui, na américa latrina? exemplo de poser, porque os americanos são o povo mais ignorante e débil da face da terra. uma ponte caiu! isso é muito sério também! as pessoas estava dirigindo em seus carros! e uma ponte cai! sem mais nem menos! vidas são perdidas! famílias destruidas. greve de médicos. eles estão há três meses em greve. três. mais de vinte médicos pediram demissão. três meses. residentes estão atendendo nos plantões. plantões de neurologia. residentes estão fazendo cirurgias neurológicas. é só eu que fica chocado com isso também? eles estão brincando com a vida das pessoas! pessoas! ninguém vale mais porque tem mais dinheiro. teoricamente. pra mim pelo menos não. pra humanidade deveria ser assim também. uma pessoa teve um AVC, esperou horas pra ser atendido, não foi. foi transferido para outro estado. e obviamente vai ter seqüelas irreversíveis por conta dessa espera. eles estragaram a vida de um ser humano! que nem eles! que nem a filha deles! que nem a mãe deles! e pra encerrar o bloco, empresas estão desmatando absurdamente a mata. carvão vegetal. e o ibama fala que não está querendo fechar as empresas. só quer multá-las. pelo amor do senhor jesus cristinho pregado na cruz de madeira! isso é crime ambiental! as pessoas fazem o que querem no brasil. e nada acontece. nada. absolutamente nada. tendo a verba para a corrupção, nada acontece. qual a esperança que o povo vai ter? qual o exemplo que as pessoas podem seguir? não há absolutamente mais nenhum respeito por nada em lugar nenhum. a vida das pessoas é posta em risco do instante que elas acordam até o momento que elas vão dormir. pessoas classe média, porque classe baixa vive eternamente em risco. e isso virou algo normal! como? se a gente parar pra pensar a sério em todas as notícias que aparecem na televisão, não resta nenhuma dúvida de que o mundo está acabando. aos poucos. mas está. eu torcia pelo meteoro que ia colidir com a terra em 2026, mas do jeito que a coisa vai, dá mais uns 10 anos e o mad max vai virar realidade. esse não é absolutamente o mundo que eu quero para os meus filhos. para os meus cachorros. para os meus ornitorrincos de estimação. para os meus ácaros.

meu querido diário. so long, and thanks for all the shoes.

uma coisa que eu sempre tenho em mente é que agora estamos aqui, mas amanhã, não sabemos. por isso que eu gosto de me despedir decentemente de pessoas queridas por mim. não chego a um exagero de declarações descabidas de amor eterno e amizade que transcende o tempo e o espaço. mas dar um tchau de respeito, pois poderá ser a última lembrança que guardaremos das pessoas.
não, eu não estou numa fase mórbida nem tétrica. apesar da minha recente e latente inclinação emo (só não instauro o lápis de olho porque eu ainda me importo com a opinião alheia. e vamos ser bem sinceros, eu sempre vou me importar. a não ser quando morar na minha ilha deserta. mas ainda falta...). eu realmente acho que algumas coisas são importantes, e essa é uma delas. também não gosto de deixar algo mal-resolvido com as pessoas. quer dizer, existem coisas na vida, que não se resolvem. questões que pairam e sempre irão pairar sobre as nossas mentes. eu chamo elas de assombrações. a não ser que se enfrente, elas sempre irão nos atordoar. e a gente sabe que algumas coisas não vão se resolver. não do jeito que deveria, ou que gostaríamos. assim como a outra parte. e justamente por ficar isso no ar, algumas vezes falamos coisas que não necessariamente seja a nossa posição para toda a eternidade. mas acaba ficando como se fosse. porque em algumas vezes essas palavras são as últimas faladas...
é óbvio que eu estou falando de experiências próprias. até ia tentar me gastar a usar subterfúgios, metáforas e parábolas para dissociar das minhas próprias questões, mas resolvi me dar um desconto hoje. é pessoal. tem vezes que a gente olha pra trás e pensa: "apesar de tudo, ficam coisas boas." e é real. in spite of everything, I'm still fell like it was meant to be. mas como eu nunca canso de dizer, o mundo não é do jeito que a gente gostaria que ele fosse. ele apenas é. e nem sempre as coisas terminam bem. e nem sempre as pessoas agem como seres humanos evoluídos. mas eu sempre tento, após a tempestade, deixar uma última impressão, boa. se o que prevalece são os sentimentos bons. e esse é o meu lado bonito. eu reconheço erros. eu peço desculpas. eu reparo equívocos. mas nem a Gisele Bündchen é bonita o tempo todo todas as vezes. quer dizer, ela sim. mas ela é única em matéria de humanidade. eu também canso. eu também guardo rancor. eu também sou cabeça dura. na realidade, acho que seria o contrário, porque guardar rancor e ser birrento são qualidades propagadas aos quatro ventos pelas pessoas que me conhecem. mas a minha essência é melhor que isso. só que nem sempre prevalece a essência.
sinceramente, eu gostaria de reparar uma ou outra impressão final deixada pela vida. mas mais sinceramente ainda, isso serviria somente para mim. não para as pessoas com as quais eu impressionei finalmente de uma maneira não tão boa. porque elas não merecem. questões mal-resolvidas eu tenho aos borbotões com minha família, amigos e amigas. mas consigo ter uma convivência tranqüila apesar de. com essas pessoas, não. e já dizia a minha avó, é preciso um pra mentir e outro pra acreditar. nada é unilateral. então eu sinceramente quero que se foda. que o meu desprezo, aparente indiferença e amargura transbordem em volta de vocês. porque quando eu sou bom, eu sou muito bom. quando eu sou ruim, eu sou tenebroso.

pois é. mas nem era pra ser tão assim. esse posting cairia perfeitamente bem na idade média da minha vida, mais conhecida como primeiro semestre de 2007. mas aparentemente, essas vozes ainda ecoam...

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Bang The Doldrums

eu não canso.

Best friends (You're wrong)
Ex-friends till the end
Better off as lovers (You're wrong)
And not the other way around
Ex-friends till the end (You're wrong)
Better off as lovers (You're wrong)

agora sim.

dito tudo antes, vou ao assunto que deveria ter pautado o posting logo abaixo desse. ultimamente eu vinha assistindo muito filme ruim. e uma coisa que me deixa profundamente chateado em filmes é quando eles insultam a minha inteligência. e eles insultam a minha inteligência quando as pessoas presentes no filme não fazem as coisas mais óbvias que qualquer ser humano com mais de 30 pontos no teste de quoeficiente de inteligência faria. com menos de 30 pontos, a pessoa possui um retardo mental, e politicamente a chamamos de deficiente mental. e quando eu estou ali, relaxado, vendo um filminho honesto, engraçadinho, e ai o débil mental do protagonista está atarefado e não vai poder cumprir um compromisso que ele agendou com sua noiva, que por sua vez já anda muito da nervosa com outros comportamentos estúpidos dele, e pede para o seu amigo reconhecidamente sem-noção substituí-lo no tal compromisso, já acende uma luz vermelha na minha mente. quando o amigo sem-noção apatifa com tudo, apenas agindo como ele costuma agir a vida toda, e o nosso protagonista fica em maus bocados com a noiva e toda a família dela, eu costumo perder a paciência. porque ele simplesmente não cancelou? nossa, se eu quero ver algo mal feito e irreal, eu ligo na novela das 8. a da record. protagonizada pelo Alexandre Frota.
mas eu comecei a ver um filme bom hoje. eu sabia que seria bom. porque já tinha lido muito sobre ele, e tinham falado muito bem a respeito. claro que isso não garante totalmente, vide caso "O Guia Do Mochileiro Das Galáxias", onde todas as críticas eram favoráveis, e no entanto eu não gostei. mas o de hoje confirmou. o filme é "Mais Estranho Que A Ficção". Will Ferrell numa atuação muito boa fora de comédias pastelão. mas o caso é que esse filme é um daqueles que nos fazem pensar. e é desse lugar-comum que eu comecei a falar na postagem abaixo. pensar em questões relevantes por estimulação de obras ficcionais. mas azar. acontece.
eu não assisti todo o filme. minha mãe estava vendo comigo e ela estava caindo de sono, tadinha. mas até onde eu vi, eu gostei. e muito. e ele me fez pensar em uma coisa. que eu sempre penso na realidade. mas quando está ali na tela, bem feitinho, bem interpretado, colorido e bonitinho, é outra história. o caso é que o protagonista levava uma vida medíocre, apenas cumprindo tarefas. praticamente um programa de computador, que faz tudo igual sempre, da maneira que lhe é indicada. e quantos de nós não vivemos vidas assim? claro que não tão radicalmente assim. mas parem e pensem. o que estamos fazendo? e qual a razão de estarmos fazendo isso e dessa maneira? qual a finalidade? porque devemos seguir o que está estabelecido? quem determinou assim? de novo. a sociedade. sério, a sociedade me irrita em níveis incomensuráveis. uma das minhas melhores amigas, a Anne (que também tem blogue. 2 inclusive. estão ali os links. recomendo.) tinha no perfil dela do orkut essa frase. "Todas as pessoas devem esforçar-se para seguir o que é certo, e não o que está estabelecido" (Aristóteles). e é verdade. é verdade há milhares de anos atrás. e continua sendo verdade hoje. outro filme que me fez pensar muito foi "Encontros E Desencontros". aquele do Bill Murray no Japão. que ele é um ator ds anos 60 que é contratado para fazer um comercial de um whisky japonês. e lá ele encontra uma americana recém casada com um americano fotógrafo. e apesar da diferença de idade, ambos estão vivendo o mesmissímo momento de vida.
ele não vê sentido no seu casamento, sua mulher fala com ele como se falasse com qualquer um, sem nenhum afeto. e está num país diferente, sozinho, onde as pessoas são totalmente diferentes e falam uma língua inintelegível.
ela nota que o seu marido novinho em folha não era bem o que ela esperava. ela se decepciona com ele e começa a se questionar. essa é vida que eu queria? esse é o futuro que eu esperava?
e o momento dos dois é exatamente esse. era isso que queria para a minha vida? e é isso que eu penso incansáveis vezes. eu olho para trás. olho para o presente. e pergunto para mim mesmo: é isso que eu quero? é desse jeito que eu pretendo viver? eu canso de falar pra mim mesmo. não, não é. e por isso que eu sou e me sinto tão infeliz. porque não era assim que eu pretendia viver. e eu não quero isso no meu futuro. não quero viver uma vida pré-determinada pelas convenções. não quero um emprego meia-boca, sem futuro que não me desafie ou me estimule da maneira adequada. não quero viver mais ou menos. eu também canso de me dizer isso. só se vive uma vez. que seja intensa, mesmo que efêmera. para tudo isso ter um sentido, tem que fazer valer a pena. tem que ter significância. amor. intensidade. decepções. altos e baixos. emoções, sobretudo. porque a grande vantagem de ser humano em relação ao resto dos animais é essa. emoções. sensações. a racionalidade eu dispenso. porque ela nos reprime. nos impede. nos protege de arriscar e aumentar nosso dicionário de sentimentos. e se isso não vale a pena, então que todos nós fossemos animais irracionais. pelo menos não mataríamos uns aos outros por dinheiro. nem explodiríamos o mundo.
apesar do nome do meu blogue ser esse, eu sempre tento fugir do óbvio ululante que pulula na mente das pessoas. mas existem alguns lugares-comuns que não têm como fugir. e eu não consegui fugir desse. eu gosto bastante de assistir à filmes. mas vinha me irritando ultimamente. por minha paciência estar mais curta e por estar assistindo à filmes ruins mesmo. olha, em relação a esse lugar-comum, eu fico com ele. calma. muitas coisas na mente ao mesmo tempo agora. organizaremos. eu ia falar sobre filmes americanos. que são o mercado dominante mundial. mas por eu não gostar de lugares-comuns, teoricamente eu não deveria gostar de cinema americano! pois isso seria uma contradição! só que eu sou contraditório. acho que deveria ter um maior conhecimento e variar a minha cultura assistindo filmes produzidos por outros países e feitos em outros países. reconheço essa falha. superado um ponto. agora eu ia falar sobre uma mania das pessoas que se dizem entendidas sobre algum assunto. normalmente, e vejam bem que eu não generalizo e defino todos a adotar essa postura, essas pessoas não gostam de coisas que todo mundo gosta. se faz sucesso, é ruim. o bom é aquele que não faz sucesso. nem uma coisa, nem outra. nem tudo que faz sucesso é bom. nem tudo que não faz sucesso é ruim. mas nenhum dos dois garante nada. tem muito disso na música. bandas independentes que não são conhecidas e não assinaram com grandes gravadoras, são adoradas. quando são descobertas, e obviamente modificam alguma coisa no som (ou não), para atingir um público maior, os fans originais a rejeitam! vendidos! traidores do movimento! que movimento? o das marés em noite de lua cheia? pré-conceito. quando temos uma idéia definida antes de conhecer algo, nossa opinião fica extremamente prejudicada. claro que eu não vou ser o joãozinho 30 do passo-certo antes do derrame, porque é muito difícil sermos neutros com toda a bagagem histórica que carregamos, mas dá pra dar uma aliviada. e esse posting perdeu o sentido original e eu vou encerrá-lo aqui.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

muda ali. a música atual que não sai da minha cabeça atualmente é Bang The Doldrums, do Fall Out Boy. a banda continua a mesma.
esse último cedê deles é pra lá de bom. músicas trabalhadas e letras muito bem escritas. eu gosto né. pós-pop-punk-emo. é um punk bem feito com elementos de música pop, hip hop e outras menos votadas. enfim. é bom. eu gosto. tenho ouvido demais. e recomendo.

...Best friends
Ex-friends till the end
Better off as lovers
And not the other way around...

e não é que é verdade?
em alguns momentos a humanidade tem lampejos de significância. algumas pessoas nos surpreendem. e nos fazem felizes por alguns instantes. que é exatamente onde baseia-se a minha teoria sobre a felicidade. que ela na realidade, não existe. o que existe são momentos felizes. e temos que nos afogar na maior quantidade de momentos felizes que pudermos. para justificarmos nossa existência. que até me provem o contrário com vídeos, fitas de áudio, ou que eu possa presenciar ao vivo, é a única existência que temos. que ela não seja meia-boca.

nossa, ando muito fatalista e definitivo né? existência, humanidade, felicidade... pára com isso e vai no shopping. pra encher o pulmão com frivolidade e futilidade. que também faz bem.

terça-feira, 24 de julho de 2007

"se eu não puder culpar a bebedeira, vou culpar o quê?" Luiz Gustavo Sanches.

estava relendo algumas postagens e achei essa. outro dia escrevi sobre a humanidade manter-se bêbada e ser essa a chave da felicidade mundial. mas esse é outro aspecto que eu queria abordar. é verdade. pensem, quantas cagadas vocês já fizeram na sua existência na terra embasadas em um alto teor etílico circulante no cerebelo? todo mundo tem no mínimo umas cinco histórias patéticas que começam ou terminam em "eu estava podre de bêbado, claro." o álcool atrapalha as conexões sinápticas entre os neurônios. o lobo frontal é o responsável pela nossa capacidade de julgamento, ele controla a nossa impulsividade. psicanaliticamente falando (mas não muito porque eu não pertenço a essa classe), ele é o nosso superego. e com o mé, como diria nosso saudoso Mussum, o superego vai sentar em um canto escuro com um livro da Oprah e o id chama o pessoal e começa a festa. daquelas romanas antes de cristo. o jesus. mas chega de falar tecnicamente. o fato é esse, o álcool nos ajuda a fazer as coisas que a gente normalmente quer, mas é muito frangote para matar no peito e chutar pra dentro! e normalmente essas coisas são coisas da qual nos arrependemos depois. porque a sociedade é uma velha estúpida do século XIX que julga todo mundo enquanto entidade coletiva abstrata. eu vou continuar afirmando. o que falta no mundo é bebida. ou mais aceitação e menos tensão. só se vive uma vez. que seja intensa e significativa. e não medrosa e preocupada com o que os outros irão pensar...