domingo, 30 de setembro de 2007

eu já quis ser muitas pessoas nessa vida. no campo da ficção humorística, obviamente. já quis ser o Rambo, já quis ser o exterminador do futuro, outro dia eu queria ser o cumpádi Washington, porque uma pessoa que chama as mulheres de ordinária e não é processado nem agredido, é ídolo demais. já quis ser o Tiririca. esse é praticamente um deus. ultimamente eu queria ser o Januário de Oliveira. um narrador carioca dos anos 80 e 90. creio eu que ele ainda esteja vivo. até farei uma rápida pesquisa wikipediana.
pois então. inclusive após essa pesquisa, voltei com novos fatos e idéias. que se seguem. primeiro tenho que falar sobre a internet. mas coisa rápida. ela se presta para qualquer coisa. o que tem de gente tosca falando merda sem nenhum fundamento e embasamento, não tá no gibi. eu falo merda. mas pelo menos tento me inteirar dos assuntos. ou falo de coisas que eu tenha algum domínio. se eu fosse uma pessoa mais rasteira, me contentaria com as primeiras referências achadas sobre esse colosso da narração esportiva. que diziam que ele estaria supostamente morto. pesquisando um pouquinho mais, fui descobrir, na página do estúpido Milton Neves, que o nosso enorme Januário de Oliveira está vivo. e muito vivo. inclusive choquei-me com a seguinte informação: ele é gaúcho. de alegrete. quanta coisa alegrete nos proporcionou nessa vida. mas isso é um assunto interno e particular, que ninguém conseguiria desvendar o teor desse meu comentário. talvez 2 pessoas nesse mundo. e uma delas com certeza não lê isso aqui. enfim. ele era ídolo. como eu falo no meu atual about me, quantas clássicas transmissões de voltaço x fogão em plena quinta feira a noite? ele narrava, com seus bordões fantásticos. "tá lá mais um corpo estendido no chão; crueeeeeeeel, muuuuuuuito cruel! sinistro, muito sinistro.... porque ele sabe que é disso... é disso que o povo gosta. Addison, o que é que só você viu!" nossa. isso é muito nostálgico. do tempo que eu era feliz e tinha uma vaga noção disso. não haviam cobranças, não haviam necessidades imediatas, não havia pressões internas... as minhas relações se limitavam ao colégio, aos vizinhos e a família. e eram fáceis relações. meu coração ainda inexistia. exceto por uma professora da terceira série e uma coleguinha de aula. que nunca me quis. e uma outra. que me quis. e uma vizinha minha. que também me quis. quando eu não queria. depois eu quis. e ela não quis. mas eventualmente nos acertamos. e era simples. e eu não ficava pensando em que estratégia utilizar. ah... bons tempos... hoje em dia eu também não penso mais. e tento simplificar. mas não é assim, né? nunca é. tudo é um jogo. alguém perde, alguém ganha. ironicamente, por pensar parecido, por agir parecido e por perceber o mundo assim, eu vislumbrei a humanidade exatamente como no seriado Seinfeld. ironicamente, porque é baseado em sarcasmos e ironias. e por ser um seriado. mas que retrata muitas coisas da vida exatamente como elas são. mas não deveria. não deveria ser um jogo. não deveria ter um perdedor. mas tem. sempre tem. e~por isso eu não jogo mais. porque é algo inútil. mesmo quando se ganha, se perde. porque o sentido não é ganhar. o sentido é viver. o sentido é sentir. e quando o embotamento domina, não há o que fazer. apenas esperar. sentado na calçada de canudo e canequinha. tublec tublim. e esperar que a vida volte a circular nas veias. e as sensações voltem a fazer parte dessa mesma vida. as cores voltem a figurar na córnea. e não seja esse cenário cinza. ou de tons pastéis. que eu não sei exatamente como são, mas sempre quis usar isso numa frase para causar impacto. ou usar a highway para causar impacto, seja o que diabos vestidos de prada o Humberto Gessinger quis dizer com isso. mas entender as metáforas dele nunca foi bolinho. o que não desmerece outras, que são excelentes. inclusive eu penso em algumas músicas dele recorrentemente. perfeita simetria. toda vez que toca o telefone. toda noite de insônia. escrever uma carta definitiva. pois é. mesmo um relógio quebrado está certo duas vezes por dia. essa é a visão otimista. que é a visão exigida. e é a visão utilizada atualmente. porque eu acredito. eu tenho fé. eu tenho sentido. eu quero sentido. eu faço sentido. Frankl. por um sentido na vida. produção de algo significativo. relação significativa. projeto ou sonho significativo. por enquanto, nenhuma produção de absolutamente nada so far. por enquanto, nenhuma relação significativa com absolutamente ninguém so far. e por enquanto, nenhum projeto ou sonho. mas estamos trabalhando nisso. na produção também. em relação a própria, apenas esperar. eu queria fazer um comunicado oficial para a população, mas não funciona assim. porque poderia ser diferente do que está sendo. mas não está. e parece descaso. mas não é. é confusão. é atrapalhamento. é escaldamento, por situações passadas. as coisas ruins vão nos moldando. e não deveria ser assim. deveria ser justamente o contrário. as coisas boas deveriam nos moldar. de certa forma, elas também moldam. mas as que realmente causam marcas profundas, são as ruins. e eu queria gritar. queria agir. queria fazer. queria não ter a sombra do jogo. nem tudo é assim. nem todos são assim. Jerry Seinfeld e seus escritores não podem estar certos. seria um mundo cruel e sarcástico demais para se viver. ironias e sarcasmos não fazem bem. o tempo inteiro não. elas são cruéis. muito cruéis. e assim, eu volto ao Januário de Oliveira. que nesse exato momento diria: tá aí o que você queria. o final da postagem.

nota do editor: essa é muito complexa. é muito particular. mas eu apreciei. porque eu falei de inúmeras coisas. do melhor jeito. metaforicamente. eu fui longe e acabei retomando ao início. simples e fácil. fluiu. e ainda criei uma frase que no contexto do texto, por mais redundante que possa parecer, ficou excelente. "em relação a própria." que eu falo sobre relações, utilizando a mesma palavra para dois sentidos totalmente diferentes. eu particularmente achei sensacional. e não estou na fase maníaca. eu sei que não deveria explicar. mas tive vontade demais. a outra passagem interessante foi alegrete. normalmente eu me atrapalho. e atrapalho. que coisa. porque não dar uma dentro? acerta uma Cafu. acerta uma Cafu! só uma! mas tem pessoas que passam pela vida toda, e nunca vão viver isso. e tem gente que desperdiça. mas como diz Tom Cruise em collateral, milhares de galáxias, milhares de planetas, milhares de mundos. pensa que alguém vai notar? ninguém nota. mas ninguém nota. e tudo se resume a um imenso mar de irrelevâncias minimizadas... nobody notice...................................................

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

o ceromano.

o ceromano parece uma pessoa. parece com a gente, fala basicamente como a gente, se veste parecido com a gente, se reproduz praticamente igual, convive conosco, mas não é um nosco. ele não lê. ele não estuda. mas no entanto ele tem até o segundo grau completo, porque o ceromano faz vestibular.
eu esqueci o nome disso que estão produzindo nos porões governamentais. mas é a revisão do nosso maltrapilho português. eu sempre digo, não é porque uma coisa está estabelecida desde antes de sermos meio espermatozóide e meio óvulo que ela é certa. mas peraí, nivelar por baixo não né? eu sei que eu não sou nenhum professor Pasquale comendo big mac, mas azar o meu! eu que vá estudar e aprender a usar os porquês (que eu não sei. só sei os dois básicos. o junto e o separado. o com acento eu nunca sei quando é junto e separado.), a usar a crase (quem assiste, assiste À alguma coisa. não sei o quê.) e outras pequenas regras de concordância e sufixos, prefixos e etc etc etc. mas eu conheço um relativo número de palavras, praticamente não erro a grafia delas e sei que o que eu não sei, por mais engraçada que essa afirmação possa parecer, eu tenho que aprender. e não esperar que mudem a regra pra me favorecer, favorecer a minha preguiça mental. há uma linha teórica que afirma que essa mudança é para diminuir a quantidade de absurdos proferidos e escritos pelo nosso presidente, mas eu prefiro acreditar que não passa de boato. porque ele se preparou para o cargo. ele estudou. ele se especializou. afinal de contas, é a maior corrupção orquestrada na história do brasil. mas tende a evoluir, porque na realidade o único impeditivo seria a revolta popular, que nunca vai acontecer no brasil, já que o povo é muito pacífico, omisso e acomodado. fora a mentalidade de 'me dá o meu que tá tudo certo' que temos desde que os portugueses vieram nos colonizar. mas voltando ao maltrapilho, não é certo isso. que coisa. parem de fazer coisa errada, pelo amor de deus pai, que desistiu de nós e está começando tudo de novo, diferente, em outro mundo. a média do qi humano está gradativamente diminuindo. não é balela, é fato. por inúmeros motivos. o ser humano não tem predadores, então a seleção natural não existe. ele mesmo é predador dele mesmo, mas não é que nem no reino animal, onde os menos capacitados sucumbem. pessoas com baixa instrução e baixo qi tem proles muito maiores. e outros variados fatores que eu não vou ficar elencando aqui. só que isso causa uma diminuição na qualidade de tudo. na inteligência também, porque a exigência é feita por pessoas menos capazes. e gente menos capaz exigindo resulta em menor exigência. isso ainda não está se mostrando muito claro atualmente, mas esperem algumas décadas.
o ceromano vai nos dominar. em breve. teremos que seguir as ideologias de ídolos como Carlos Massa, o pequeno rato, que afirmou certa feita que "cultura nunca me fez falta." vai falar o quê, uai? ele ganha rios de dinheiro há muito tempo. e eu aqui discutindo sozinho sobre o emburrecimento das pessoas. que não lêem, que não escrevem, que não estudam, que sempre fazem o mais fácil. sem ganhar um tostão. vou parar de estudar mesmo. ou não. porque eu vou precisar aprender a escrever errado. pra estar certo. vou te contar uma coisa.

em tempo. o ceromano é uma palavra retirada daquelas clássicas compilações de barbaridades escritas em provas de redação de vestibulares. essa sempre ficou na minha mente. gostaria de conhecer pessoalmente este energúmeno. e inclusive chamá-lo assim. ele vai achar que é elogio. mas já que não será possível, fica aqui o meu agradecimento público ao ceromano desconhecido. obrigado pelas inúmeras risadas e piadas feitas em cima disso. vai que ele algum dia leia o meu blogue. ou não. não tem figurinha.

meu querido diário.

chegou a primavera. segundo a minha concepção mental, era nesse ponto que as coisas mudariam. e vão mudar. saí daquela coisa de cada dia é uma vitória. os dias já se estabeleceram. não há mais risco. aparente. mas não há. agora eu quero o que é meu por direito. vou solicitar por formulário e pessoalmente. eu quero. tudo de novo. quantas vezes for possível. desde que não exijam muito da minha paciência. porque eu não tenho tempo a perder. e como eu já falei antes, não vou me desperdiçar por aí. então é oficial, pessoal, estou voltando.

domingo, 23 de setembro de 2007

hope.

alguém poderia tentar me explicar porque eu não faço acontecer uma coisa que eu gosto, quero e acho que seria legal? eu sei, no fundo. é basicamente pelo meu pessimismo. que apesar da minha luta em afastá-lo da minha vida, ele mantêm-se presente. mas enfim. eu vou tentar. mesmo. só queria me entender. porque é difícil, sabe? é difícil valer a pena. e eu acho que vale. eu sei que vale. e mesmo assim, estagnação. claro que há a velha companheira, a distimia. mas porra. I can't take it anymore. eu queria rever a minha vida e identificar exatamente em qual momento eu perdi a esperança. e buscá-la de volta.
esse é o motivo do viver meia-boca. esperança. vou começar ouvindo minha impulsividade. a boa.

sábado, 15 de setembro de 2007

incapacitante.

um fenômeno interessante e intrigante tem acontecido ultimamente. as pessoas andam não entendendo minhas ironias e sarcasmos. eu falo as coisas e ficam me olhando com cara de "hã?". tem algumas pessoas que normalmente não entendem, mas essas é sempre. só que tem acontecido mais frequentemente. tão frequente que eu estou aqui comentando e me questionando. será que eu estou me sofisticando demais (numa visão otimista) / complicando e errando na medida (numa visão pessimista), ou as pessoas estão emburrecendo? creio que não, as pessoas não estão emburrecendo. mas eu tenho me relacionado com pessoas diferentes mesmo ultimamente. eu sei que humor é uma questão de sintonia. com algumas pessoas é fácil, com outras é mais complicado. mas eu nunca compliquei muito. sempre foram fáceis. quer dizer, nem sempre, mas nada sherlock holmeano. e se a pessoa não pode ter nem a sua fina ironia apreciada, o que vai restar?

fiz um trabalho para a faculdade e enviei para um companheiro de grupo imprimir. após ele não ter cumprido essa mísera tarefa, entregamos o tal trabalho. alguns momentos depois, recebo um email perguntando se eu não havia feito a correção ortográfica. porque "incapacitante" aparece sublinhado no word. e ele imaginou que estava errado. respondi o seguinte:
"...incapacitante é o corretor do word, que é burro. só que ele é apenas um programa de computador." me ajudem, pessoal! fica claro que chamei ele de burro? de mais burro que o word que é um ser inanimado? se me disserem que não fica, eu humildemente reconhecerei que estou com a ironia e o sarcasmo prejudicados. e ficarei recluso até voltar ao normal. comendo miojo com atum. e saladas cruas.

exercício de imaginação.

eu não me imagino idoso.

ah pois é...

eu já falei que sou contraditório? certamente. porque eu sou. eu mudo de idéia facilmente. numa visão superficial, facilmente. porque as coisas pra mim obedecem uma ordem e uma cronologia muito estabelecida. mas pra quem observa de fora, parece que eu sofro de transtorno de humor bipolar. costumo dizer que eu sou uma biruta, que vai na direção do vento. dos meus ventos.



e eu queria. eu queria tudo de novo. mesmo sabendo que o final é sempre o mesmo. mas afinal de contas, são essas pequenas coisas que fazem a vida ter gosto. mas cansei. por hora, eu cansei. que tenha gosto de massa instantânea. azar. eu sobrevivo muito tempo comendo salada sem gosto, miojo e atum. porque quando eu invento de comer algo mais sofisticado, aparece uma alergia, uma disenteria ou uma intoxicação alimentar. eu cansei. é tudo difícil demais. sendo que é fácil. porque tem que ser complicado? eu complico pelo prazer de me divertir, mas não estou com vontade. na realidade, volto ao mesmo ponto crucial. preciso de sentido. para ter vontade. e eu não tenho vontade. porque não há um sentido. e eu cansei. vou me guardar. porque eu andei me desperdiçando demais por aí. e honestamente, eu sou interessante e intenso demais para ficar me gastando à toa.



algumas pessoas poderiam dizer que eu sou pretensioso. egomaníaco. que estou na fase up da fictícia bipolaridade. mas não. na realidade, eu estou na fase distímica. que me acompanha há algum tempo. ela me acompanha há tanto tempo, que já é minha amiga. havia uma época, não muito distante, em que eu me empolgava com as coisas. eu era uma pessoa apaixonada, intensa. e já há muito tempo, tanto faz como tanto fez. me foi comentado algo pela minha grande amiga fulana de tal: "nunca sei quando tu tá bêbado. quando eu vejo, tu tá mal! porque tu continua igual sempre!" e isso não era assim. eu sempre fui muito solto, solteiro do rio de janeiro (nunca perde a graça! nunca!), e quando me alcoolizava, nossa. era diversão garantida, ninguém pedia seu dinheiro de volta. e há esse bom tempo, eu estou em forma de zumbi. eu sou o mun-rá, o ser eterno, mas nas suas formas decadentes! e eu queria ser o mun-rá galo. voltar a ser o mun-rá boludo. que espancava o willie kat e a willie kit. batia o brim do lion. revirava o thundertanque com o panthro dentro. dava uma canseira na cheetara. e era legal thundercats. nota-se, pelo meu vasto conhecimento de causa. inclusive está em fase de pré-produção, thundercats, o filme. pré-produção é a fase que eles lançam a semente e especulam pra ver quem se abraça na roubada. mas eu perdi meu foco. meu olho de thundera. nunca consegui entender porque na viagem para o terceiro mundo apenas o lion cresce! alguém tem essa resposta? então, eu estou vivendo mais ou menos. e eu sempre preconizei não viver mais ou menos. viver meia boca é péssimo. é um desperdício de vida. porque até que me provem o contrário, com vídeos no youtube e grampos telefônicos, só se vive uma vez. e não pooooooooooooode ser ruim. não pode. temos que espernear pra não ser ruim. temos que resolver nossos pequenos problemas com as pessoas. porque depois pode ser tarde. e não vale a pena ficar com algo entalado até o resto da vida, por orgulho. temos que aproveitar ao máximo as coisas boas que a vida nos traz. temos que amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, mesmo que eu ache legião urbana mais deprimente que algumas coisas que eu mesmo escrevo. e ruim também. sentimentos ruins só causam dor e sofrimento. não precisamos disso. mas olha quem está falando. o rei da birra. ah pois é... saber não siginifica fazer. o que a princípio demonstra burrice. e depois também. então concluindo, eu sou burro. e além de burro, eu estou oco por dentro. e além de estar oco por dentro, eu estou muito cansado pra procurar um sentido. sentido este que me faria ter vontade de novo. me aplaudam. eu consegui conectar uma bela linha de raciocínio. da burrice a falta de vontade.

mas eu estou nessa desesperança apenas em relação ao assunto principal, falado no começo desse post. que eu obviamente não vou explicitar. as minhas metáforas não são complicadas. é fácil. no quesito cumprir as formalidades impostas pela sociedade para ser aceito e bem-visto, eu mudei. estou me esforçando. estou tentando. e aparentemente, está dando resultado. o que me deixa com uma sensação de ter comido miojo com atum. não é bom, mas eu sobrevivo.

e a véia debaixo da cama, a véia criava um bode. na noite que se danava, o rato chiava, o gato miava, o cachorro latia e o bode berrava. oh meu deus se acaba tudo, tanto bem que eu te queria............................... tanto faz, como tanto fez.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

esse aqui não ficou bom. não é pra ler. passa.

eu realmente não sei. eu reclamo demais. de tudo. critico demais. tudo. vejo mediocridade em inúmeras coisas e pessoas. eu cansei de interpretar o personagem legal, atencioso e preocupado. eu sou muito chato. eu tenho padrões altos para tudo. eu estou cansando das pessoas. das coisas. da faculdade. da terapia. dos remédios. da família. dos amigos. eu acordo e tenho vontade de continuar dormindo. as aulas não fazem o menor sentido, mesmo as que me ensinam algo útil. eu durmo de manhã, eu durmo de tarde. não durmo de noite. é tudo imensamente chato. eu vivo para passar o tempo. tanto faz como tanto fez. eu não tenho sentido mais nada, em todos os aspectos. a única coisa que me mantém sane é a academia. e eu não sei por que. meu único projeto de vida é perder a gordura localizada na região abdominal. talvez eu me boicote comendo porcaria por que caso eu atinja esse objetivo, eu acabe sem nenhum mesmo, e aí acabou-se tudo. como diz na música da idosa que criava animais embaixo da cama.
e a véia debaixo da cama, a véia criava o gato. na noite que se danava, o gato miava e a véia dizia: oh meu deus se acaba tudo, tanto bem que eu te queria!
e a véia debaixo da cama, a véia criava um cachorro. na noite que danava, o gato miava, o cachorro latia e a véia dizia: oh meu deus se acaba tudo, tanto bem que eu te queria...
embaixo da cama eu crio a gordura. mas na realidade, eu não crio nada. na realidade já acabou tudo. e nada faz sentido. e talvez esteja localizado ai o problema. sentido. porque eu quero sentido? eu penso demais. um dia eu acho que fui feliz. quando tinha 10 anos e brincava de playmobill. e a minha maior missão era terminar supermario 2, o da princesa. preciso de um sinal. preciso de uma luz. ou de um raio, que caia na minha cabeça.

a pior sensação do mundo é sentir-se sozinho, na chuva, no frio, olhando os carros passarem. repensando o que foi feito da vida até aquela hora. e pensando que não foi feito nada, absolutamente nada, e que se não houvesse nada, não faria nenhuma diferença. tanto fez, como tanto faz. pro inferno com tudo isso. eu cansei.
me vendi ao sistema. agora meu blogue tem propaganda. sou eu e o joão gordo. traímos o movimento. ele o movimento punk, e eu o movimento emo. o joão gordo foi xingado e agredido. eu vou ser alvo de choro e lamentações. o que vai ajudar o pessoal. olho borrado é mais legal ainda.
sobre o treinamento aquele. olha, de alguma forma eu ganhei peso. mas não sei que tipo de peso, já que não fiz medições quaisquers. e possivelmente seja psicológico, mas eu sentia meus músculos mais moles. e também não deu o resultado que eu esperava. mas também não sei se fiz certo. enfim. voltei ao método antigo com alguns ensinamentos desse treino que eu não sei se funcionou. menos treino, mais intensidade, mais descanso. e vamos pra cima deles que acabou o frio.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

continuação da postagem abaixo dessa debaixo. entenderam? é fácil.



...fiquei observando o pessoal chegar na festa. e o pessoal chegava. todo mundo muito louco, muito solto, solteiro do rio de janeiro, sou eterno nessa brasíla. fantasias supimpas. outras nem tanto. e foi começando a pairar a sensação que em breve, iria se apoderar do meu ser: sensação de o-que-diabos-eu-estou-fazendo-aqui. a festa foi começando a encher, eu ainda fui buscar um último copinho de mé com guaraná ruim (até o guaraná era marca-diabo. acho que nem faz tanta diferença financeira, é mais pelo prazer de oferecer tudo do ruim e do pior), e fui pro clima. muito simpático, como me é de costume, fui angariando amizades pelo salão. mas me faltava um sentido. e eu comecei a lutar comigo mesmo, porque essas coisas não precisam de sentido. como eu gosto de dizer, tem coisas que apenas são. mas vai dizer isso pra minha mente. ainda mais com cerveja, goró e martini. comecei a questionar a vida. sócrates. platão. nada é igual. tudo muda. nós não somos os mesmos e o rio também não é o mesmo. mas aquela festa era a mesma. de sempre. e por algum motivo ainda obscuro, eu não estava gostando. neguei. me debati. mas não teve jeito. me entreguei. dali pra má vontade foi um tapa. aí encrespou mais que o cabelo da Elba Ramalho em dia umido. que coisa né? como alguém pode ser tão crespo? comecei a me irritar, comecei a trombar nas pessoas, desisti de fingir que dançava, desisti de beber... sabe quando o jogador força a perna no chão, faz uma careta, olha pro banco e faz o clássico sinal com as mãos girando os dedos? pois é. pode botar outro no meu lugar que a minha contribuição para o time tinha se esgotado. ainda me incomodei pelo mesmo fato de sempre, o empurra-empurra. dei mais uma volta, desesperada, tentando achar motivação da sola do sapato. tipo quando tem que ganhar, tá perdendo aos 38 do segundo tempo e bota todo mundo pra cima. é balão pra área e seja o que deus quiser. ainda teve um lampejo de alegria, quando eu vi um boneco, gordo, fantasiado de Robin. ele achincalhou o garoto prodígio. de garoto prodígio ele passou a garoto-rodízio. e recordei do desenho que havia visto semana passada, no canal da ulbra, sábado de manhã. liga da justiça! vocês tem que ver! é sensacional! e teve uma passagem do desenho em que o Aquaman, transformado em um monstro, estava atacando a cidade. o Robin me sai com a seguinte pérola: santa alta voltagem Batman! Aquaman está indo direto para a hidrelétrica! nossa. eu ria sozinho olhando a patética figura roliça de Robin. e ainda me lembrei de uma das piadas mais célebres contada pelo saudoso Papaéu: por que o Batman colocou alarme no Batmóvel? porque ele tem medo que Robin! é o auge da infâmia. mas não dá né. não dá pra depender disso numa festa a fantasia. e eu fui me desmilinguindo. derretendo. o sentido? tava fantasiado de palhaço carequinha abraçado numa de fada e pulando no meio do salão.
encontrei meu pessoal, e todo mundo meio com cara de abatido também. e o grande Wagner me olha e faz o meu cláaaaaaaaaaaaaaaaaaassico sinal do juiz encerrando a partida. terminava assim, de forma lacônica, melancólica, patética, mais uma festa.

saímos e ainda tivemos a perspicácia de ir ao famigerado Mc Donald's. malditos três mc duplos que eu sempre como. só pra me engordar. mas foi o melhor da noite. cheguei em casa e o msn me prepararia uma agradabilíssima surpresa, que obviamente eu não contarei porque faz parte do meu íntimo.

dormi apenas três horas, porque tive que levar minha mãe em uma peregrinação pelas ruas do porto dos casais. não dormi no resto do dia, e fui para a colação do meu amigo. nossa, eu detesto colações. é uma coisa bem chata. as pessoas falam demais, demora demais, tem homenagem disso, troféu daquilo... já estou avisando com antecedência, quando for a minha formatura, eu vou liberar todos dessa parte asquerosa. podem ir só na recepção encher a cara. isso se eu me formar. um dia, quem sabe...

excetuando a chegada de Renato Marsiglia, obviamente no final da colação, fazendo o overlaping, não houve muita diversão. apenas um pobre garoto que tocava piano e liderou a homenagem aos pais. ele tocava piano muito bem! mas ele inventou de cantar. bom, eu canto mal e sei disso, e não canto em público e nunca cantarei, mas esse rapazote bateu todos os níveis de ruindade. Frank Sinatra teria emitido um comunicado a imprensa se fosse vivo. comunicando que se arrepende de ter criado a música que foi vilipendiada.

jantamos. e eu não comi muito. porque eu queria ir na festa. não era a festa de formatura, porque o meu amigo não era muito bem quisto entre os semelhantes. e ele fazia questão de ser mal quisto. e eu não o culpo. então a suposta festa dele seria em um local muito conhecido de Porto Alegre. uma festa anos oitenta, que saiu do underground e virou modinha. ainda vai virar mais modinha ainda, e então, acabar, como tudo nessa cidade. o pessoal é muito pouco original. e eu nunca tinha ido. mas me vendiam maravilhas da festa. e eu sem a mínima vontade. mas por motivos pessoais, eu acabei indo.

na largada já começa mal. estávamos esperando para dois amigos comprar ingresso, que supostamente teriam acabado, e sai uma moçoila por uma porta. completamente trôpega. num estado irrecuperável. tinha tomado todo o álcool do mundo. fifa. ela saiu, tropeçou, quase caiu e veio pra cima de mim. bateu em mim e quase caiu, segurei ela e pedi falta! mas o juiz não apitou. ela me olhou, mexeu com os lábios, fez um imenso esforço para falar alguma coisa, mas não conseguiu. desistiu. eu vi nos olhos dela a vontade de falar, mas não deu. ela seguiu, tropeçando em tudo que podia até chegar no táxi na esquina. e eu com medo de entrar no lugar. quando a gente enfim estava entrando, um boneco lá de dentro gritou: parem de vender ingresso e deixar mais gente entrar! não tem espaço porra!
e não é que o bebum estava certo? não tinha espaço. nenhum. olha, se aquilo não era o inferno, era uma sucursal. muita gente. muita. todos os tipos de gente. todas as classes de gente. todas as espécies de gente. todos os filos de gente. todos os reinos de gente. a faixa etária compreende algo entre 20 e 61 anos. mas não compreendia as boas marcas de desodorante. sim, eu sei, estava um calor senegalês, mas bons desodorantes seguram a onda. muita gente completamente bêbada. e pessoas muito bêbadas não são agradáveis. há um limiar. mas a razão não tinha lugar lá dentro. cada barbaridade cometida. nossa. e era impressionante, eu nunca tinha visto tanto gordo junto na noite. suponho que era a noite da promoção, dois gordos pagam apenas três entradas. e eu estava de camisa social, calça razoável e sapato. ou seja, eu não estava bem ajustado. ficamos ali, no meio do furacão. tentei beber, porque afinal de contas, vamos dar uma chance. mas a cerveja entrou em contato com a comida e dobraram de tamanho no meu estômago. eu não ia conseguir beber, não estava me sentindo bem e de novo, o empurra-empurra. mas não vou só criticar. acho bem saudável isso de uma festa ser eclética. liberdade de expressão e individualidade. reconheço esse ponto. e também o pessoal lá não está pra brincadeira. é o velho oeste. não tem pra onde correr. a bala passa zunindo. e eu arrumadinho, perfumado, pelo menos nisso eu me senti bem. mas absolutamente nenhuma vontade. quase briguei com um pequeno ser humano que teimava em me empurrar. depois ele mandou o amigo gordo dele ficar me empurrando. e se não me engano esse amigo gordo dele é um lamentável "jornalista" local que escreve coisas fraquíssimas em um periódico da nossa província. me arrependi de não ter espancado o pequeno ser humano e seu amigo gordo. poderia ter saído uma nota sobre isso no tablóide. ainda encontrei uma amiga das minhas irmãs. irmãs mais velhas. bem mais velhas. e olha que eu sou antigo. ela me conhece desde meus 6 anos. mas enfim, de novo, abandonei. resolvi subir e me escorar num parapeito e ficar observando o movimento lá embaixo. era só fazer hora até meus amigos resolverem ir embora. pena que eles sempre querem fechar os lugares. fiquei lá, observando e escutando a música. eu gosto de músicas dos anos oitenta, mas nossa. chega uma hora que não dá mais.

milagrosamente essa noite não terminou tão mal. lá mesmo, melhorou substancialmente. mas nenhuma relação com o lugar. ou com as pessoas de lá. é mais complexo. e eu não vou explicar. porque de novo, faz parte do meu íntimo. mas fez valer o resto.

minhas conclusões são:
ainda não estou preparado para a vida lá fora.
não gosto de sair.
meu dinheiro pode ser empregado em coisas melhores. gastei bastante para duas festas péssimas.
não perco mais nenhuma liga da justiça, sábados de manhã no canal da ulbra, entre onze horas e meio dia.
nunca vou ser gordo.

ir em um lugar atrolhado de gente. gente fedida. mal-educada. não. isso para mim não é diversão. eu ia terminar dizendo o que era diversão para mim. mas não pensei em nada. também agora há pouco eu ia mudar meu perfil no orkut e colocar algo nas minhas paixões, e nada veio. pois é. complicado. não sei o que é diversão e não tenho nenhuma paixão. duas coisas para trabalhar. porque senão, breathing just passes the time. Until we all just get old and die. Talking's just a waste of breath. And living's just a waste of death.
tinha que dividir essa passagem constrangedora, mas igualmente engraçada. estava eu em uma aula que parecia ter sido programada pelos trapalhões, e uma colega começou a contar uma história sobre um garoto que ia na sessão terapêutica e destruia absolutamente tudo. ele não parava quieto. ele era um demônio. e ela contou isso por muito tempo, detalhadamente. e num momento que eu voltei a prestar atenção, ela estava perguntando sobre o suposto possível problema que a criança poderia ter, e ela falou de equilíbrio, que o garoto era desequilibrado. e perguntou que problema era esse. e eu, na minha mente fértil/doentia, pensei em labirintite, obviamente. e eu achei engraçado. só que eu falei. e falei alto. e o pessoal não entendeu. realmente, essa aula é a pior possível. bando de pessoas sem graça. eu pelo menos sou apenas sem noção.

domingo, 2 de setembro de 2007

pois então. a minha vida é uma comédia. bem ruinzinha. e eu colaboro horrores. eu não me ajudo, isso é claro. ou como diria o enorme "comentarista" Neto, é óbvio que tá errado, até porque foi pra fora. eu não gosto de festas. é verdade. eu preciso reconhecer e admitir isso. meu amigo Chiquito diagnosticou isso pela primeira vez. e eu neguei, mas é óbvio, até porque foi pra fora. nossa. tenho que parar de fazer essa piada que só tem graça pra quem entende o contexto. mas voltando ao foco, que eu perco a cada canto de passarinho as cinco e trinta e seis da manhã de sábado pra domingo, eu não gosto de sair (sair - festas noturnas). apenas em situações específicas. que eu não vou elencar. eu estou me desnudando demais nesse blogue. que ninguém lê praticamente, mas vai que algum dia alguém leia e use alguma coisa contra mim. apesar de que usar a teoria do cabelo pra cima de mim não vai fazer nenhum mal. e o foco, coitado. mas mesmo não gostando de sair, eu saio. deve ser alguma pulsão masoquista que teima em aparecer. e além de não gostar de sair, eu estou me recuperando de uma depressão maior. que o próprio nome já demonstra a sua mania de grandeza. e por isso mesmo, exige tempo e esforço para ser vencida. coisa que eu tenho feito. mas ainda não venci. tamo no game. e com essa depressão, algumas características se sobressaem. as ruins, é lógico. a minha impaciência. a minha irritação. a minha impulsividade.

sexta-feira, eu fui em uma festa extremamente concorrida aqui na província. uma festa de faculdade, que eu não direi o nome por motivos éticos. era a fantasia. que eu detesto. me fantasiar. não festas a fantasia. inclusive aprecio-as, pois o quesito diversão evidencia-se. a festa essa tinha tudo para ser boa. como sempre, muitas pessoas que eu conheço iriam. a reputação dessa festa é muito boa. eu iria com meus amigos. haveria lauta distribuição de bebidas alcóolicas até a uma da manhã. a festa seria realizada num lugar consagrado em edições anteriores, mais precisamente no tempo que eu era apenas um rapazote ingênuo e cheio de idéias que mudariam o mundo. o meu mundo, basicamente. então vejam que são muitas as possibilidades de sucesso, mesmo com o handicap desfavorável da minha situação psicológica.

e além de tudo, eu me dispus a colaborar mais ainda, eu me embebedei com meus amigos antes de irmos para a festa. talvez tenha sido um erro. talvez não. nunca saberemos, como nunca saberemos qual o motivo que faz as pessoas assistirem João Kléber. eu bebi. como diria o célebre bêbado do youtube, eu bebi, bebi sim. foi u cão quem butô pra nois bebê. mas não fiquei trôpego, ou cambaleante. fiquei, como eu gosto de dizer, brilhando. ah, mas antes, muito importante. eu não gosto de me fantasiar. mas fui com a fantasia perfeita. fui fantasiado de emo. passei um lápis preto no olho. o resto já é da minha natureza, sou um emo por excelência. chegamos lá e ainda pegamos a bebida liberada. e realmente era liberada! a cerveja era péssima, não recordo a marca, mas era ruim de negócio. e além disso, tinha vodka (mais conhecida como cachaça para os íntimos e organizadores da festa) com refrigerante. dei mais uma calibrada e fiquei observando o pessoal chegar na festa.







não terminei. só publiquei para a minha queridíssima e estimada amiga, a Ana Paula, ler. e nem sei porque eu escrevo isso, dificilmente alguém das 3 pessoas que lêem, leriam justo agora!