terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

nha....

eu ainda me impressiono e me surpreendo com algumas coisas na vida. e com algumas pessoas. eu sou um cético, e pior, sou um melancolico. e descobri agora que não sei qual acento se usa em melancólico. acho que é esse. normalmente quando não sei, eu vou no word e ele me acode. ou então eu uso uma outra inflexão da palavra que não necessite o acento que eu não sei. tipo, poderia dizer "e pior, a melancolia está entranhada no meu ser." é. teria sido mais impactante. mas enfim, voltando. minha melancolia e ceticismo acabam não sendo tão ruins. por que eu não espero nada de coisa nenhuma. mas tem pessoas que nos surpreendem. gestos que nos surpreendem. reações das pessoas em situações limites que acabam definindo as impressões indeléveis que ficam na minha mente a respeito delas. tinha uma crase nessa última frase. odeio acentuação. o normal do ser humano é a previsibilidade. a rotina. a mesmice. a adaptação a coisas ruins. essa característica de se adapatar a tudo nos fez sobreviver até hoje. mas sobreviver de que jeito? a grande maioria das pessoas tem medo das coisas. tem medo de mudar. medo de enfrentar situações em que o cenário não é comum ou conhecido. e justamente por isso nós povoamos o planeta e somos a espécie dominante, claro que depois do ornitorrinco, por que um animal desses, sem serventia aparente nenhuma, só pode ter um plano muito bem elaborado de controle da terra. só estão aguardando o momento certo. e eu aqui quero expressar minha gratidão e lealdade aos ornitorrincos. posso trabalhar no setor administrativo da sua soberania. mas isso é pro futuro. por sermos cautelosos, previdentes, cuidadosos, planejadores e mais um monte de sinônimos de bunda-molice, mantivemo-nos vivos até então. só que ser assi é chato. pra caralho. fazer as mesmas coisas sempre. ser do mesmo jeito sempre. pensar que ser bem-sucedido e ganhar na vida é ter um emprego que pague bem, uma esposa de acordo com os padrões estéticos da época e filhos hiperativos drogados com ritalina não me serve como ser bem-sucedido. na realidade eu ainda não tenho uma definição própria do que é vencer na vida. mas com certeza eu tenho do que não é. eu sofro horrores por ser imprevisível, por ser inconstante e por viver um personagem que tenta se ajustar a essas coisas chatas todas. mas as vezes eu fujo disso. tenho minhas técnicas. mas existem algumas pessoas parecidas comigo. que não pensam igual a todo mundo. que se revoltam com tudo isso. e que tentam viver diferente dessa coisa toda. vou continuar amanhã, por que tô meio com sono e preocupado com a minha irmã, que caiu e quebrou a bacia. que coisa.

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