sábado, 14 de julho de 2007

meu querido diário 2 de hoje.

noto que estou enxergando melhor. o tempo ruim passou, um pouco. ficou para trás. tive inúmeros ensinamentos. devolvi o meu diploma de auto-médico e auto-terapeuta. descobri (da pior forma) que mesmo que eu ache que consiga resolver sozinho as coisas, e me cobre para isso, nem sempre funciona. e a cobrança apenas me piora. entendi realmente o que significa se sentir sozinho na multidão. experimentei a sensação de vazio absoluto. apesar dos carros passando, da chuva caindo, do ônibus buzinando, o silêncio era total. a voz não saia, as palavras não tinham nexo, e nada tinha sentido. a insignificância reinava. não havia razão em nada, para nada. as pessoas, as passagens, as emoções, as memórias, os objetos e os afetos não tinham valor nenhum. e foi ai que eu vi que é tudo uma questão de instante. num instante eu estou aqui. no outro posso não estar mais. e que é muito fácil pedir substituição antes que o juiz apite o final do jogo. certifiquei-me mais uma vez que cada um sabe o quanto significam os seus próprios assuntos, e que dimensão eles tem para si mesmo. me dei conta que as pessoas que a gente realmente pode contar não são nem metade das que a gente supunha poder contar. e que a nossa família, apesar dos pesares, sempre vai estar lá, no matter what. e que no final das contas, eu mesmo é quem vai me ajudar. e mais uma vez, reaprendi que as coisas passam. todas elas. e que cabe a mim, e tão somente a mim selecionar o que eu quero e o que eu não quero para o resto da minha vida. que não seja meia boca. e que principalmente, seja intensa. live fast...

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