quinta-feira, 30 de agosto de 2007

on the radio...

lugar-comum. pensar em alguma coisa motivado por algo usual. como por uma música. mas pessoal, essa música é muito boa. começa no suposto refrão.

"On the radio, we heard November Rain. That solo's really long, but it's a pretty song" é verdade! o solo é realmente longo, mas é uma música bonitinha.

This is how it works: you're young until you're not. exato. somos jovens até não sermos mais.

You love until you don't. You try until you can't.

You laugh until you cry. You cry until you laugh.

And everyone must breathe. Until their dying breath.

e é exatamente isso. as coisas se sucedem. se repetem. amamos até não amar mais. e tentamos até não conseguir.

No, this is how it works: you peer inside yourself. You take the things you like. And try to love the things you took. And then you take that love you made. And stick it into some. Someone else's heart. Pumping someone else's blood. And walking arm in arm. You hope it don't get harmed. But even if it does. You'll just do it all again.

se isso não é a essência da vida, eu não sei o que é. pega as coisas que gosta. e tenta amá-las. aí tu pega esse amor que tu "fez", e enfia em alguém. no coração desse alguém. que vai bombar o sangue dele. e andar de braços com o alguém. e torce pra não te machucar. e mesmo que te machuque, vai fazer tudo de novo. porque é assim a vida. uma sucessão de coisas iguais. pessoas diferentes. cenários diferentes. mas tudo igual. e tudo parece novo. mas é o mesmo de sempre. a gente que tem memória curta.

And on the radio. You hear November Rain. That solo's awful long . But it's a good refrain. de novo. o solo é terrivelmente longo. mas tem um bom refrão. e quando tu tá com alguém. tu nem te importa de ouvir de novo. porque tu pegou as coisas que tu gosta, e aprendeu a amar elas. e pegou esse amor, e colocou dentro desse alguém. e está de braços dados. ouvindo November Rain. duas vezes. porque o DJ dormiu. e isso não importa. porque quando estamos com alguém. é somente aquilo que importa. e vai ser assim sempre. todas as vezes. o tempo todo. até não estarmos mais. e buscarmos de novo.

This is how it works
It feels a little worse
Than when we drove our hearse
Right through that screaming crowd
While laughing up a storm
Until we were just bone
Until it got so warm
That none of us could sleep
And all the styrofoam
Began to melt away
We tried to find some words
To aid in the decay
But none of them were home
Inside their catacomb
A million ancient bees
Began to sting our knees
While we were on our knees
Praying that disease
Would leave the ones we love
And never come again

On the radio
We heard November Rain
That solo's really long
But it's a pretty song
We listened to it twice
'Cause the DJ was asleep

This is how it works
You're young until you're not
You love until you don't
You try until you can't
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath

No, this is how it works
You peer inside yourself
You take the things you like
And try to love the things you took
And then you take that love you made
And stick it into some
Someone else's heart
Pumping someone else's blood
And walking arm in arm
You hope it don't get harmed
But even if it does
You'll just do it all again

And on the radio
You hear November Rain
That solo's awful long
But it's a good refrain
You listen to it twice
'Cause the DJ is asleep
On the radio
(oh oh oh)
On the radio
On the radio - uh oh
On the radio - uh oh
On the radio - uh oh
On the radio
apesar da minha melancolia, minha propensão para o pessimismo, e principalmente pela minha visão desesperançosa da vida, eu no fundo, bem no fundo, acredito. acredito nas coisas. acredito nas mudanças. acredito nas pessoas. acredito no futuro. acredito na bondade. acredito no amor. acredito em tudo. em algum momento da minha existência, eu quis deixar de acreditar. porque para cada motivo que me levava a acreditar, aconteciam vinte que me faziam querer parar de acreditar. e contra fatos, não há argumentos. e mesmo assim, eu nunca quis deixar de acreditar. porque quando eu deixasse de acreditar, eu não teria mais vontade de existir.
em algum momento, eu desenvolvi a teoria da expectativa. ela consiste basicamente em ter expectativas baixas para tudo, porque se não desse certo ou não fosse bom, eu não sofreria reversão de expectativa. e se desse certo ou fosse bom, seria melhor ainda. mas eu levei ela muito a sério. e me perdi. me perdi dentro de um mar de desilusão. numa imensidão de amargura. numa sopa de melancolia. possivelmente em vários momentos eu inclusive torci para as coisas darem errado, apenas para confirmar minha teoria. pois afinal de contas, os fatos vencem os argumentos.
e exatamente nesse momento, eu me tornei isso que eu sou. um pessimista. e é tudo muito intrincado. isso me leva a pensar negativamente. pensar negativamente me deixa mal. mentalmente e fisicamente. e de alguma forma, acaba sabotando o que a pessoa faz ou deixa de fazer. não é o fim do mundo. mas aproxima dele.
na continuidade desse momento, um outro momento bateu forte. pegou firme. e a desilusão tomou conta. a desesperança também. a vontade já havia corrido pra longe. e tudo se confirmava. a minha teoria estava certa. tudo dá errado. e não havia sentido para tentar. eu estava certo. mas não valia a pena. e preferia estar errado.
e em uma aula, numa tarde fria de agosto... uma aula despretensiosa. daquelas que eu estou presente em corpo, mas a mente já saiu flutuando há horas, uma frase criou outro momento.
"um psicólogo sem esperança tem que procurar outra coisa para fazer."
e eu fiquei pensando nisso. e concordei. e é a pura verdade. não só para psicólogos. mas para a humanidade. uma pessoa sem esperança não tem motivos para viver.
como eu vou convencer alguém a melhorar, se eu não acredito na mudança? como eu vou convencer alguém a ter um relacionamento se eu não acredito no amor? como eu vou convencer alguém a evoluir se eu não acredito em superação? e me deu o plim plim, aquele da rede glóbulo.
um dia eu acreditava. e muito. e isso não morreu. apenas encolheu.
eu acredito nas coisas. no fundo. nesse fundo. há esperança. mesmo que pequena. há chances. há vida. mas é preciso buscá-las. é preciso prová-las.
eu quero.
o que não significa que eu vá me tornar o profeta da felicidade. esse é o Gustavo Scalco.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

eu sempre achei que uma música para ser boa, deveria atender algumas exigências.
1) ter uma melodia boa;
2) ter uma letra boa;
3) ficar na minha cabeça;
4) me arrepiar;
5) ter um clipe bom...

e essa música (On The Radio) atende a todos esses requisitos. aliás, Regina Spektor tem praticamente tudo. letras excelentes. uma voz excelente. piano. letras sensacionais. falando de amor. aquele amor que não dá certo. aquele amor que dá certo. aquele amor de músicas de amor ( Fidelity). que é o amor que eu busco. e nunca vou encontrar. por isso me satisfaço com as músicas. porque romance, não vale mais a pena.

Regina Spektor:
On The Radio;
Fidelity.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

From day one I talked about getting out
But not forgetting about
How my worst fears are letting out
He said why put a new address
On the same old loneliness
When breathing just passes the time
Until we all just get old and die
Now talking's just a waste of breath
And living's just a waste of death
And why put a new address
On the same old loneliness
And this is you and me
And me and you
Until we've got nothing left.


parte final da música Get Busy Living Or Get Busy Dying (Do Your Part To Save The Scene And Stop Going To Shows), do álbum From Under The Cork Tree, da banda Fall Out Boy.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

recebi esse texto de um amigo meu. achei razoável e resolvi publicar.

há um bom tempo eu me pergunto sobre as coisas da vida. sou um inconformado. não adianta. eu não consigo aceitar e conviver bem com situações que eu não concordo. eu não consigo ver as pessoas fazerem coisas más deliberadamente para os outros. eu nunca concordei que para me dar bem, eu teria que puxar o tapete de outrém. mas a vida é uma rede de relações. e a gente acaba tendo que conviver com isso. participar de maneira indireta de coisas que a gente sabe que não são certas, mas que acaba nos fagocitando pra dentro da sujeira. e hoje em dia eu faço parte de algumas sujeiras. já fiz mais. e na realidade, eu perdi um pouco esse senso de ser correto. na realidade eu perdi tudo. eu estou absolutamente sem rumo. nenhum. eu achei que era uma coisa passageira. mas se tornou estável. eu não sinto vontade de fazer nada. eu não tenho vontade de ir na aula. eu não tenho vontade de ir na academia. eu não tenho vontade de sair na noite. eu não tenho vontade de estar com meus amigos. eu não tenho vontade de falar com as pessoas. eu não tenho vontade de falar das minhas coisas. tudo é extremamente chato. eu me forço a fazer as coisas, e acabo tendo a eterna sensação de tanto fez como tanto faz. eu não consigo mais fingir prestar atenção em conversas e pessoas chatas. eu parei de procurar os outros. eu comecei a me isolar das pessoas. antes me ligavam várias pessoas várias vezes ao dia para fazer coisas. sempre gostei de juntar amigos e amigas em tudo. aprendi que misturar mundos não é recomendado, e mesmo assim, continuava fazendo. eu sempre tive meus problemas pessoais, minha dificuldade com o mundo acadêmico, mas o resto fazia valer a pena e valer a pena tentar melhorar nisso. há um bom tempo não vale mais. meus relacionamentos nem podem se chamar de relacionamentos, são passagens de tempo. nenhum tem a mínima significância, e eu insistia em continuar. as coisas parecem ter perdido a cor. o mundo é preto e branco. eu me sinto um funcionário público com o cargo mais inútil e burocrático do mundo, só esperando o tempo passar. porque eu tinha esperança que melhoraria. eu fui atrás de ajuda. eu fui atrás de melhoras. e elas se mostram ineficazes. e eu cansei. não como esse movimento esdruxulamente ridículo, a começar pelo nome. eles não são capazes nem de criar algo realmente com vontade de mudar, é tudo jogo de cena. como a vida. como a minha vida. eu cansei de tédio. de faltar vontade. de faltar emoção. viver no piloto automático é ruim. tanto fez como tanto faz. a questão é passar o tempo. dormir é a única coisa que vale a pena. beber torna tudo menos chato. dizem que a heroína também. mas eu não aprecio a inserção de agulhas em veias. especialmente as minhas. mas dá pra entender um pouco o que se passa na mente das pessoas que vivem no buraco. admiro muito um músico que faleceu em 1996. Bradley Nowell.
Badfish.
Ain't got no time to grow old
Lord knows I'm weak
Won't somebody get me off of this reef.
e ninguém tirou ele do recife.
Poolshark.
Take it away and but I want more and more
One day I'm gonna lose the war.
e ele perdeu. e ele tinha tudo. fazia o que gostava. com as pessoas que ele gostava. só quem vive, sabe. na teoria todas as coisas são plausíveis. como diz Homer Simpson, até o comunismo funciona. na teoria.
a vontade está acabando. não sei mais o que fazer. one day I'm gonna lose the war.

Spider-Pig, Spider-Pig. Does whatever a Spider-Pig does. Can he swing from a web? No he can't, cause he's a pig. Look out! He is the Spider-Pig!

assisti Simpsons, The Movie. é sabido que eu sou muito fã dos Simpsons. por muitos motivos, mas principalmente os humorísticos. e o filme é muito bom. eles chamaram os antigos roteiristas, e o enredo é bom, tem várias piadas fáceis, mas não óbvias e é extremamente divertido. não chega a ser um Homer Astronauta e outros dessa fase mágica, mas vale muito a pena. e o ponto alto é obviamente Spider-Pig e Harry Plopper. enfim, pra quem gosta, é imperdível. pra quem não gosta, foda-se.

domingo, 19 de agosto de 2007

andar de bicicleta.

há uma lenda urbana, que conta o seguinte: é que nem andar de bicicleta. uma vez aprendido, nunca esquecido. existem inúmeras coisas que a gente aprendeu ao longo dos anos, e não esquece. existem incontáveis coisas que a gente já fez, e se for fazer de novo, só é necessário um tempo mínimo para relembrar e pegar o jeito.
mas existem coisas na vida que a gente já fez. que a gente aprendeu. que a gente já passou. e sabe como é. e gostaria de fazer de novo. no entanto, não conseguimos. por um sem-número de fatores. principalmente do tipo subjetivo. do tipo emocional. e por mais que a gente queira, simplesmente, não dá.
e isso torna-se um paradoxo. porque teoricamente, por sermos racionais, deveríamos ser capazes de controlar as subjetividades emocionais. é uma questão de cognição. mas não funciona, na prática.

fui tentar subir na bicicleta, e caí. eu queria voltar a andar, mas não é o momento ainda. quem sabe na primavera. meu único receio, é não conseguir andar. não ter vontade de andar. por pensar demais. e exigir um sentido. uma razão. para subir novamente na bicicleta. eu queria. mas não quero mais. estou me tornando o que eu sempre quis, mas tragicômicamente, não vale a pena.

queria voltar a ser quem eu gostava de ser. mesmo que essa pessoa aparecesse somente de vez em quando. melhor que nada.

andar de bicicleta.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

eu quero.

eu quero. tudo de novo. mesmo que eu diga que não, que é chato. que eu estou antigo demais para essas coisas. que eu estou desiludido demais com essas coisas. mesmo que eu afirme peremptoriamente que não acredito nisso. que a humanidade não presta. porque eu sempre acabo me entregando. é uma fagulha de esperança que acaba incendiando o meu coração sempre que ele é ativado. nossa, que frase legal! eu ia até continuar a falar sobre o assunto sem falar, mas pra essa frase ficar legal e ter sentido, eu tive que incluir o coração. enfim. eu quero. tudo de novo. mesmo que eu já saiba onde vai dar. porque no fundo, eu ainda acredito no amor.

coerente? eu?

bom pessoal, esse posting aqui é totalmente irrelevante pra vocês. então não leiam.
eu hoje começo um novo treinamento, revolucionário, contra tudo que eu sempre acreditei e estudei em matéria de musculação. mas eu acredito nele. porque ele têm lógica. e assegura resultados consistentes, consideráveis, em tempo curto. então só gostaria de compartilhar com vocês o início dessa experiência. de vez em quando eu vou postar algum comentário apropriado sobre o que anda acontecendo. mesmo que eu tenha pedido para vocês não continuarem lendo. porque esse sou eu. incoerente.

domingo, 12 de agosto de 2007

parece que está tudo normal. agora. talvez tenha sido alguma retaliação do blogspot enquanto entidade paranormal. para eu aumentar a qualidade das minhas postagens. oquei. entendido o recado.

sábado, 11 de agosto de 2007

porque o blogspot está me boicotando? algo acontece. a visualização do meu blogue está defasada. é. o último post que eu vejo, é o bloqueio. e não importa o que eu faça, não atualiza. ainda não cheguei ao cerne da questão, mas imagino que seja uma palhaçada parecida com o speedy da telefonica. era só o que me faltava. ter que processar o meu provedor de internet.

ah meu about me...

então, um dos principais motivos para a criação do blogue, era o desperdício de about mes. e esse atual foi criado ao longo do tempo, com carinho, com inspirações momentâneas excelentes! mas agora ele está dizendo adeus. e eu me afeiçoei muito. eu tenho esse lado, de manteiga derretida... por isso, aqui está ele, ipisis litris.

esse ano, ninguém estraga o meu verão. nem eu mesmo.

sim, é verdade. eu voltei. mais polêmico que roqueiro degradado dos anos 80 que teve que voltar a ativa por absoluta falta de dinheiro. mas vai passar. em breve.

o orkut é uma mentira, assim como o personagem interpretado por 99,99% das pessoas que aqui co-habitam. habitam, porque isso aqui é a uma cidade da fantasia e das pessoas perfeitas. mas apesar disso, eu afirmo: se não está no orkut, não existe.

SIM, EU TENHO UM BLOGUE. não aconselho, mas parem de dizer que não sabiam! http://lgildo.blogspot.com

NÃO, EU NÃO USO PROTETOR SOLAR. e não também. eu não aguento mais frio e chuva. quero passar calor, suar e dormir pelado. e continuar a pegar sol sem protetor solar, a despeito do que me aconselha Pedro Bial. é verdade pessoal. é decepcionante, eu sei. mas nem tudo que dizem na TV eu faço.

ESSE ANO NINGUÉM FODE O MEU CARNAVAL. só eu mesmo. ou algum amigo meu. porque amigo é pra isso.

eu sou tão legal que se eu não fosse eu, eu seria o meu melhor amigo.

dia 2 de setembro, Ivete Sangalo, no gigantinho. apesar dela andar me decepcionando, vamos.

cárater. ter princípios. ambas as coisas custam MUITO caro. mas eventualmente isso traz recompensas. além de dormir tranqüilo. eu acho. eu espero.

o sentido das coisas é o romance. porque o amor, é tudo na vida de uma pessoa.

antes suado que doente. vem verão, vem.

o medo de perder tira a vontade de ganhar.
como em tudo na vida.

minhas relações pessoais não são negócios. por isso, só faz parte da minha paisagem humana quem pensa e age como eu.

"...seasons change, but people don't."
"she tastes like you, only sweeter..."
"...I want these words to make things right. But it's the wrongs that make the words come to life..."
"We do it in the dark with smiles on our faces... ...But don't pretend you ever forgot about me......We don't fight fair..."
"Where is your boy tonight? I hope he is a gentleman. Maybe he won't find out what I know: you were the last good thing about this part of town."

bloqueio.

estou com 6 novas postagens rascunhadas. e não terminadas. porque não tenho gostado delas. mas são interessantes. eu que ando sem graça. porque não estou deprimido, mas não estou eufórico. minha melancolia desapareceu. mas a alegria não surgiu. eu estou em stand by. tanto faz como tanto fez. e é chato. o que me torna um chato. faz horas que eu não faço coisas erradas. faz tempo que não me envolvo com pessoas erradas, sabendo que não deveria. está faltando impulsividade na minha vida. está faltando intensidade. oh God... give me one good reason.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

eu quero ver duro de matar 4.0

porque ele é foda. ele diz que vai matar todo mundo que estorvou a vida dele, e vai lá e mata. Bruce Willis pra presidente do Brasil. quem anda de avião no meio de um prédio, tem o meu voto.

e nada acontece.

depois do posting sobre o jornal nacional, no qual eu me perdi (de novo) e misturei um sem-número de assuntos e ficou uma colcha de retalhos, e por isso eu peço desculpas a vocês, leitores, os três, eu fiquei pensando sobre isso. isso da impunidade, não isso de começar um posting sobre um assunto, passar por outros 278643, perder-se no meio deles, retomar no final, ficar um posting de baixa qualidade e muitas frases grandes, cheias de vírgulas, que causam irritação em quem lê. mas prometo melhorar.
nada acontece. o presidente está cercado de corrupção por absolutamente todos os lados. é a coisa mais óbvia do mundo que no mínimo ele pode ser acusado de corrupção passiva. e nada acontece. o presidente do senado. é simplesmente humilhante ver a cara de pau dele na televisão justificando seus ganhos injustificáveis. e eles não têm a mínima vergonha. a corrupção toma conta totalmente do nosso país. nada funciona. a justiça é cega. burra. injusta. e corrupta. o ex-presidente que sofreu um impeachment por corrupção imensa, se reelege alguns anos depois. senador da república. um dos cargos de maior status representativo do povo. e nada acontece. eles dão risadas fora de cena. porque são atores. na frente das câmeras e dos microfones, eles atuam. e dão festas, fazem viagens, patrocinam filhos e parentes, esbanjam dinheiro desviado no nosso nariz. e nada acontece. nada. todos os setores estão falidos. todo mundo sabe onde têm boca-de-fumo. todo mundo sabe quem são os traficantes chefes. e nada acontece. todo mundo sabe quem são os arrombadores de carros. e nada acontece. todo mundo sabe que as obras não sofreram licitação, e que as empreiteras superfaturam em mais de 400% os valores. e todo mundo tira a sua beira. e todo mundo sabe. e nada acontece. e trocam os governantes, trocam os partidos, e a corrupção somente aumenta. e nada acontece. qual a vantagem em ser honesto? existe diferença em desviar verba pública para o próprio bolso, verba que poderia ser utilizada em hospitais e equipamentos médicos que salvariam a vida de milhares de pessoas, de um latrocínio? a diferença é que o dinheiro desviado e a falta de condições de saúde vai matar muito mais gente em muito menos tempo. eles são assassinos. e nada acontece. o que pode se esperar do futuro desse país? sinceramente pessoal, não existe solução para o Brasil. porque fazem de tudo, e nada acontece. solenemente, nada acontece.

domingo, 5 de agosto de 2007

só damos valor quando perdemos.

Where is your boy tonight? I hope he is a gentleman. Maybe he won't find out what I know:
you were the last good thing about this part of town.

jornal nacional

assitir televisão é uma atividade que me traz um certo prazer. mas televisão humorística de preferência. ou música. isso é sabido e muito sabido. deixei de assistir novelas da rede glóbulo desde o tempo da teúda e manteúda, que se não me engano era a mesma das rolinhas do coronel, que fazia elas sentarem no colo dele e ainda largava: "uh-uh!" clássica novela. tieta não é? também se não for, azar do guarda. mas eu menti. quando eu disse que não te queria, quando disse que minha alegria, era viver longe de você! eu menti, pois o meu coração me enganou, e nos meus olhos você pode ver, está sofrendo meu interior. o amor, faz a gente enlouquecer, faz a gente dizer coisas, pra depois se arrepender, mas depois, vem aquele calafrio, e o medo da solidão, nos faz perder o desafio! nooooooooooooooooooooossa! eu era muito pagodeiro! razão brasileira - eu menti! olha pessoal. pagodes românticos dos anos noventa, é comigo mesmo. mas eu menti. a última novela que eu assisti direitinho foi quatro por quatro. da babalu! e a rede glóbulo é um canal que me enoja, na realidade. tudo é tendencioso, tudo tem um porque atrás. dizem-se a quarta maior rede de televisão do mundo, mas no entanto tem na sua grade de programação dominical um programa como o do Didi. que já foi engraçado, no tempo que os quatro eram vivos. ou então faustão. nossa. não tem nada mais deprimente do que assistir o domingão do faustão. também tem o programa do "velhinho simpático" (palavras literais de Robbie Williams, quando ele veio ao Brasil e participou do altas horas. ele até foi respeitoso com o "fala garoto", que insistia em chamá-lo de Robin). inclusive esse altas horas foi protagonista de um dos piores momentos da minha vida recente. numa viagem recente a uma cidade do interior, eu e as pessoas presentes jantamos, assistimos um filme (bom, aliás. "A Passagem". recomendo.) e acabamos vendo altas horas. me obrigaram. eu normalmente sou uma pessoa que mesmo que não concorde e não se sinta bem nas situações, sou político. ser político - fingir, interpretar um personagem que não é tão diferente das pessoas normais, e por isso é aceito, ou melhor aceito. mas aquele dia a minha politicagem atingiu níveis George Bushianos. era um programa com um gordo imenso que era ator de algum programa e resolveu cantar. ou o contrário, também não me interessa muito. também estavam presentes a Siri e o Marcello Novaes. que era o namorado da Babalu em quatro por quatro! LG também sabe lincar! nossa. a Siri essa. ela só não é estúpida porque ela está lá na televisão ganhando dinheiro. bastante. e razoavelmente fácil. o Marcello Novaes esse até que tinha algum conteúdo. mas porra! se eu vou assistir alguma entrevista na televisão, tem que ser com alguém que me desperte curiosidade. ou que irá me passar algum conhecimento sobre algum assunto que me concerne. e não era o caso de nenhuma daquelas pessoas presentes naquele programa lamentável do velhinho simpático. mas tudo bem. eles estão na deles. o que me preocupa é pessoas com quem eu convivo assistirem àquilo. assistir tudo bem. enfim. estávamos sem ter o que fazer. mas eles começaram a discutir sobre o que era falado na televisão. sendo que eles estavam falando sobre nada! e pior ainda! sem nenhum conhecimento sobre o nada! eles estavam supondo e achando! como eu disse, a televisão comporta um sem-número de imbecis. mas eu só assisto se eu quiser! e eu não queria! bom pessoal, resumindo, graças a Deus, terminou tudo bem, sem grandes baixas. e mesmo com essa demonstração de acanhamento mental, eu ainda fui expurgado. mas era um péssimo momento de vida. tenho onde me defender. enfim. não bastasse tudo isso de ruim, a minha irmã que mora em Criciúma veio visitar-nos há poucos dias. e ela é assídua assistente da rede glóbulo, o que me entristece bastante. e por intermédio dela, fui forçado a ver o jornal nacional. fazia algum tempo que eu não assistia desde o ínicio, desde o boa noite. e enquanto as notícias passavam, eu comecei a refletir. e me dei conta de uma coisa que está na nossa cara e não queremos nos aperceber. o mundo está em vias de acabar. em breve. pra ontem. sério. começou com reportagens sobre o acidente do avião da TAM em congonhas. passou pela ponte que desabou nos Estados Unidos. seguiu pela greve dos médicos no nordeste. deu uma pincelada no desmatamento desenfreado na amazônia. isso em 6 minutos de programa. um bloco. olha gente, não sei vocês, mas eu fico chocado com as notícias que eu leio e assisto sobre esse acidente da TAM. 200 pessoas. isso é um absurdo. por absoluto descaso e falta de atenção do poder público. eles comemoram as notícias que supõe que tenha havido falha humana do piloto. óbvio que humana, só se o piloto fosse um et não seria falha humana. a pista liberada por pressão política. o aeroporto sem as mínimas condições. o avião sem a manutenção adequada. a ponte nos EUA. bom, se caem pontes lá, no país que é o exemplo para o mundo, então o que nos resta aqui, na américa latrina? exemplo de poser, porque os americanos são o povo mais ignorante e débil da face da terra. uma ponte caiu! isso é muito sério também! as pessoas estava dirigindo em seus carros! e uma ponte cai! sem mais nem menos! vidas são perdidas! famílias destruidas. greve de médicos. eles estão há três meses em greve. três. mais de vinte médicos pediram demissão. três meses. residentes estão atendendo nos plantões. plantões de neurologia. residentes estão fazendo cirurgias neurológicas. é só eu que fica chocado com isso também? eles estão brincando com a vida das pessoas! pessoas! ninguém vale mais porque tem mais dinheiro. teoricamente. pra mim pelo menos não. pra humanidade deveria ser assim também. uma pessoa teve um AVC, esperou horas pra ser atendido, não foi. foi transferido para outro estado. e obviamente vai ter seqüelas irreversíveis por conta dessa espera. eles estragaram a vida de um ser humano! que nem eles! que nem a filha deles! que nem a mãe deles! e pra encerrar o bloco, empresas estão desmatando absurdamente a mata. carvão vegetal. e o ibama fala que não está querendo fechar as empresas. só quer multá-las. pelo amor do senhor jesus cristinho pregado na cruz de madeira! isso é crime ambiental! as pessoas fazem o que querem no brasil. e nada acontece. nada. absolutamente nada. tendo a verba para a corrupção, nada acontece. qual a esperança que o povo vai ter? qual o exemplo que as pessoas podem seguir? não há absolutamente mais nenhum respeito por nada em lugar nenhum. a vida das pessoas é posta em risco do instante que elas acordam até o momento que elas vão dormir. pessoas classe média, porque classe baixa vive eternamente em risco. e isso virou algo normal! como? se a gente parar pra pensar a sério em todas as notícias que aparecem na televisão, não resta nenhuma dúvida de que o mundo está acabando. aos poucos. mas está. eu torcia pelo meteoro que ia colidir com a terra em 2026, mas do jeito que a coisa vai, dá mais uns 10 anos e o mad max vai virar realidade. esse não é absolutamente o mundo que eu quero para os meus filhos. para os meus cachorros. para os meus ornitorrincos de estimação. para os meus ácaros.

meu querido diário. so long, and thanks for all the shoes.

uma coisa que eu sempre tenho em mente é que agora estamos aqui, mas amanhã, não sabemos. por isso que eu gosto de me despedir decentemente de pessoas queridas por mim. não chego a um exagero de declarações descabidas de amor eterno e amizade que transcende o tempo e o espaço. mas dar um tchau de respeito, pois poderá ser a última lembrança que guardaremos das pessoas.
não, eu não estou numa fase mórbida nem tétrica. apesar da minha recente e latente inclinação emo (só não instauro o lápis de olho porque eu ainda me importo com a opinião alheia. e vamos ser bem sinceros, eu sempre vou me importar. a não ser quando morar na minha ilha deserta. mas ainda falta...). eu realmente acho que algumas coisas são importantes, e essa é uma delas. também não gosto de deixar algo mal-resolvido com as pessoas. quer dizer, existem coisas na vida, que não se resolvem. questões que pairam e sempre irão pairar sobre as nossas mentes. eu chamo elas de assombrações. a não ser que se enfrente, elas sempre irão nos atordoar. e a gente sabe que algumas coisas não vão se resolver. não do jeito que deveria, ou que gostaríamos. assim como a outra parte. e justamente por ficar isso no ar, algumas vezes falamos coisas que não necessariamente seja a nossa posição para toda a eternidade. mas acaba ficando como se fosse. porque em algumas vezes essas palavras são as últimas faladas...
é óbvio que eu estou falando de experiências próprias. até ia tentar me gastar a usar subterfúgios, metáforas e parábolas para dissociar das minhas próprias questões, mas resolvi me dar um desconto hoje. é pessoal. tem vezes que a gente olha pra trás e pensa: "apesar de tudo, ficam coisas boas." e é real. in spite of everything, I'm still fell like it was meant to be. mas como eu nunca canso de dizer, o mundo não é do jeito que a gente gostaria que ele fosse. ele apenas é. e nem sempre as coisas terminam bem. e nem sempre as pessoas agem como seres humanos evoluídos. mas eu sempre tento, após a tempestade, deixar uma última impressão, boa. se o que prevalece são os sentimentos bons. e esse é o meu lado bonito. eu reconheço erros. eu peço desculpas. eu reparo equívocos. mas nem a Gisele Bündchen é bonita o tempo todo todas as vezes. quer dizer, ela sim. mas ela é única em matéria de humanidade. eu também canso. eu também guardo rancor. eu também sou cabeça dura. na realidade, acho que seria o contrário, porque guardar rancor e ser birrento são qualidades propagadas aos quatro ventos pelas pessoas que me conhecem. mas a minha essência é melhor que isso. só que nem sempre prevalece a essência.
sinceramente, eu gostaria de reparar uma ou outra impressão final deixada pela vida. mas mais sinceramente ainda, isso serviria somente para mim. não para as pessoas com as quais eu impressionei finalmente de uma maneira não tão boa. porque elas não merecem. questões mal-resolvidas eu tenho aos borbotões com minha família, amigos e amigas. mas consigo ter uma convivência tranqüila apesar de. com essas pessoas, não. e já dizia a minha avó, é preciso um pra mentir e outro pra acreditar. nada é unilateral. então eu sinceramente quero que se foda. que o meu desprezo, aparente indiferença e amargura transbordem em volta de vocês. porque quando eu sou bom, eu sou muito bom. quando eu sou ruim, eu sou tenebroso.

pois é. mas nem era pra ser tão assim. esse posting cairia perfeitamente bem na idade média da minha vida, mais conhecida como primeiro semestre de 2007. mas aparentemente, essas vozes ainda ecoam...