terça-feira, 24 de julho de 2007

"se eu não puder culpar a bebedeira, vou culpar o quê?" Luiz Gustavo Sanches.

estava relendo algumas postagens e achei essa. outro dia escrevi sobre a humanidade manter-se bêbada e ser essa a chave da felicidade mundial. mas esse é outro aspecto que eu queria abordar. é verdade. pensem, quantas cagadas vocês já fizeram na sua existência na terra embasadas em um alto teor etílico circulante no cerebelo? todo mundo tem no mínimo umas cinco histórias patéticas que começam ou terminam em "eu estava podre de bêbado, claro." o álcool atrapalha as conexões sinápticas entre os neurônios. o lobo frontal é o responsável pela nossa capacidade de julgamento, ele controla a nossa impulsividade. psicanaliticamente falando (mas não muito porque eu não pertenço a essa classe), ele é o nosso superego. e com o mé, como diria nosso saudoso Mussum, o superego vai sentar em um canto escuro com um livro da Oprah e o id chama o pessoal e começa a festa. daquelas romanas antes de cristo. o jesus. mas chega de falar tecnicamente. o fato é esse, o álcool nos ajuda a fazer as coisas que a gente normalmente quer, mas é muito frangote para matar no peito e chutar pra dentro! e normalmente essas coisas são coisas da qual nos arrependemos depois. porque a sociedade é uma velha estúpida do século XIX que julga todo mundo enquanto entidade coletiva abstrata. eu vou continuar afirmando. o que falta no mundo é bebida. ou mais aceitação e menos tensão. só se vive uma vez. que seja intensa e significativa. e não medrosa e preocupada com o que os outros irão pensar...

2 comentários:

Mariana disse...

O bom é estar no brilho! Leve, mas consciente. Eu só fico mais estabanada...mas já sou assim. E já sou muito empolgada. Quando algo me empolga, claro. Coisa de gente intensa. Mas o brilho ajuda a mandar os temores e "se´s" passearem quando não são bem-vindos.

Bons são aqueles momentos onde ficamos naturalmente embriagados. Pilhados. Sem álcool. E assumimos o que fazemos. Ousamos. Quiçá seja o desafio da humanidade! Embora a vida tenha momentos pilhantes e despilhantes. Faz parte. Como vida e morte. Início, fim e recomeço. "Sim, eu queria. E fiz, pq quis. Pq fiz. E fui eu." (arrependimento já é outra coisa). Não foi o álcool! Tadinho, é sempre o bode expiatório...

Acredito na teoria que diz que o álcool só libera o instinto. Ele não é tão poderoso ao ponto de mudar uma pessoa. Pode, sim, causar muitos males(como burradas precipitadas ou o próprio alcoolismo). Mas o que ocorre é que ele solta os cachorros. Por isso as comunidades orkuteiras: "A bebida entra, a verdade sai". Sim...a verdade...e aquilo que estava escondido.

Mas é bom quando o id resolve assumir a direção, sob supervisão do ego...e sem esquecer das coisas boas do superego. Diria até salutar. Já que na casinha existem 3 moradores (id, ego, superego)...todos têm direito de promover eventos e festas...não acha?! Afinal, até que se prove o contrário, a vida é uma só. E como tu tem dito, não pode ser marromenos.

Vamo que vamo!! Momento devaneios...

Bjoooooo

PS: Quem faz a festa com o álcool, neste caso, é o id. Superego é que vai ler Oprah e tomar café com biscoitos.

LG disse...

certa Mariana. obrigado pela correção psicanalítica! mudei ali já mas estou comentando aqui para deixar claro que arrumo as coisas que eu falo de erradas. e falo bastante.