segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Maçã.

As pessoas são peculiares. E eu me incluo nisso. A peculiaridade que eu falo dessa vez é a de seguir uma moda, tendência, conceito, etc, etc etc.

Tudo bem, de uma forma simplória e tacanha, estou falando basicamente de uma das engrenagens que faz o mundo girar. A publicidade. Que consiste em nos convencer a optar pela marca L ao invés da marca G. Porque iremos comprar de qualquer maneira. Mas existem inúmeras opções. Faixas de preço variadas. Cores, texturas, aromas, aparências, embalagens... E muitas dessas coisas realizam exatamente a mesma função. E mesmo assim, algumas se sobressaem muito, e mesmo custando mais, bem mais, são eleitas por nós, as pessoas, como as must have do momento. Must have é tem que ter, para quem não manja de expressões americanizadas.

Este preâmbulo teve a intenção de explicar o porquê do que vem a seguir. E o que vem a seguir é a minha incompreensão a respeito da apple, do ipod e do itunes. Tudo bem, o ipod revolucionou algumas coisas. O modelo físico do player é bem legal. Clean, branco e com aquele negocinho que gira e faz barulhinho. A qualidade do fone também é excepcional. Nunca tive fones que duraram tanto tempo sem quebrar o cabo e um dos lados ficar mudo. E sim, o conjunto do fone todo branco foi uma tirada sensacional. Algo simples, que estava ali na cara de qualquer um, mas só o Steve botou em campo. Aliás, inicialmente foi isso que fez explodir a venda de ipods. Apenas eles tinham o fone branco, e primeiramente as pessoas "descoladas" adquiriram os ipods. E era facilmente identificável o ipod por causa disso, mesmo que ele não aparecesse. E o resto do mundo quer ser legal. Então foi e comprou os ipods. Se os legais tinham, eu podia ter e parecer legal também. E assim nasceu o bonequinho todo em preto com os fonezinhos brancos, que virou o símbolo do ipod. E a apple encheu o bolso de dinheiros.

Uma história bonita, feliz e legal. Eles fortaleceram uma marca, criaram um produto que certamente vai ser lembrado por muitos e muitos anos como uma das mais importantes invenções da história (é verdade isso, não sou eu que está falando. quer dizer, sou, mas estou repetindo outras gentes que entendem disso que eu especulo.). Mesmo sem ser uma invenção! Pegaram algo existente e reformularam. Reiventaram, alguns diriam.

Mas... PORQUE FAZER UM SISTEMA ESTÚPIDO E SEM SENTIDO COMO O ITUNES? Sem sentido lógico, porque eu sei que o sentido é diferenciar do windows. Mas aí é todo o sistema de software de música da apple. Que merda! Ele muda o nome de todos os arquivos para uma coisa com quatro letras. E se o ID tag não está corretamente digitado, ele não reconhece pelo nome do arquivo, como qualquer outro mp3 player. Existe algo mais idiota? Não, não existe. E se tu quiser colocar músicas no ipod de outro computador, terá que formatá-lo, pois um ipod só pode ser sincronizado com um computador. E se tiver que formatar o computador? Fora que nos ipods não dá pra renomear músicas. Só pelo computador. Pelo menos até onde eu sabia, pode ter mudado nesses ipods mais recentes.

Tudo isso pra dizer que eu tenho 40 giga de músicas que só funcionam em um ipod, que nem meu é. E que se der algum problema, perco tudo. Sim, eu passei para o meu computador. MAS TODOS OS ARQUIVOS TEM 4 LETRAS COMO NOME. Sim, no itunes 40% das músicas tem o nome certo. Pelo id tag. Mas e o resto? E se eu quiser gravar um cd? Passar para uma pen drive? Passar para outro tocador de mp3? Vou ter que adivinhar o nome da música. Ou ouvir uma por uma para renomear. 40 gigas de música? Levaria mais de um ano, dedicando umas 2 horas diárias para esse trabalho estúpido.

Não, eu nunca tinha arrumado os nomes das músicas no itunes porque eu nunca usava o itunes. Justamente por ele ser débil desse jeito. Eu usava o winamp, que reconhece id tag e nome do arquivo. E eu adiciono manualmente na lista que eu queira ouvir, deixando as músicas organizadinhas em pastas do windows. E não uma lista inteira de 40 gigas de música, com incontáveis unknow artist.

E toda essa história me deprime. Me deprime porque tenho uma taxa máxima de 30 gigas mensais de dowload. O que na prática me deixa com 10 gigas para baixar músicas, vídeos, programas e o que quer que seja. Sendo que metade das coisas que se baixa atualmente é errada ou defeituosa. Me deprime porque era a quarta vez que eu refazia a minha coleção musical, e toda vez é um trabalho árduo, de paciência e amor à música (de verdade mesmo). E agora eu tô cansado. Vou acabar me levantando de novo, mas isso cansa.

Em tempo. A Lilly Allen é uma imbecil completa. Infelizmente ela é maioria. Eu quase postei sem xingar os seres humanos... Ainda vou conseguir. Mas vocês não capricham! Porque gostar de ipod só porque gente "legal" gostava? Gente, "legal" é ser quem se quer ser, e não dar bola pro resto do mundo. Que merda vocês. Garanto que se existisse um papel higiênico da apple, e as pessoas "legais" começassem a usar, saindo do banheiro com pedaços dele grudados no sapato, vocês também usariam. Mesmo que fosse feito de areia e pó de vidro. Mas voltando à Lilly Allen, ela é uma retardada, arrogante e mimada que vive numa bolha. Ela é contra a distribuição gratuita de músicas. Ela que vá tomar no cu dela. E que morra drogada com aquelas musiquinhas rasteiras e descartáveis que nos enjoam em 5 escutadas. Esse é o típico pensamento de quem não entende o mundo e não faz nenhum esforço pra isso. Menina burra, menos de 10% da população mundial teria dinheiro pra pagar o preço que pedem pelas músicas. E muitos desses incluídos nos 10% não sabem e não querem nem saber quem é Lilly Allen. Sim, é um trabalho, ela tem um talento e isso precisa ser revertido em dinheiro. Mas se não fosse a propagação das músicas, ela não viria aqui fazer show com casa lotada. Não seria reconhecida e bajulada por onde fosse. Sim, tem que pagar. Mas não, não tem que pagar 50 reais por 12 músicas que não fecham nem meia hora. Sendo que a grande maioria das pessoas acaba escutando 2 ou 3 músicas, as que tocam no rádio. As pessoas recebem aquele email da distribuição de renda mundial e ficam chocadas por 2 segundos. E pensam: "americanos safados". Mas quem lê email tem casa, comida e roupa lavada. E não sofre. E teve pelo menos alguma possibilidade de garantir um futuro digno. Mas é como eu digo. As pessoas não querem saber que mais da metade da população mundial mal se alimenta. Tomar banho, trocar de roupa, xampu, condicionador, desodorante? Mais da metade do mundo não sabe o que é isso. Mas como existem 2 mundos separados, o da fantasia, que é o nosso, e o da miséria, a gente nem fica sabendo das coisas. Ou mal fica sabendo. Porque isso não vende jornal. Não dá ibope. O que dá ibope é um monte de canastrão fingir na novela. Como não é comigo, nem com parente próximo, não tem problema. Mas o pior é saber que se fosse o contrário, se os pobres fossem ricos, e os ricos fossem pobres, ia ser a mesma coisa. Porque infelizmente a verdade é que o ser humano é que nem o ipod e o itunes. Um saco de cocô.

E dizer que a distribuição gratuita das músicas vai acabar com as empresas musicais é no mínimo me chamar de acéfalo. Ela disse que recém conseguiu pagar o que ela devia para a empresa. Porra, como assim? Ela é na verdade tão ruim que tiveram que gastar tanto pra tornar a música dela aceitável ou ela é tão burra que passaram a perna nela numa magnitude monstra! Quando Mozart, Beethoven, Chuck Berry, Jerry Lewis, e trocentos outros surgiram, não era como é hoje. E eles são reconhecidos como talentos imortalizados. O Nirvana e várias outras bandas começaram tocando em garagens, em botecos, fizeram um público cativo e depois foram gravar em estúdio. Sim, a música melhora em qualidade. Melhora muito. Mas quem tem talento tem antes disso. Se é necessária tanta maquiagem sonora, é que nem a propaganda do guri vendado da sadia: "tá querendo me enganar, é?" O talento existe, sempre existiu e sempre vai existir. As grandes indústrias fonográficas são só mais uma coisa que o ser humano criou pra uns passarem a perna nos outros e serem considerados bem sucedidos, fazendo outros milhares sofrer e passar fome. A quantidade de profissões desnecessárias é impressionante. A inapetência e a estupidez humana só aumentam.

Vou terminar com esse insight que eu tive, que pra mim é um dos meus melhores. Se trocassem os pobres pelos ricos, eles fariam tudo exatamente igual. Porque o ser humano não funcionou. Pode mandar o meteoro porque aqui já era.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Renascer.

Nossa, eu estava há horas querendo revisitar o meu abandonado blogue, pra ver onde eu havia parado e retomar alguns pensamentos. E não é que sempre que eu preciso escrever é sobre a mesma ladainha? Por isso (e por outros motivos também) resolvi seguir em outra direção. Novos rumos, novos horizontes.

Eu reclamo demais. Eu toco o dedo na ferida. Eu sou chato. Eu volto e revolto sobre as mesmas coisas. No final das contas, é a estupidez humana. Mas me dei conta que as pessoas não querem ser xingadas. Elas não querem mudar. Elas não querem ser melhores. Elas querem é se divertir de uma maneira medíocre e estabelecida. E não precisam de mim dizendo que elas são patéticas e pouco empenhadas em fazer dessa pocilga que chamamos de mundo um lugar um pouco melhor pra nós mesmos e com um período possível de habitação maior do que 100 anos.

É fato, do jeito que vai, em 200 anos não vai sobrar nada. Se buscarmos a história da terra, normalmente as espécies dominantes se estabeleciam por um tempo, acontecia alguma coisa e tava pelada a coruja. Menos de 5% das espécies que já existiram ainda existem. E 5% é uma benesse da minha parte, só porque eu não estou a fim de buscar a fonte. Mas é numa revista Planeta dos últimos meses. Só que os seres vivos dominantes do passado, dominaram em média uns 100 milhões de anos. O humano, depois de se desvincular do chimpanzé, não existe há 2 milhões. É 1 e pouco. E diferentemente dos outros, ele vai se auto-exterminar.

A singela diferença é que os animais seguiam a lei da natureza. Procriavam, caçavam, consumiam água e sobreviviam. Não precisavam de aipod, aifone e outros quetais. Não precisavam de carros super potentes que poluem e desperdiçam gasolina. Não precisavam de nada mais do que o necessário para sobreviver. E é nisso que o mundo vai acabar. Pra manter esse consumismo, capitalismo e mordomias e facilidades, estamos literalmente torrando o meio ambiente.

Uns vários milhões de anos após a destruição que estamos causando, outras formas de vida irão surgir e novamente habitar o planeta. A natureza é sábia. O humano não.

Me digam o que acham de pessoas que discutem, torcem, brigam e matam pelo futebol. Torcem pra uma coisa abstrata, que é formada por pessoas que estão lá para usufruir do dinheiro e do status. Administram uma empresa que não precisa prestar contas pra ninguém nem pra nada, que se precisar, eles saem e não voltam, e nada acontece. Torcem para atletas que só querem saber do dinheiro e da fama. E aí o ser humano normal, burro, vai lá, dá dinheiro (e quantias consideráveis), briga com os outros, discute com amigos e colegas, xinga, bate, briga, fica acéfalo. Enquanto os nosso governantes chafurdam em sujeira, roubalheira, assassinatos, descaso com a vida humana, incompetência, mentira e tudo de ruim que existe. E ninguém faz nada. No futebol brigam, exigem, enloquecem. Na política observam, reclamam mas não fazem absolutamente nada pra mudar. E inclusive votam nas mesmas criaturas. Ou votam em criaturas porque narram jogo de futebol, porque dão a previsão do tempo de uma forma engraçadinha ou porque adotam algum comportamento ridículo e bizarro.

Sabe, é demais pra minha cabeça. Mas antes tarde do que nunca. Eu entendi. O ser humano não quer nada difícil. Ele quer coisas mastigadas e prontas, que não exija nenhum esforço mental. Ele não quer ser chamado de burro, apesar de ser. Ele quer novela. Quer o Jornal Nacional, que é um bando de notícia tendenciosa, que só mostra o que é bom mostrar. O que interessa mostrar. Ou quer um bando de idiota confinados num prostíbulo, agindo como debeis mentais. Quer futebol, o coringão contra o mengo. Quer o grêmio, do honesto deputado investigado. Do presidente que também é presidente da câmara dos deputados. Só gente honesta. Ou do inter do presidente que faleceu recentemente, e que teve um enriquecimento astronômico. Dos jogadores que cheiram cocaína como bebem cerveja. Da novela que pega um tema imbecil e mostra uma coisa totalmente fora da real verdade, e mesmo assim as pessoas assistem, torcem e usam as roupas, falam as gírias...

As pessoas querem amor. Final feliz. Sexo, mas não muito explícito, porque o que vão pensar de mim? Querem isso porque na vida medíocre delas, não têm. E não é culpa delas, é da evolução mesmo. Temos uma mente que pensa, sente e raciocina, mas não temos 1% da capacidade necessária para utilizar isso de uma forma decente.

Mas como eu digo, as pessoas não querem ler isso. Elas querem é coisa boa e bonita. E é por isso que eu estou mudando de foco. Vou escrever sobre coisas pitorescas da vida. Coisas bobinhas. Coisas que eu considero chatas, mas que as pessoas gostam. Aliás, vocês são chatos pra caralho, hein? É sempre a mesma cachaça. Que saco. Um dia ainda vou me cercar só de pessoas que não seguem um roteiro definido. Pra não jogar no ralo uma vida que não tem nenhum roteiro ou plano. Infelizmente, religiões são bengalas para as pessoas se arrastarem. Não tem nenhuma regra, não tem certo e errado, ninguém nos julga por nada. Ninguém em outro plano. Só devemos satisfação para as pessoas que convivemos. E é essa a minha regra. Enfim.

De vez em quando voltarei a reclamar. Mas escondido. De agora em diante é café com leite. É novela das 7. É Martha Medeiros. Porque no final das contas não dá pra remar contra a maré. E como dizia o incomparável Januário de Oliveira: "É disso, é disso que o povo gosta... Addison!"

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Eu tenho absoluta certeza que se Deus existe, ele desistiu do nosso planeta e da humanidade. Com toda a certeza Ele está em outra parte do universo cuidando de outras formas de vida. Provavelmente Ele utilizou-se do conhecimento adquirido aqui para não cometer alguns erros.

Eu não consigo aceitar que quase todos os seres humanos façam as coisas sem questionar, e repitam formas de viver a vida porque os outros assim o fizeram. É muito pequeno isso pra mim. E na realidade é o que acontece com todo mundo. Inclusive quem diz que não faz, já fez, faz e vai fazer. A gente se importa demais com o que os outros pensam.

E acaba fazendo sempre as mesmas coisas. E acaba reclamando dos outros. A culpa sempre é delegada.

Só que numa parte a culpa é dos outros sim. Porque eles são medíocres. Acomodados. Se contentam com coisas sem graça repetidamente. E temos essa maldita faceta dos humanos que exige que nos relacionemos com outras pessoas. O ser humano é um animal sociável. Então que o ser humano fosse um pouco menos estúpido e burro.


Bipolaridade causa inconstância, labilidade emocional, extremos de temperamento, falta de paciência e sensação de tédio, entre outras coisas. Os remedinhos pra cabeça dão uma força nisso. Mas não são Jesus em cápsulas. E mesmo que fossem, eu sempre vou querer e esperar mais das pessoas. Com toda a certeza a minha vida não é e não vai ser um seriadinho sem graça dos anos 50.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Asfixia Auto-Erótica.

Pois então. Falei do David Carradine e resolvi pesquisar sobre esse tema tão recorrente nas conversas de botecos, salas de aula, casas de massagem, biblioteca pública central e onde mais as pessoas gostem de uma safadeza pervertida. O mundo todo.

Nas minhas pesquisas teóricas, e tão somente teóricas, descobri que essa prática é mais difundida do que se pensa. Pois sim, o seu vizinho, sua professora, seu carteiro e até a dona da sex shop que vocês costumam frequentar podem ser adeptos deste pitoresco meio de prazer solitário.

Em Portugal, de 5 a 10 pessoas morrem por ano em decorrência de falhas nesta putaria. Pois é. Pode ir subindo as calças e largando a corda. Pelo menos até o fim dessa postagem.

A asfixia auto-erótica consiste na indução, pelo próprio praticante, de um estado de asfixia cerebral enquanto pede carona pro céu ou toca a guitarra imaginária (porque esse assunto concerne ambos os dois sexos mutuamente). Para atingir o estado desejado de asfixia, a criatura utiliza-se de uma corda, cinto ou qualquer artefato que consiga trancar parcialmente o fluxo sanguineo para o cérebro. No pescoço, entenderam? Fazendo isto, o energúmeno (a) restringe o sangue no cérebro, que causa queda nos níveis de oxigênio. Que por sua vez resulta numa diminuição da inibição cortical normal. E que finalmente, termina num orgasmo muito mais intenso.

Se interessaram, né? Pois é. Eu também. Mas por ser uma atividade solitária, e envolver o risco de perda de consciência, é uma atividade altamente arriscada. Como diria Michael Hutchence, se fosse vivo e não tivesse morrido fazendo isso. Assim como o David Carradine.

O pulo do gato reverso está em ficar muito tempo com o laço ou cinto apertando o pescoço, e desmaiar antes de conseguir soltar a amarra. E essa é uma linha muito tênue, porque a asfixia chega aos poucos, e a pessoa não percebe que não está tendo um teto bom, e sim morrendo! Além de ter que atingir o orgasmo num prazo determinado. E nem sempre conseguimos calcular esse tempo com exatidão. A não ser que você sofra de ejaculação precoce. Mas mesmo assim, continua lendo, ligeirinho.

Ou seja, deve ser uma sensação bastante intensa. Próxima de sensações que drogas pesadíssimas causam nas primeiras usadas, antes que a pessoa vire uma viciada desgraçada e tenha que usar doses cavalares para tetear por muito menos tempo. Ou não, porque nunca usei drogas nem fiz a asfixia auto-erótica. Estou teorizando, apenas. Mas mesmo sendo intenso, e sendo muito bom, pode matar o idiota. E sinceramente, acho que não vale o risco.

Algum tramposo ou tramposa pode estar se indagando agora: mas e se eu fizer isso com o meu namorado (a) e ele ficar cuidando? Bom, eu responderia que não sou médico, muito menos fisiologista ou neurocirurgião. Vou eu saber? Não me perguntem nada, isso aqui não é um consultório sentimental (apesar de eu estar com um projeto que tornará o meu blogue nisso mesmo! um consultório sentimental!). Mas utilizando um pouco do meu conhecimento sobre anatomia, fisiologia e funcionamento do corpo humano, mais uma boa pitada de bom senso, eu reafirmo que é extremamente arriscado, pois a linha que separa uma momentânea restrição sanguinea no cerébro de uma hipóxia cerebral que resultaria numa morte ou em danos permanentes ao cérebro é minúscula.

Portanto o óbvio ululante que pulula na cabeça das pessoas não recomenda. Fiquem no café com leite, que tá mais do que bom.

Se quiserem algo novo, ouvi dizer que leite de cabrito montês é um baita energético sexual.

poeteiro.

Às vezes, não sei o que fazer;
Porque parece que tudo já foi feito.
E vem aquele pensamento me aborrecer;
Com aquela sensação de tristeza no peito.

Sendo que todas as teorias em que se acredita;
Indicam que tudo deveria estar resolvido.
E em agonia eu admito:
Existem coisas que o coração palpita.
Há que reconhecer, aturdido:
A razão... troglodita.

Nossa. Já não bastava escrever pra caralho. Agora virei poeta. Tá louco.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

GANHEM DINHEIRO. PERGUNTEM-ME COMO.

Se vocês me perguntaram mentalmente, vieram ler a resposta. Pois não os decepcionarei, pequenos gafanhotos (minha singela homenagem ao David Carradine, que morreu fazendo o que o povo gosta).

Primeiro: tenham um blogue no bloguer esse aqui.

Segundo: escrevam alguma coisa qualquer. ou algumas.

Terceiro: tenham leitores.

Quarto: se cadastrem para ter merchandising na página inicial do blogue de vocês.

Quinto: rezem para os leitores de vocês clicarem no banner de propagandinha no início da página.

Pronto! É sentar na sombra e esperar os milhões chegarem.

Vou lá comprar meu estoque de vitamina D. Aquela que o corpo produz ao entrarmos em contato com o sol. Porque estou na sombra há realmente muito tempo.

CLIQUEM ALI, PORRA! Mas não contem para o bloguer, senão eles me chutam pra fora.

sábado, 27 de junho de 2009

Nossa, eu andava ruim, hein? Fui reler os últimos posts.

É muita energia negativa num ser humano só. Sou grande mas não sou dois. Hilário.

Passei por variadas mudanças. Micro mudanças. Estou trabalhando firme numa macro mudança. A de sempre aquela. Pode parecer devagar, mas ela continua a acontecer.

Estou tentando me manter zen. Sério. O caminho do meio. Como eu disse há algum tempo, Sidarta, me espera. Eu vou chegar.

E prometo melhorar a qualidade humorística das postagens.

Jacko.

Ah pois é. O Jacko. Inclusive estou redigindo isso ao som de Don't Stop 'Til You Get Enough (uma BAITA canção) e Thriller. Além de ABC e I'll Be There, do Jackson's 5. Mentira. ABC eu não achei. Saco. Eu odeio a Apple. Como corre a boca pequena, perdi o HD do meu pc 2 vezes. E nessas perdas, as minhas músicas (cerca de 10000) foram armazenadas em um Ipod. E o Ipod modifica o nome de todos os arquivos e só mantém o id tag. Que pra quem não entende, são coisas diferentes. E eu sempre prefiro ir pelo nome do arquivo. Enfim. É um saco. E agora devolvendo as músicas do Ipod para o meu pc, descubro que 60% das músicas estão com o nome correto (no Itunes, somente, que é o programa de música mais burro que existe) e o resto está nomeado com 4 letras, algo como GCPU. Mais ou menos 4000 músicas sem nome, que se eu quiser renomear, terei que ouvir uma por uma. Sendo que pelo Itunes só consigo renomear uma coisa por vez. Ou o artista ou o nome da música. Assim que eu faço isso, ele reordena automaticamente. OU SEJA, É UM INFERNO.

Voltando ao Jacko. Eu nunca fui fã confesso. Mas sempre admirei-o. Era um dos maiores ou o maior talento do entretenimento. Cantava absurdamente bem, dançava absurdamente bem e era extremamente criativo e competente. Trabalhava diretamente na produção das músicas, coreografias e videoclipes.

Videoclipes esses que ele praticamente inaugurou como pequenos filmes, que todo mundo via e achava fantástico para as épocas. Trabalhou com grandes diretores, fez parcerias com artistas fenomenais. Enfim, todos sabem de tudo que ele fez. E se não sabem, estão sabendo agora nas histórias que os programas especiais estão contando.

Mortes sempre são um tema particularmente complicado para mim. Não lido bem com elas, não entendo-as e não aceito-as. Quando alguém da magnitude dele morre, a midia faz um show. E com ele é muito fácil, pois somando as filmagens que existem dele, deve dar mais de 2 anos. Desde a tenra idade ele participava de tudo quanto é apresentação na tv. Foi em inúmeros programas. Shows ao vivo, participações em campanhas beneficientes, escândalos, julgamentos, imagens na rua, palhaçadas, filho na sacada, casamento arranjado, batizado de cachorro, despedida de solteiro e mais coisas que eu nem imagino. Com imagens tristes, um texto bem escrito, algumas passagens dramáticas e pessoas chorando, é fácil se emocionar. E eu particularmente me sinto tocado por essas coisas, se eu começo a assistir com atenção. Óbvio, eu faço conexões mentais e sempre vou parar nas pessoas próximas e familiares, e por não lidar muito bem, sempre acho que essas pessoas não vão lidar bem também. E mesmo que lidem melhor que eu, é um sofrimento.

Entretanto, a história pessoal dele é marcada por muitas coisas tristes. E essa é uma coisa que me toca profundamente. A tristeza humana. Eu sempre digo que felicidade eterna não existe, o que existe é mais acontecimentos felizes do que tristes, e isso vem com trabalho gratificante, família que funciona bem como família, amizades significativas e lazer na medida certa e saudável, pelo menos a maioria dele. Eu tomaria cerveja todos os dias o dia todo. Mas não conseguiria interagir adequadamente com as pessoas, não viveria bem e inclusive morreria rapidamente. O que me tira a vontade de beber todos os dias o tempo inteiro! Isso é o que significa um lazer não saudável.

Não posso deixar de citar minha visão patogênica da coisa, já que estudei e ainda vou estudar mais sobre isso. Basicamente o que interessa é se a pessoa se sente feliz ou não. Pessoas solitárias, que se sentem desconfortáveis numa vida social ativa, são mais felizes sozinhas. Eu sou mais feliz com meus amigos e as pessoas que eu amo. Mas não posso achar que isso é o ideal para todo mundo. Existem patologias mentais funcionais. Aos olhos dos outros, podem ser pessoas desajustadas ou tristes. Aos próprios olhos, eles podem se considerar felizes. E aí? Quem somos nós para não concordar?

Portanto, para considerarmos alguém doente (no sentido de necessitar tratamento), é necessário um fator, dentre dois possíveis (pode haver mais do que dois, mas realmente não lembro agora e nem estou me esforçando para isso. faz tempo que eu não escrevo e não quero perder o ponto. me deixem.).

1) A pessoa não gostar da sua condição, entender ela dentro da sua própria vida, dentro da interação e reflexo na vida dos outros e em relação aos seus objetivos (sim, precisa usar o cérebro pra acompanhar. se quiserem desistir e ir ler o Twitter, que é o blogue do preguiçoso, podem ir, se já não foram. aliás, eu tenho twitter. ainda não sei como vou me adaptar a uma coisa que exige uma capacidade sintética de sms. qual o atrativo que eu, que não sou famoso, poderei oferecer em 140 caracteres? eu ou qualquer outra pessoa que não seja famosa. porque é só isso. notinhas noticiosas, fofocas e inutilidades sobre gente famosa. quando eu disse que tinha tanta coisa, eu não acreditei. ta aí, pra mim que era um cético.).
E assim, querer mudar volutariamente.
2) A pessoa ter uma condição não aceita pela sociedade. E essa é a batata quente na mão do Michael e de várias outras pessoas.

O ser humano comum é burro. É preguiçoso e não consegue se colocar no lugar nem dele próprio. Faz piada sobre homossexualismo, racismo, sexismo e no fundo (ou bem no raso) acredita nessas diferenças. E tem medo de ser diferente. Porque tem medo de não ser aceito. Eu tenho medo de não ser aceito. Faço várias coisas para me encaixar no padrão. E deixo de fazer tantas outras. Criam filosofias e religiões para moldar as pessoas de uma maneira uniforme. E ainda querem discutir comigo que o ser humano deu certo. Não deu!!!!!!!!!!!! E se Deus existe, ele tá em outra galáxia tentando com outro tipo de organismo vivo, porque nesse aqui ele já pediu licença pra dois e entregou os tacos.

Depois dessa pequena pincelada teológica, voltemos ao nosso querido Peter Pan. Vamos reconhecer, ele tinha alguma coisa com a infância e a juventude. E não só treta na justiça com eles. Ele não queria crescer. Ele queria continuar sendo criança. Ele era ingênuo. Claro que sem conhecê-lo pessoalmente, sem conviver com ele, é impossível de diagnosticar. Ou colocar um rótulo, que é a maneira mais apropriada de se referir a um diagnóstico psiquiátrico. Mas por tudo que se viu e leu, dá pra tentar.

Ele era um pedófilo que se recusava a crescer e tinha o transtorno dismórfico corporal. Não sei se o fato dele querer continuar sendo uma criança era o que causava ou trazia os impulsos pedófilos. Também não sei se o transtorno dismórfico era uma causa disso, porque não dá pra entender o que ele tinha feito com o corpo dele. (cliquem no transtorno ali. tô ficando bom demais.)

Falarei uma coisa complexa e dificílima de aceitar, mas que é a verdade. Pedofilia é terrível. É inaceitável. Sim. Só que quem tem isso, não entende. E tem os impulsos. E assim como tem gente que bebe e não consegue largar a bebida, gente que fuma e não consegue largar o fumo, tem gente que é pedófila e não consegue não praticar isso. Claro que numa escala bem menor. E sim, concordo que os dois exemplos que eu dei, fumo e bebida causam dependência química por causa dos componentes presentes nessas drogas. Mas justamente fiz a ressalva, pedofilia em uma escala infinitamente menor. Mas com alguns vários casos sem controle de quem é doente.

E sendo famoso do jeito que ele era, destrambelhado do jeito que ele era, tendo uma família destrambelhada como divulgam, mais com todo o dinheiro que ele tinha e rendia, com a ingenuidade que ele preferia ter, com a aproximação de pessoas que tiravam vantagem dessas condições todas que ele apresentava, deu no que deu.

Fico triste porque era um ser humano. Era um talento. Um dos maiores talentos no ramo do entretenimento musical que já existiu. Com certeza o maior de todos que eu já vi. Que foi definhando, se transformando numa coisa, tendo que esconder e negar uma condição que não era culpa dele... E acabou morrendo precocemente. Deixando uma impressão que ele não era feliz. Que ele nunca foi feliz. Que o que o deixava feliz, era errado. E as outras coisas que complementam a vida das pessoas (porque nem sempre a gente vai fazer tudo que nos deixa feliz, é uma regra primordial da convivência em sociedade. e isso não é bom nem ruim, apenas é) ele não teve. Ou não pôde ter. Ou nem cogitou em ter, porque desde muito cedo a vida dele não era gerida por ele.

Trouxe muita alegria para muita gente. Tocou milhares de pessoas. Fez o bem para outras tantas, com ações beneficientes, obras, doações, construções e divulgações de causas nobres. Poderia ter feito mais? Poderia. Mas pelo menos fez. Tem gente com tanto dinheiro quanto ele que não faz nada. E além de não fazer, ganha o seu dinheiro às custas da natureza e de outros seres humanos. E apesar de ter embranquecido, fez muita coisa pela comunidade negra.

Se foi pra acabar o sofrimento dele, e ele estiver em um lugar melhor, tomando consciência do que ele fez, melhor. É uma coisa que eu estou começando a tentar a acreditar. Porque no que eu acredito atualmente não vai dar pra viver de acordo com as leis naturais da vida.

Triste eu estou.

Tanta coisa.

Pois é pessoal. Andei afastado. Mas não dá. Na realidade não falo pra vocês. Porque vocês não existem. Isso aqui é pra mim mesmo. E me ajuda demais. Seja a conseguir expressar idéias de uma forma coesa e concisa, seja para falar palavras difíceis e me orgulhar de ter lido bastante na minha adolescência, seja para tirar de mim coisas ruins.

Portanto, eu voltei. Obrigado, LG. Eu te amo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Eu algumas vezes me canso de estar certo. E me frustro por estar certo. Até em coisas que eu nem tinha feito a relação adequada.

Momentos.

Há muito tempo eu havia escrito sobre os momentos. Que eles existem e eles passam. E depois que passam, não voltam mais. E mesmo que voltem, nunca mais são iguais. Porque como diz na alegoria filosófica - que nem que eu tome uma batida de guaraná cerebral com cafeína e ritalina eu vou lembrar quem é o autor - pode ser o mesmo rio, pode ser a mesma pessoa, mas nunca iguais. O rio não é o mesmo e nós nunca somos os mesmos.

Aliás, o que eu tenho evoluído (o tempo definirá exatamente se é evolução ou não. por enquanto acho que é. inclusive usei travessões e não parentêses no parágrafo acima! se isso não é evolução, não sei o que é!!) não é bolo pequeno. Nos pensamentos, nas atitudes, nas relações. Mas por outro lado tenho me tornado mais intolerante. Menos paciente. Mais chato. Ó! Comecei esse parágrafo me elogiando, algo que é raro (heheheheheheheeheh), e acabo por me autoflagelar. Mas claro, tudo depende do ponto de vista e da argumentação. Poderia eu argumentar que essa intolerância e essa impaciência são virtudes elaborando-se, já que eu falei isso em relação à amizades e atitudes das outras pessoas. E o fato de eu estar mais reservado e cuidando de mim é por si só um fato excelente! Mesmo que traga alguns pequenos efeitos colaterais. Mas como eu estou num momento não otimista, foda-se. Voltarei ao foco.

Momentos. Amizades que faziam sentido e hoje não fazem mais. Pessoas que eu me relacionava e agora não consigo sequer conversar meia dúzia de palavras no mensageiro eletrônico. Por um lado é triste. Pelo lado dos outros. Que continuam (continuavam) a me procurar. Porque sim, eu sou legal pra caralho. Mas é um dom. Nada que eu possa me gabar. Consigo entender e ajudar outras pessoas. Porque tenho uma boa capacidade de entendimento das coisas. Consigo fazer associações rapidamente. Tenho capacidade de me colocar no lugar da outra criatura. E ultimamente, entender teorias psico-cognitivas que me ajudam mais ainda. Ou seja, sou que nem vinho! Mas infelizmente, continuo com aquele sofrimento contundente e contumaz. (duas palavras que volta e meia eu tento usar. me libertei, tasquei as duas de uma vez só.)

Mais uma vez, novamente de novo, vou em busca de uma solução. Vou fazer a minha parte. Já estou fazendo. Tenho dado o máximo de mim. Mas ando meio cansado, sabe? Mais uma vez, cansado. E repetidamente, cansado. E começando a não ter vontade. Eu sei o que é isso. A Lucy do Charlie Brown sabe (ela era a terapeuta do pessoal. eu adorava o sujeirinha. que transmitia doenças para o resto do pessoal). O Wilson que habita o fundo do oceano Pacífico sabe.

E nós todos sabemos como se sai disso. Mas o que eles não sabem e que só eu sei é que cansa. Demais. Além de vir numa velocidade supersônica. E todas as coisas que supostamente afastariam, não afastam. Porque é que nem a bolha do filme "A Coisa". Ela chega pelo ralo do banheiro e fagocita tudo. Hoje eu estou pegando fogo no quesito metáforas culturais. Aproveitem.

Mas tem um momento que pode não ser o mesmo, mas sempre dá a mesma sensação de desistência. Que nem o cérebro do Homer quando ele precisava inventar um nome e dá o próprio nome. "Pra mim chega. Desisto." E bate a porta e vai embora.

Budismo.

Sidarta, me espera. Eu estou chegando.

Associações.

Cansaço. Mental. Físico. Cerebral. Muscular. Psíquico. Sistêmico. Espiritual. Humano.

Buscar. Ir atrás. Esforçar-se. Lutar. Empenhar-se.

Decepção. Constatação. Lamentação. Obviedade. Hate to say I told you so. (só usada porque realmente não tem tradução literal adequada. mas é algo como "odeio dizer eu te avisei.)

Sanduíche. Fortaleza. Tropicaliente. Fundo do mar.

Melancolia. Pessimismo. Desmotivação. Doença? Depressão? Inconformidade!

Paz. Necessidade.